Arquivo do mês: abril 2012

Pablo Neruda

Saberás que não te amo e que te amo

posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.

Sinopse das revistas semanais

VEJA

Capa – Do alto tudo é melhor * Eles querem apagar o mensalão * Entrevista: Pedro Passos Coelho * Especial: O Piauí decola * Espiões vermelhos * Brasil: Avanço fundamental * Economia: No grito, os juros não caem * Negócios: Mais cores e sombras * Geral: Sol, mar e petróleo

ÉPOCA

Capa – A preferida do bicheiro. Quem vai faturar em cima dele? * Pirataria no Senado Federal * Pagot: “Fui afastado pela negociata de uma empreiteira e um contraventor ” * O aborto além da anencefalia * O empreiteiro está na mira * Entrevista: João Paulo Capobianco: “O governo é pré-histórico na questão ambiental” * Economia & Negócios: O populismo dos juros * Cristina Kirchner: Populista e sem limites * Os novos trombones da direita

Istoé

Capa – O enrolado Marcos Play * Editorial: A insustentável corrupção do poder * Um partido que agoniza * Uma rede criminosa que corrompe o País * Dadá e o submundo dos grampos * As assombrações de Protógenes * O STF rachado * Os encantos de Manuela *  Economia: A indústria brasileira não escolheu * Aborto de anencéfalos: um marco para a sociedade * Professor, profissão perigo * Internacional: Um golpe argentino * Maconha para saldar dívidas

Istoé Dinheiro

Capa – O surto populista de Cristina * Estilo: Cachaça com diamante * Juros: Os bancos privados começam a cortar * O PIB da felicidade * Entrevistas: Frédéric Banzet e Carl Bass * Vale a pena ser sócio de André Esteves? * Artigos: Rio+20, a vitrine das empresas brasileiras e Você não vai mais ter número de telefone * Derrapagem argentina * Mato Grosso vale uma nota * 10 perguntas para Rodolfo Landim * Fortunas pelo social * Petrobras no topo * O Brasil com Z * Chega de juros altos!

Carta Capital

Capa: O Brasil de Cachoeira * Lances e Apostas: Gás sufocante * Editorial: Mino Carta * A grande batalha dos juros * Nosso Mundo: O Pato Donald pode ficar de fora * Seminário: Energia eólica – Oportunidades no ar * Energia eólica – Política industrial * Idéias: Intervir para ganha

EXAME

Capa – A verdadeira ameaça à indústria * Editorial: O Brasil em perigo * Por que elas crescem * Brasil: Um salto para o futuro * Um PAC para chamar de seu * Se não faz, deixe fazer * Negócios: O petróleo virou gás * Um sócio de 15 bilhões de reais * Especial: A capital latino-americana * A pobreza das nações * Finanças: A canetada atrapalha

STF: entidades criticam “excessos” de ministros

Juízes e advogados dizem que instituição deve ser preservada; Ayres Britto nega manipulação de resultados de julgamentos

A troca de acusações em público entre os ministros Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, do STF, foi criticada por entidades da área jurídica, que alertaram para a importância de preservar a instituição. Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra atribuiu as declarações a um “momento de tensão”. O da OAB, Ophir Cavalcante, lamentou a discussão. O presidente do STF Ayres Britto, defendeu a Corte e disse ser impossível manipular resultados de julgamentos. (O Globo)

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Novo presidente do STF

Ministros da mais alta corte do país trocam acusações e ofensas publicamente

A crise instalada no Supremo Tribunal Federal após troca de acusações entre os ministros Cezar Peluso e Joaquim Barbosa levou o novo presidente, Carlos, a agir para tentar pacificar a corte.

Barbosa chamou Peluso, que presidia o STF até ante-ontem, de “tirano” e ridículo” e o acusou de manipular julgamentos. Foi uma reação às declarações de Peluso, que classificou o colega como “difícil” e “inseguro”.

Ontem o novo presidente convocou uma entrevista para apaziguar os ânimos. Ayres Britto disse ser “logicamente impossível” haver manipulação de decisões, “porque os outros (ministros) perceberiam”.

Ministros veem o caso como uma rusga entre colegas e não creem que ela prejudique a corte perto do julgamento do mensalão. (Folha de SP)

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Acuada por CPI, Delta sai da reforma do Maracanã

No Ceará, empreiteira é acusada de pagar mensalão a diretores do Dnit

Alvo da CPI do Congresso e investida pela Polícia Federal sob suspeita de financiar parte do esquema criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta Construções vai sair do Consórcio Maracanã 2014, que reforma o estádio para a Copa do Mundo. A decisão foi da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, integrantes do Consórcio. Elas devem comprar os 30% da Delta, que deixou de fazer repasses para a obra na última semana. O governo do Rio ainda não foi informado oficialmente da decisão. O Ministério Público Federal no Ceará acusa a Delta de pagar um mensalão a servidores e diretores do Dnit no estado. No Congresso, a CPI do Cachoeira teve a assinatura de 72 dos 81 senadores e 396 dos 513 deputados. (O Globo)

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Chamadas de 1ª página_Sábado, 21.abr.12

O GLOBO – Acuada por CPI, Delta sai da reforma do Maracanã

FOLHA DE SP – Novo presidente do STF intervém para conter crise

ESTADÃO – STF reage a acusação de manipulação de julgamentos

C. BRAZILIENSE – Governo avalia duas MPs para a poupança

ESTADO DE MINAS – Planalto tem opções para mudar poupança

JORNAL DO COMMERCIO – Metade dos contribuintes não declarou o IR

ZERO HORA – Queda de juro esquenta a discussão sobre poupança

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Artigo temático do fim-de-semana

Cotejando o Mensalão e a CPI de Cachoeira

 MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

 

Há sete anos esperando o julgamento da quadrilha que promoveu o maior escândalo da história política do Brasil, assistimos uma tremenda pressão do PT e do Governo Federal para retardar a sua apreciação no plenário da Corte. É uma ação imoral e criminosa para levar o caso à prescrição.

Há, indiscutivelmente, enérgicas manifestações contrárias ao interesse escuso do lulo-petismo em abafar o processo. Recém empossado na presidência do STF, o ministro Carlos Ayres de Britto afirma que trabalhará pela realização da audiência e sentenciar os réus, reconhecendo, porém, que uma eventual demora põe o processo em risco de prescrição.

Ayres de Brito é um homem sensível às expressões públicas, representando a esperança dos que querem passar o Brasil a limpo; mas sobrepesa a vizinhança da sua aposentadoria e do ministro Carlos Peluso, e, com isso, os novos titulares certamente pedirão vista do processo levando para 2013 o julgamento.

Este fato é aterrorizante, pois o ministro Carlos Peluso já expressou a vontade de julgar logo o Mensalão, com três argumentos: para não interferir nas eleições, não correr risco de prescrição e porque “a opinião pública pressiona muito”.

Também o ministro Gilmar Mendes mostra interesse em evitar a prescrição e já se atritou com o par Ricardo Lewandowski, dizendo que se fosse o revisor da ação “procuraria ser o mais expedito possível para me livrar desse constrangimento”.

Lewandowski se aborreceu e mandou Mendes preocupar-se com seus problemas sem se meter nos assuntos dos outros colegas. Essa reação teve o apoio do ministro Marco Aurélio Mello que se declarou “terminantemente contra” a convocação do Supremo em julho apenas para apressar o andamento do processo do mensalão.

Este quadro em transparência reflete o placar de três a dois, restando seis meritíssimos, assediados por advogados, réus, jornalistas e políticos preeminentes, entre eles o ex-presidente Lula da Silva, que nomeou alguns dos ministros.

Nesta quadra do concerto político, emerge espetaculoso o caso Carlinhos Cachoeira, que muitos relacionam com o Mensalão, embora mais abrangente ao comprometer figuras importantes da chamada oposição, como o senador do DEM, Demóstenes Torres, e os governadores tucanos de Goiás e Tocantins.

Este acontecimento que abalou profundamente a sociedade provocou a convocação de uma CPI mista, instigada a princípio por Lula, mesmo enfrentando a resistência da presidente Dilma Rousseff. Aí cabe uma pergunta categórica: O que levou Lula a articular a investigação da rede de influência de Cachoeira?

Entre os observadores da cena política temos algumas divergências. Uns insinuam que Lula quer encurtar as rédeas de Dilma; outros falam de uma afirmação do PT na disputa em torno da influência do PMDB no Governo; mais outros, apontam a velha chantagem da base alugada para conquistar mais cargos e mais verbas.

Diz-se que esta semana será instalada a CPMI, que cobrirá como um tsunami a planície congressual, arrastando parlamentares, políticos, empreiteiros e consultores. Certamente a investigação é uma exigência popular, para depurar o Congresso, desmascarar governantes corruptos e mostrar o submundo dos subornos e das propinas estimulados por empresários desonestos.

Cotejando o julgamento do Mensalão e a constituição da CPMI, encontramos um elo que liga um e outro: a urgente necessidade de apressar a sentença e a investigação, em respeito à República e suas instituições.

Vale ressaltar a liberdade de imprensa e o jornalismo investigativo, cuja presença denunciante e esclarecedora em ambos os casos, poderá evitar a degeneração total do Judiciário e do Legislativo. É talvez por isso que o lulo-petismo dos mensaleiros e dos cachoeiras quer controlar os órgãos de comunicação.

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Luís Fernando Veríssimo

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.

8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

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Supremo pé de guerra

Barbosa afirma que Peluso foi tirânico e manipulou julgamentos; Ayres Britto assume

No diaem que Ayres Brittotomou posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, o novo vice-presidente da Corte, Joaquim Barbosa, expôs o clima de conflagração entre os ministros da Casa. Em entrevista a CAROLINA BRÍGIDO, Barbosa respondeu as críticas do ex-presidente Cezar Peluso, afirmando que o colega manipulou resultados de julgamentos para impor sua vontade. Para Barbosa, relator do mensalão, Peluso foi tirânico e incendiou o Judiciário com sua obsessão corporativista. Acusou ainda o colega de praticar “supreme bullying” com seu problema de saúde. Ayres Britto advertiu que o Judiciário tem que se impor o respeito. (O Globo)

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Congresso cria CPI inédita de todos para investigar todos

Foco é a ligação do bicheiro Cachoeira com políticos e empreiteira do PAC

Depois de idas e vindas, foi criada ontem no Congresso, com a assinatura recorde de pelo menos 385 deputados e 72 senadores, uma CPI mista para investigar a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira e sua ligação com políticos e empresários. Parlamentares da base e da oposição falaram em passar “o país a limpo”, mas, entre aliados, há dúvidas sobre até onde o governo quer chegar. Se de fato for instalada, a CPI do Cachoeira vai apurar as conexões do grupo do contraventor com políticos e com a empreiteira Delta, apontada pela Polícia Federal como braço financeiro do esquema. As investigações mostram que a Delta abastecia empresas fantasmas do grupo de Cachoeira. O PMDB indicou o senador Vital do Rêgo (PB) para presidir a comissão. O Conselho de Ética do Senado manifestou ao Ministério da Justiça preocupação com a segurança de Cachoeira, que divide cela com 22 presos em Brasília.

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