Crise aérea é uma vergonha nacional
Enquanto o ministro Waldir Pires, da Defesa, flana em Paris e declara à imprensa que o Brasil vai às mil maravilhas e o presidente da Infraero repete, como um disco quebrado, que “amanhã estará tudo resolvido”, os aeroportos de todo o país apresentam problemas.
Poder-se-ia, usando o cinismo reinante nas esferas do poder, aconselhar aos passageiros em trânsito: “Relaxe e goze”. Mas quem deseja livrar o Brasil da vergonha nacional que é o apagão aéreo, não pode seguir os passos da sexóloga-ministra Marta Suplicy. Tem mesmo que lamentar que uma crise se estenda desde setembro do ano passado e nenhuma autoridade governamental tome a iniciativa de debelá-la.
A FAB prendeu o sargento Carlos Henrique Trifilio Moreira da Silva, presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo, Febracta, por causa de uma entrevista publicada na edição de abril último pela revista “Universo Masculino”. Uma frase de Trifilio foi a causa da punição; ele disse: “o caos voltará porque os controladores vão parar de novo”. A coincidência de o tráfego aéreo sofrer uma pane, atrasar e cancelar vôos levou o líder dos controladores para a cadeia.
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