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5 de abril de 1951 — Casal Rosenberg é condenado por espionagem

O engenheiro Julius Rosenberg, 32, e sua mulher Ethel, 35, foram condenados à morte na cadeira elétrica, acusados de roubar segredos da bomba atômica e os entregar à União Soviética. O outro acusado, o perito em radar Morton Sobell foi condenado a 30 anos de prisão.

 

O juiz federal Irving Kaufman, responsável pelo caso, disse que o crime cometido pelo casal “era pior que o assassinato, e que já motivara a agressão comunista na Coreia”.

Ethel e Julius foram os primeiros condenados à morte nos Estados Unidos por um tribunal civil pelo crime de espionagem.

 

O juiz Kaufman destacou em sua sentença que tinha poderes de condenar o casal à morte por se tratar de um delito de espionagem cometido em tempo de guerra. Em tempo de paz a pena máxima seria de 20 anos de prisão.

 

O irmão de Ethel, David Greenglass, que confessou ter roubado os segredos atômicos nos laboratórios de Los Álamos, no Novo México, foi a principal testemunha apresentada pelo Estado contra o casal.

 

A polícia chegou até os Rosenberg depois de prender o físico inglês Klaus Fuchs, um dos principais pesquisadores de energia atômica do laboratório de Los Alamos. Fuchs, assim como os Rosenberg, tinha ligações com o Partido Comunista soviético.

 

Pedidos por clemência assinados por Einstein, Picasso, Bertrand Russell, Chaplin, entre outros, foram ignorados pelo presidente Eisenhower, que poderia transformar a sentença em prisão perpétua. O casal foi executado dois anos depois da condenação, mesmo alegando inocência.

Julius e Ethel recusaram-se a revelar os detalhes das informações passadas para a União Soviética, o que poderia ter-lhes poupado a vida. Os Rosenberg eram judeus nova-iorquinos e quando foram executados seus dois filhos tinham de 10 e 6 anos.

 

As provas contra o casal Rosenberg

 

As provas contra os Rosenberg sempre foram contestadas. Contudo, a liberação de documentos secretos da antiga União Soviética e de arquivos do governo norte-americano, bem como as biografias de chefes de inteligência da União Soviética revelaram parte do mistério.

 

De acordo com esses documentos, Julius, com o conhecimento de Ethel, chefiava uma das muitas redes de espionagem soviética em operação nos Estados Unidos no pós-guerra. Mas descobriu-se também que os dados roubados pelo casal foram irrelevantes para a União Soviética desenvolver a sua bomba atômica.

 

Fonte: JBlog/Hoje na história/JB

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