Arquivo do mês: abril 2014
Renato Russo – Pais e Filhos
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País das Maravilhas
MIRANDA SÁ (E-mail mirandasa@uol.com.br )
Tive, eu e minha irmã, a felicidade de nascer numa família de professoras, no tempo em que o magistério impunha o respeito a quem os chineses dedicam o título de “professor” para pessoas realmente sábias. Minha mãe e minhas tias nos educaram com o que havia de mais avançado à sua época; e, na prática, tínhamos sessões de leitura até hoje gravadas em minha memória.
Derivando das histórias de bichos de origem afro-indígena, vieram as “Mil e Uma Noites” e os contos de fadas, escritas pelos Irmãos Grimm. Inesquecíveis a mistura dos duelos dos jabutis e dos macacos contra a onça, provérvbios com lições de Esopo com a “A Cigarra e a Formiga” e a “Raposa e as Uvas”. O discípulo francês do pensador grego, La Fontaine, nos deu “O Lobo e o Cordeiro”.
Dos Grimm tivemos “Branca de Neve”, “Chapeuzinho Vermelho” e “João e Maria” pelo que me lembre, e, como não podia deixar de entrar nesta coleção admirável, nos embasbacamos com Lewis Carroll e “Alice no País das Maravilhas”, que mais tarde vimos no cinema.
Nunca pensei que oitentão revivesse o clássico de Carroll com uma presidente da República desvairada que criou um País das Maravilhas no lugar do nosso Brasil dominado pela corrupção, inflacionário, estacionado e até regredindo no tempo e no espaço.
Os prodígios advindos da impostura de Dilma e do PT-governo se esfumaçam quando constatamos a ruína do País, com a administração pública aparelhada, a derrocada da Eletrobras e da Petrobras e o que é desolador, o descrédito nos institutos de pesquisa, acionados para maquiar a verdadeira face da realidade.
Desmoralizando-se por si, até pela cínica constatação dos seus dirigentes, assistimos o fim do IPEA, que foi um dos órgãos sérios a serviço do Estado. Agora, chegou a vez do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com seus 143 anos de profícua contribuição para a História do Brasil.
Na sua trajetória, o IBGE sempre irritou os governantes quando algum índice obtido não lhes era favorável; mas não passou pela cabeça de nenhum deles intervir no Instituto para manipular dados, nem nos sonhos de Juscelino Kubistchek, nem no populismo janguista, e nem no ufanismo do regime militar.
Tudo começou quando a presidente Wasmália Bivar assumiu que quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) começasse não poderia parar de divulgar o cronograma. E aplicando o Pnad, o País tomou conhecimento um desemprego médio de 7,1% no ano passado, o que enfureceu os assessores presidenciais que acumulam a função de cabos reeleitorais de Dilma.
A pelegagem, acomodada com os números pouco precisos da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), querem evitar estatísticas reais e assim suspenderam a divulgação dos resultados trimestrais do Pnad, numa intervenção grosseira que revoltou o respeitável corpo técnico da Diretoria de Pesquisas da instituição.
O pessoal responsável do IBGE tirou uma nota afirmando ser “insustentável” sua permanência nos cargos caso a suspensão for mantida, e a diretora Márcia Quintslr demitiu-se do cargo que ocupava desde 2011.
Com isso, fica transparente o aparelhamento das pesquisas oficiais para Dilma, irresponsavelmente, divulgar mentiras aos brasileiros, anunciando-lhes fantasiosos dados sobre o emprego e a renda no seu País das Maravilhas. E fica também nítida a irresponsável ingerência político-eleitoral nos órgãos de Estado.
A importância das pesquisas nada representa para os pelegos lulo-petistas. Eles são papéis carbono dos governos narco-populistas, como o da Argentina, onde a Casa Rosada manipula dados sobre a inflação, esquecendo-se que é na feira e nos supermercados onde se mede o custo de vida.
O “País das Maravilhas” de Lewis Carroll foi seguido por outro livro, “Alice Debaixo da Terra”. O País das Maravilhas de Dilma também tem a sua continuação: está debaixo da lama ideológica dos fins justificam os meios, acolhida pelo PT-governo.
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Caetano Veloso – A Bossa Nova é Foda
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João Gilberto – Carinhoso
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André de sapato novo
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )
Não sei por que, o rolo que arrasta o deputado André Vargas na lama da corrupção institucional do PT-governo, lembrou-me o famoso chorinho “André de Sapato Novo”, de André Victor Correia e imortalizado pela nata dos músicos brasileiros como Abel Ferreira, Altamiro Carrilho, Benedito Lacerda, Jacob do Bandolim e Pixinguinha.
Conta-se que a composição deve-se ao fato de André Victor ter tido dificuldade para dançar numa gafieira que freqüentava com novos calçados que lhe incomodavam os calos. Sacaneado pelos amigos, inspirou-se na embaraçosa situação e compôs um dos primorosos chorinhos da discografia brasileira: “André de Sapato Novo”.
André Vargas, o deputado petista que renunciou à vice-presidência da Câmara dos Deputados e está ameaçado de cassação, calça um sapato novo. Com o sapato velho, adequado e vantajoso para piruetas pouco ortodoxas, agrediu acintosamente o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, quando este compareceu a uma solenidade na Câmara.
Também com o sapato velho foi pego em flagrante usando o jatinho do doleiro Alberto Youssef, iniciando a enrolada num novelo de falcatruas, gravadas em conversas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que levou Youssef à prisão.
O hierarca do PT e o doleiro, o primeiro atuando como lobista de grande influência no governo federal, se meteram em fraudes no Ministério da Saúde com o laboratório Labogen Química Fina e Biotecnologia.
Tal laboratório era uma empresa de fachada registrada em nome de um ‘laranja’ de Youssef que conseguiu no tempo de Alexandre Padilha fechar parceria com a Saúde pela qual receberia R$ 150 milhões em vendas de remédios.
Esse é apenas um dos artifícios dolosos dos dois, cuja relação ia mais além de uma simples amizade, como André Vargas mentiu, em discurso na tribuna da Câmara. Em dezenas de mensagens gravadas pela PF com autorização judicial, Vargas recebia orientações de Youssef, combinava reuniões com ele e repassava-lhe informações colhidas de altas patentes do PT-governo.
Às vezes usavam códigos, mas tinham escorregos que, no relatório da PF, mostram como o Vice-Presidente da Câmara participava de ações e projetos do doleiro, usando sua influência em benefício do parceiro.
Excertos dessas gravações saíram na revista “Veja”. Com tal prova, registra-se a quebra de decoro parlamentar de André Vargas, pela mentira dita pelos microfones e imagem da TV-Senado que, apesar de amigos, desconhecia as atividades do Alberto Youssef.
Tamanha desfaçatez não esconde ações de má-fé anteriores, como a condenação sofrida no Paraná, por incluir falsamente 50 vigilantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) como seus doadores da sua campanha eleitoral em 2006.
Com todas estas provas e evidências, o presidente do PT, Rui Falcão, tem a cínica audácia de dizer que “fatos noticiados por si só não incriminam ninguém”. Obedece à escola de Lula da Silva, e radiografa o comportamento dos lulo-petistas.
Felizmente, a opinião de Rui Falcão recebeu o contraponto do deputado Júlio Delgado, relator do processo movido contra Vargas, dizendo que atuará com toda isenção para ‘dar uma resposta à sociedade’.
A ‘resposta a sociedade’ deveria ser muito mais ampla. O Brasil precisa saber como é possível Lula da Silva assumir a tutela sobre Dilma, como ficou explícito na entrevista que concedeu a nove blogueiros chapas-branca, para garantir-se de perguntas que lhe incomodassem.
Diante dos sabujos, que envergonham o jornalismo, Lula mandou-lhes “contribuir para acabar com essa boataria toda”; e que deveriam ajudar o PT a reagir “com unhas e dentes” contra a instalação da CPI da Petrobrás.
Pouco antes, Lula reuniu-se com Dilma, o seu poste, avisando-lhe o que iria divulgar. E a seguir, confiante no teflon anticorrupção, ela indicou o sujíssimo senador Gim Argello para o TCU, colidindo-se com o papel de zelar pelas contas públicas e o respeito ao princípio da moralidade na administração federal.
Lula, Dilma e seus comparsas do governo e do partido, vivem uma realidade paralela à dos brasileiros. Pelo poder adquirido e o enriquecimento despudorado, certamente fizeram como André Victor, compraram sapatos novos para o último baile da Ilha Fiscal republicana…
http://youtu.be/n9OTiDuufcE
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