Arquivo do mês: março 2014

Jorge Mautner – Namoro Astral

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"A esquerda acha que a gente se vendeu. A direita acha que a gente é petista. Os petistas acham que a gente é tucano. Os tucanos acham que a gente é stalinista. Os stalinistas acham que a gente é da ...

Publicado em por Marjorie Salu | 1 Comentário

Propaganda de Dilma pela TV

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Sou um estudioso apaixonado pela gíria e expressões populares brasileiras. Cada palavra, cada dito, traz uma definição perfeita. Quando morei em Natal, cheguei a escrever um “Dicionário Potiguarês” – termos da gíria norte-rio-grandense, que ficou inédito por traição de um editor, e que depois perdi num disquete intraduzível…

Sobre política, a linguagem do povo é riquíssima. Só este termo tem um monte de variações. Política, como modo de agir, politicar o verbo, politicagem, politicalha, politiqueiros, politiquice…

E por falar em política, que ‘conversa fiada’ de Dilma fazendo propaganda eleitoral na TV aproveitando a oportunidade oferecida pelo Dia da Mulher. Pura ‘enrolação’. ‘Miolo de pote’. Enchimento de lingüiça. Milongas…

O Brasil inteiro sabe que o PT-governo não se preocupa com a política das mulheres, ou contra a discriminação racial, ou do oferecimento de assistência médica à população. Na verdade, eles só pensam ‘naquilo’, a reeleição da falsa gerentona que Lula impingiu ao País num estelionato eleitoral.

Em relação aos problemas que o país atravessa, o falar atual do brasileiro classifica a fingida prestação de contas como blá-blá-blá e mi-mi-mi. Maquia-se a contabilidade das contas do governo, se gasta bilhões de reais em propaganda enganosa e enrouquecem com demagogia palanqueira

O Brasil desce o tobogã da incompetência na economia. Os brasileiros pagamos um altíssimo preço pelo aparelhamento do Estado. Da inaptidão da pelegagem aparelhada, com sua inevitável corrupção, a Petrobras vai ao fracasso com pesadas consequências nacionais. Pior ainda, é que o Império da Mentira usou para garantir o superávit comercial uma fraudulenta exportação de plataformas de petróleo operadas no próprio País pela Petrobras.

Quando não adulteram ou mentem, as notícias são ruins: Conforme projeções do Banco Central, a inflação se manterá acima da meta neste e no próximo ano. Por incapacidade de gerir o Plano Real, o dragão voltou para ficar e crescer.

Dilma e sua corte, mamulengos de Lula da Silva, impuseram no ano passado, pela propaganda bilionária a previsão de um superávit de cerca de US$ 10 bilhões; pois bem, foram obrigados a baixar agora para US$ 6 bilhões, segundo a pesquisa Focus de fevereiro.

O Brasil apresentou um déficit de US$ 4,05 bilhões, pior resultado para o mês de janeiro na história. Um novo recorde negativo (US$ 2,12 bilhões) surgiu em fevereiro.

Além de tudo, o comércio exterior está contribuindo para piorar ainda mais o saldo em conta corrente, principal baliza das contas cambiais.

Ironicamente, os vingativos dizem “acho é pouco”, e os inconsequentes, “eu quero que se lasque!”. Muitos, talvez a maioria, asseguram que a “maracutaia” é muita.

“Se é para o bem do povo e felicidade geral da Nação”, a internet está atenta. As redes sociais, Facebook, Twitter, YouTube e outras, reagem contra o sucateamento do Brasil; e foi assim que se viu ao opor-se à mensagem ilusionista da Presidente. Com terminologia própria, os tuiteiros criaram a hastag #BrasilVaiaDilma que “bombou” na noite do discurso. Apupos que, embora virtuais, ensurdeceram os pelegos oportunistas e os petralhas fanáticos.

 

Reforma Agrária: Duplo Fracasso

Miranda Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

A reforma agrária no Brasil é, sem dúvida, um grande problema, apesar de justa. Nos outros países, a distribuição de terras aos camponeses exigiu lutas sangrentas como as guerras camponesas da Alemanha e, nos Estados Unidos, à dolorosa e épica “conquista do Oeste”.

A reivindicação aqui é antiga. A História aponta sugestões de intelectuais como Joaquim Nabuco e Silvio Romero, preocupados com as gentes sertanejas, e o movimento tenentista que, na década de 1920, trouxe-a no seu programa.

Nestes tempos lulo-petistas de reescrever a História pode ser politicamente incorreto, mas os governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e do general João Batista Figueiredo fizeram mais para assentar camponeses do que os 11 anos de governo ‘dos trabalhadores’.

A Vargas deve-se, a  implantação da Colônia Agrícola Federal de Dourados (MT) com a distribuição de 8.800 lotes em 28 de outubro de 1943, iniciativa até hoje considerada como a maior área de reforma agrária do País.

Uma mobilização pacífica de trabalhadores rurais, sindicatos e pastorais da Igreja Católica, conseguiu de Figueiredo a desapropriação da Fazenda Primavera, de 3.676 hectares, e a divisão de lotes entre as 346 famílias que ali viviam.

Também sem baderna ou invasões, o governo Kubitschek elaborou projetos na área de reforma agrária destinando-lhe três milhões de hectares. Entre os lotes divididos e entregues, destacaram-se núcleos de Jaíba (MG) e Petrolina (PE).

Dessas iniciativas, raras famílias se mantiveram na gleba recebida. Os que foram aquinhoados venderam sua terra ou, como no caso da Fazenda Primavera, arrendaram-na para as usinas de cana que operam na região.

Este é o primeiro fracasso. Segundo informes do INCRA, o órgão tem retomado na Justiça muitas terras comercializadas irregularmente pelos antigos assentados, e registram a dissolução dos benefícios criados.

O segundo fracasso é o financiamento do MST e dissidentes para agitar o problema com invasões de propriedades produtivas, destruição de centros de pesquisa e, nos centros urbanos, ocupando repartições do governo e até, audaciosa e impunemente, cercando o Supremo Tribunal Federal.

Não realizando o programa partidário e as promessas eleitorais, o PT-governo distribui verbas aos pseudo-revolucionários através do BNDES, que recentemente entrou com R$ 350 mil, a Caixa Econômica Federal com R$ 200 mil, e até a Petrobras, endividada, com balanços maquiados e ações virando pó na Bovespa, patrocinou o movimento com R$ 650 mil.

Foi este dinheiro público – é bom relembrar – que custeou a baderna na Capital Federal que resultou em 30 policiais feridos por militantes do MST que, de maneira reprovável, foram depois recebidos graciosamente pela presidente da República.

Escreveu alguém – perdoe-me não dar o crédito nominal, que caiu no esquecimento – que “Se o Brasil fosse um País sério jamais prestigiaria com verbas públicas, em cerca de R$1,5 milhão, nem o Chefe da Nação receberia em Palácio, o bando que tentou atacar o Judiciário e o Legislativo em Brasília”

O MST e seus espelhados não querem a reforma agrária, mas subverter a ordem constituída, que eles mesmos não sabem para quê. A maior prova disso fica nos porões onde reúnem o PT e partidos satélites com o bando autodenominado de sem-terras: O MST recusa a proposta de Dilma para emancipar os assentados.

Os terroristas agrários querem manter os assentados como meros concessionários de terras públicas. E reprovam que os que já receberam seus lotes produzam antes de receber benesses governamentais.

Se o camponês enriquece, como ocorreu com os arrozeiros no Rio Grande do Sul, na reforma feita por Leonel Brizola, e se emancipa realmente, é como o próprio Brizola se queixou: “Dei-lhes a terra e eles não votaram em mim…”

É isso. Quantos mais assentados produzirem ou deixarem o torrão em busca de melhor condição de vida, menos serão os que se tornam instrumentos da agitação política que enriquecem os pelegos. Recordo que a PF prendeu José Rainha em ação contra desvio de verbas públicas. E quantos outros fazem o mesmo em proveito próprio?

O duplo fracasso da reforma agrária que se vê na Era Lulo-petista é pago com o dinheiro do contribuinte, que se conforma vendo seu dinheiro usado e embolsado pela pelegagem e seus ‘consultores’…

Miúcha, Chico Buarque & Tom Jobim – Turma do funil

http://youtu.be/zH27glILUTw

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Ivan Lins – Rei do Carnaval

O rei chegou
E atrás dele o povo inteiro
E o rei mandou
Nem ligar pro rei guerreiro
E o povo em bando
Faz-me chama a seu comando
E a cidade iluminou

O rei chegou
Porque o povo é o rei primeiro
E o rei mandou
Porque era fevereiro
E o povo em bando
Saiu na rua cantando
Quando o dia clareou

Apesar de passageiro
Seu reinado eternizou
Mas o rei jurou
Através dos carnavais
Mas o que o mal do rei é o bem
Que o rei jurou
E um rei não volta atrás

O rei chegou
Mas pro nosso desespero
O rei mandou
E era a voz do rei guerreiro
E o povo em bando
Desta vez saiu chorando
Porque tudo se acabou

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Chico Buarque – Quando o Carnaval Chegar

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Crônicas de Carnaval

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )
  1. “Quanto riso, quanta alegria, mais de mil palhaços no salão” – Sinto-me um deles, impotente para por nos trilhos a minha Pátria na direção do futuro que merece, com ética, democracia, desenvolvimento, honestidade, justiça e paz.
  2. Os dias de carnaval trazem novos ditos e novas modas. Neste, que assistimos não se vê mais a “Maria Sapatão”; passam por mim, às dezenas, as marias bigodões…
  3. Admiro-me com a criatividade do povo brasileiro; e o carioca, em particular, é impressionante. Mas senti falta de críticas políticas, tão comuns na minha mocidade. Apenas, excepcionalmente, máscara e capa preta de Joaquim Barbosa, com dizeres sobre a corrupção reinante no país.
  4. Sentei-me à mesa de calçada de um bar, olhando os passantes. De ouvidos atentos, ouvi confissões afetuosas entre amigos mal saídos do armário… E atendi a um bloco de moças “De Turbante”, vendendo sanduíches naturais…
  5. Entre chopes e tira-gostos ri dos muitos obesos, gordinhos e gordinhas, preocupados em morder imensos ‘joelhos’ de boteco com refrigerantes industriais, invés de cantar ou sambar.
  6. Observador, dou razão à filosofia de Joãozinho Trinta, afirmando que “Quem gosta de pobreza é intelectual”. Uma enormidade de proles usa coroas de reis, rainhas e princesas… Um luxo!
  7. Ao lado da esfuziante alegria de muitos, emocionei-me com o semblante triste de outros tantos, principalmente pessoas mais velhas, que já contornaram o Cabo da Boa Esperança…
  8. Registrei também a melancolia de dezenas de “minnies” em grupo ou solitárias, sem ter a companhia dos seus “mickey mouses”. E estas fantasias da Disneylândia, levaram-me à recordação e à pergunta: Onde se escondem os pierrôs às colombinas as odaliscas as jardineiras os piratas as havaianas os mosqueteiros? Só na minha memória?
  9. Desfilaram muitas alas jovens. Chamou-me a atenção um grande número de bruxas que, sem sacanagem, lembraram-me as feiosas e ensimesmadas ministras da Rainha da Sucata…
  10. Nas ruas, como para se exibir, passaram ambulâncias do Samu com sirenes altíssimas. Pareceu-me que faziam campanha eleitoral…
  11. Ainda vigora o charme e a graça dos “sinalzinhos” exibidos por brotinhos em flor… Estão no rosto, na barriga, nas pernas e, graças à modernidade, entrevistos no relance do glúteo…
  12. Invadiu-me uma saudade imensa dos bailes do meu tempo… Baile das Atrizes, dos Artistas, da Balança, do Cartola. E a folia no Automóvel Clube, no Iate, no Sindicato dos Comerciários (onde, diziam, “as calcinhas voavam”). Entrei na vida carnavalesca no High Life e fui entusiasta do “Pijama para Dois” no Hotel Colonial.
  13. Falar em baile soube que na Urca cobravam “de contrabando” R$ 500 pelo ingresso… E, segundo o mesmo comentário, não era do “padrão FIFA”.
  14. Não encontrei mais as torcidas fervorosas pelas escolas de samba, que estimulavam discussões e até brigas! Hoje aquilo é um show para turistas e novos ricos verem.
  15. Falei que me entristeceu ver poucas críticas políticas. Mas uma me entusiasmou, e poderia ser a única para me entusiasmar: Uma placa trazia o mapa do Brasil, em verde amarelo, como se fora a vela de um barco. E o pessoal cantava “Se essa porra não virar, olé, olé, olá, eu chego lá!”