Dilma dá articulação política a Ideli e contraria aliados

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Contrariando PT e PMDB, seus dois principais aliados no Congresso, a presidente Dilma Rousseff escalou para articulação política a ex-senadora Ideli Salvatti, petista que estava no comando do Ministério da Pesca.
Ela vai substituir o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), alvejado pelos mesmos aliados, que consideram sua atuação como “fraca”, sem interlocução com a “cozinha” do Planalto.
A solução encontrada por Dilma foi promover um troca-troca -como prêmio de consolação, Luiz Sérgio assumirá a vaga de Ideli no Ministério da Pesca.
Foi a segunda mudança ministerial feita por Dilma em menos de uma semana. Na terça, Antonio Palocci foi demitido da Casa Civil e deu lugar à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Palocci caiu depois que a Folha revelou que ele multiplicou seu patrimônio nos últimos quatro anos.
Com a escolha de Gleisi e Ideli, Dilma quis passar a mensagem de que não pretende se submeter a pressões de sua base aliada no Congresso, principalmente de seu partido, o PT.
Nos últimos dias, deputados petistas disputaram entre si o comando da articulação política do Planalto.
Em conversa com seu vice, Michel Temer, que defendeu a entrega do posto de articulador político a um deputado petista, Dilma justificou sua opção por Ideli sob o argumento de que o PT da Câmara está em guerra.
Segundo relato feito à Folha, ela disse que, se escolhesse o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), iria trabalhar contra ele. Os dois são adversários desde a disputa do comando da Câmara, vencida pelo deputado gaúcho.
Publicamente, petistas e peemedebistas evitaram fazer críticas à escolha de Ideli, mas reservadamente avaliaram que o risco de novas crises é elevado.
Motivo: a nova articuladora política do governo tem estilo de enfrentamento muito parecido com o de Dilma. (Folha de São Paulo)

 o próprio PT reclamam da escolha de Ideli e preveem novas crises

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