Artigo publicado n’ O Jornal de Natal
O Mercosul, a Venezuela e o coronel Chávez
MIRANDA SÁ, jornalista (mirandasa@uol.com.br)
É um assunto presente na pauta das conversas e polêmicas pelo Brasil, do Oiapoque ao Chuí, o ingresso da Venezuela no Mercosul. O tema não seria relevante se o coronel Chávez não estivesse à frente do governo e o estado venezuelanos.
Chávez é uma figura controvertida, mas a projeção da sua personalidade é assunto interno do seu país. Não nos cabe – em respeito à autodeterminação dos povos – indicar ou escolher os governantes de um país, principalmente se o país é nosso vizinho.
Devemos isto sim, repudiar qualquer intromissão que o presidente venezuelano no Brasil, como fez na Argentina ao apoiar explicitamente a então candidata Cristina Kitchner, hoje presidenta, coisa que já ensaiou em relação à doutora Dilma Rousseff, candidata de Lula.
São duas aliadas que devem a ele uma entrada triunfal no Mercosul, que não passa de um palanque para discursos demagógicos. A entidade está engessada há muito, como se vê nas retaliações recentes entre o Brasil e a Argentina, disputa comercial que tem nos prejudicado grandemente.
Há também impasses burocráticos prejudiciais no Chile e no Uruguai. No meio desses desentendimentos não há nada de mal a entrada da Venezuela nesse saco de gatos. O único Argumento cntrário é Protocolo firmado na fundação do Mercadp Comum que exige um compromisso democrático dos países membros.
Ora, qual é a diferença das democracias populistas latinoamericanas com a democracia – também populista – bolivariana? Não distingo nos países membros do Mercosul, com exceção do Chile, nenhuma democracia autêntica. Basta o instituto das reeleições presidenciais impedindo a alternância do poder, para não haver um regime verdadeiramente democrático.
Não por acaso, portanto, que Lula da Silva defenda com unhas e dentes o ingresso da Venezuela de Chávez no Mercosul. A defesa da proposta no Senado foi feita peli líder do governo, o infalível governista Romnero Jucá, que só quer servir sem julgar méritos.
Lula e Jucá – parceiros e cúmplices – não se importam se o vizinho nortista tem um governo que respeite os direitos humanos, garanta a liberdade de imprensa ou garanta a proprioedade privada. São ítens irrelevantes para a aliança dos “judas”…
Quanto à desalinhada oposição, o que vale são os acordos de bastidores. Trata-se de um jogo parlamentar, sem dúvida, mas a atuação senatorial deveria basear-se em princípios e a única exceção é dos democratas, pelo seu líder José Agripino, que denunciou Chávez por práticas antidemocráticas, como a censura aos meios de comunicação, o fechamento de emissoras de rádio e TV e prisão de oposicionistas.
Agripino escreve o capítulo da História Contemporânea que o futuro julgará. Pelas performances que o coronel Chávez, ele poderá amanhã dar um calote nos exportadores e prestadores de serviço brasileiros. E quem será responsável por isso? Evidentemente não seráo os senadores inconsequentes atuais.
Seremos nós, os contribuintes que, como sempre – pagaremos a irresponsabilidade do governo populista e demagógico de Lula da Silva, curvado diante dos colegas pelegos da Bolívia, do Equador e da Venezuela.
O risco pior não é somente o lado econômico. A grande ameaça é política, seja o uso do Mercosul para ampliar as aspirações bolivarianas, como faz nos entreveros com a Colômbia e o caráter expansionista em Honduras.
Essa projeção é relevada pelos senadores, chamados por Hugo Chávez de papagaios amestrados pelos Estados Unidos. Mostrando que são aves palradoras sim, mas do outro lado…
Dinheiro dos Impostos tem que ser TOTALMENTE EXPLÍCITO ,
desde da hora que sai do governo doador até seu recepetor,
seja este qual for e ainda deve ser explicado em detalhes aonde esta sendo aplicado cada centavo!!!
NÃO TEM OUTRA IDÉIA !!!