Míriam Leitão comenta queda da cúpula da ABIN
Gilmar disse na reunião que inquérito não bastava
De tarde na ABIN ainda se tinha a impressão de que a abertura de um inquérito bastaria para manter a cúpula na direção da Agência. Até porque o diretor afastado, Paulo Lacerda, havia pedido também a colaboração da Procuradoria Geral da República na apuração.
Mas desde o começo da manhã Lacerda teve uma prévia de que seu prestígio estava completamente em baixa, porque ele não participou da reunião do presidente, com ministros do Supremo e os ministros Jobim e Tarso, que discutiu os grampos. Lacerda falou apenas com o general Jorge Felix, e este é que participou da reunião.
Nela Gilmar Mendes, o presidente do Supremo Tribunal Federal, disse com todas as letras que não estava interessado em mais um inquérito que não chegaria a nada e disse que um novo inquérito não teria credibilidade.
-Esse problema tem sido recorrente, presidente – reclamou o ministro do Supremo.
Matou a idéia que o governo tinha para apresentar como resposta: mais um inquérito. Sendo assim só coube ao presidente afastar a direção da ABIN.
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