Arquivo do mês: julho 2011

Empresa de senador leva R$ 57 milhões da Petrobras sem licitação

Prestadora de serviços do Eunício Oliveira atuou no pré-sal da Bacia de Campos

Uma empresa do senador e ex-ministro Eunício Oliveira, assinou sem licitação contratos que somam R$ 57 milhões com a Petrobras para atuar na Bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio, informa o repórter Leandro Colon. Documentos da estatal mostram que foram feitos, entre fevereiro de 2010 e junho de 2011, oito contratos com a empresa Manchester Serviços, contratada para fornecer mão de obra terceirizada à estatal. A Petrobras nega irregularidade, e Oliveira não quis comentar. (Estadão)

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Dívida externa aumenta 43% em menos de 2 anos

Ritmo da alta é maior desde o real, em 1994; total chega a R$ 284 bilhões

A queda nas taxas de juros em países desenvolvidos após a crise de 2009 e a forte retomada dos investimentos no Brasil provocaram a maior alta na dívida externa desde o Plano Real.

De 2009 até maio último, a dívida externa conjunta de empresas, administrações públicas e famílias cresceu 43% e foi a R$ 284 bilhões, informam Gustavo Patu e Eduardo Cucolo (Folha de São Paulo).

Ao longo dos 15 anos anteriores, a expansão foi de 43%. A parcela privada da dívida, hoje equivalente a 3/4 do total, cresceu R$ 87 bilhões, enquanto a pública encolheu R$ 1 bilhão.

Mas hoje, diferentemente do ocorrido nas décadas de 80 e 90, o Banco Central tem reservas de dólares que superam o total da dívida – se necessário, o país poderia pagá-la de uma vez.

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Agenda econômica de Dilma não sai do papel

Herança de Lula emperra primeiros seis meses de governo

Em seis meses de governo, os principais compromissos de campanha da presidente Dilma Rousseff para a economia, como a reforma tributária e a redução de impostos que pesam na folha de pagamento das empresas, ficaram só no papel. Além de brigas com aliados e a crise política, as heranças da era Lula, entre elas a inflação alta e o aumento de gastos públicos, acabaram emperrando a agenda econômica de Dilma. O balanço das 14 medidas provisórias do governo no ano mostra que nenhuma tem relação com as suas promessas de campanha para a economia. A Fiesp diz que a expectativa da indústria agora “é declinante”. (O Globo)

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Primeiras páginas_3.jul.11

O GLOBO – Agenda econômica de Dilma não sai do papel

FOLHA DE SÃO PAULO – Dívida externa aumenta 43% em menos de 2 anos

O ESTADO DE SÃO PAULO – Empresa de senador leva R$ 57 milhões da Petrobras sem licitação

CORREIO BRAZILIENSE – Lei que altera prisões começa a valer amanhã

ESTADO DE MINAS – Nunca haverá um outro Itamar

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – País de luto por Itamar

ZERO HORA – STF rejeita retorno de Jader ao Senado

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Artigo

Os 180 dias de Dilma, misturando público e privado

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Dilma Rousseff, passados seis meses sentada na cadeira presidencial, permite colher-se as sementes que  plantou nesses 180 dias de virtualidades e concretudes.

Resulta nesta colheita a mistura híbrida do público e do privado, produto realçado no caso da megafusão varejista de Abílio Diniz-BNDES-Carrefour.

Vão para segundo plano o mexe-mexe no setor político e os desafios no campo da economia, com a inflação a imiscuir-se na planície do Plano Real, que tão bem conviveu internacionalmente na bonança e na crise.

No espaço das personalidades, registrou-se a queda de Antônio Palocci, ex-chefe da Casa Civil e base da continuidade da política lulo-petista, e o rotor do relacionamento do governo com o empresariado.

A saída de Palocci deixou seqüelas: a inconveniente intromissão de Lula como articulador político, que prejudicou muito mais que ajudou a Presidente; e as mudanças batizadas de “operação salto alto” – que trouxeram para o núcleo de poder duas novas ministras, Gleisi Hoffmann, na Casa Civil, e Ideli Salvatti, nas Relações Institucionais.

Para elas, ainda é cedo fazer-se uma avaliação, exceto a fraqueza ou mesmo omissão no caso do projeto de fusão do Pão de Açúcar e o Carrefour, com o aval entusiasmado do BNDES.

O “entusiasmado” – foi uma fogueira que iluminou e esquentou o reino das “consultorias” – e se estendeu aos elogios afetados e arrogantes do Palácio do Planalto enaltecendo o sentido “patriótico” da transação que envolvia um amigo do governo, o companheiro Abílio Diniz, e a rede francesa supervarejista Carrefour.

Nenhuma das duas ministras do núcleo “salto alto” expôs à Presidente os riscos de uma operação desse gênero, pondoem jogo R$ 3,9 bilhões (ou até mais) do contribuinte. Outros ministros e assessores, proposital ou inocentemente, esconderam a real situação da transação, sujeita às disputas judiciais e à contestação dos órgãos de defesa do livre mercado.

Este quadro deixa ver claramente a importância da escolha dos auxiliares por um chefe de Executivo, Presidente da República ou Governador de Estado. A formação de políticas públicas deve ser dialeticamente preciso e abrangente, sem erros nem desvios para quem decide, e ampliado para os garantidores da governabilidade.

Ao tomar uma posição, Dilma deveria avaliar previamente com prudência e não posteriormente, como veio a fazer. Além de evitar a promiscuidade entre o público e o privado e de zelar pelo bem público, deveria conhecer as partes envolvidas, os perfis, as propostas e as intenções. Isto, nos limites legais.

Poderia ter dividido com a base parlamentar (leia-se PMDB), as responsabilidades, com um duplo objetivo, garantir o apoio do Congresso e evitar os lobbies defensores de pessoas ou grupos em detrimento dos interesses nacionais.

Em vez de democratizar a participação e as responsabilidades, Dilma, aconselhada pela diretoria do BNDES e alguns dos seus ministros, aventurou-se insensatamente a apoiar a megafusão Abílio-BNDES-Carrefour. Aceitou argumentos disparatados e expôs-se tolamente no caso.

Isso exige mais do que um freio na negociata com dinheiro público. Faz-se necessária uma redefinição da própria governabilidade, afastando de vez por todas a intimidade do poder central com setores privados. Cabe à Presidente construir uma administração real (sem trocadilho), gerenciando a ação governamental com independência e isenção.

Para isso, é urgente libertar-se da sombra desordenada e confusa do seu antecessor, o ex-presidente Lula da Silva, cuja influência é abrangente e nefasta. Se a operação “salto alto” falhou, que se tente novas aquisições capazes de realizar a indispensável mudança estrutural.

Por que não a minirreforma ministerial que vem sendo proposta por analistas políticos independentes? Nunca antes na História deste País um presidente da República, como Dilma, detém as condições objetivas para passar no teste da afirmação política como estadista.

Diz-se que ela não tem vocação para o poder, nunca tendo passado de uma agitadora na sua trajetória pessoal. Mas indubitavelmente aprendeu a disciplina, o conhecimento das pessoas e a estratégia política. São as credenciais requeridas para a transformação que deve ser feita.

 

 

Sinopse das revistas semanais

VEJA

Capa –Cabral, o muy amigo; o “Codex cabralensis” * Ministério de aloprados * O mensalão do PR * Macunaímas petistas * Entrevista: Derrick Rossi * Bem-vindo ao “Sarneyquistão”  * Chico Maconha, muito prazer * A classe C na balança * Como adotar um terrorista * Vício mais barato

CARTA CAPITAL

Capa –Proteção sob o sol do Brasil * Sérgio Cabral, o arrependido * Gestão tucana na UTI * Um prefeito atrás das grades, com a primeira-dama *  Olívio Dutra, o anti-Palocci * Trincheiras na web * Cristina fica no páreo * De volta ao passado. Violência sectária volta a dividir o Ulster

ÉPOCA

Capa – Espumante com gosto de remédio * O inferno astral de Sérgio Cabral * Entrevista: Jair Bolsonaro * Marina pede para sair * Via rápida para o lucro * O trem-bala e o PT de Campinas * Paulo Renato Souza: O homem que mudou a política educacional do país (1945 – 2011) * Requião, o amarelão * Kristinn Hrafnsson: “O WikiLeaks não quer ser único” * Eugene Kaspersky: “Precisamos de hackers para nos defender”

ISTOÉ

Capa –Reportagem: O reino encantado de Neymar * Editorial: “A chantagem partidária” * O mapa da barganha * Brasil sob ataque de hackers * Foi queima de arquivo * Por que Dilma ama FHC * O mistério de Juan * Prefeitos na cadeia * Um brasileiro na elite da ONU * Economia: A aposta de Abilio * Os dividendos do Prouni * No rastro de Battisti * Brasil, a terra das “bíblias”

ISTOÉ Dinheiro

Capa – Reportagem: A batalha mais difícil de Abílio * Economia: A faísca da indústria * Rumo ao interior * Entrevista: Marcelo Neri: economista da FGV * Graziano chegou lá * Artigo: O acorde desafinado do STF * Finanças: Chamada urgente para os banqueiros * Mercado Digital: AMD volta ao mercado * Especial: Reduzir a pobreza para aumentar a justiça social * Hangares a todo o vapor

EXAME

Capa – Classes A & B: O mercado que mais cresce * Um voto de 6 bilhões de reais no caso Perdigão e Sadia * Economia: Campeãs do investimento * Gestão: O Brasil entra no currículo * Finanças: “A China é muito melhor” * Tecnologia: O império dos hackers * Sustentabilidade: O fim do mercado de carbono? * Brasil: Um país viciado em passado

 

 

 

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Billie Holiday – The Blues Are Brewin

 

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BNDES admite deixar fusão no varejo

Pressionado, banco diz que só discutirá injeção de até R$ 4,5 bi no negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour se sócios se entenderem

O BNDES ameaça abandonar a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour se não houver acordo entre Abílio Diniz e seu sócio, o grupo francês Casino. É uma estratégia de saída do banco estatal, que vem sendo criticado por ter se comprometido a analisar um aporte de até R$ 4,5 bilhões na fusão. Ontem e anteontem, o BNDES divulgou duas notas à imprensa dizendo que o apoio ao projeto se baseia na premissa do “entendimento amigável entre os atores privados”. Os dois lados envolvidos na disputa estão fazendo pressão no banco. Ontem, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, se reuniu com Abílio, preocupado com o possível recuo. Ao aceitar avaliar a fusão entre o Pão de Açúcar e os ativos do Carrefour no Brasil, o BNDES foi envolvido em uma disputa societária. (Estadão)

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Dólar recua ao nível de janeiro de 99

Com entrada de recursos estrangeiros, cotação ficou em R$ 1,558, em queda de 0,26%

Mesmo com dois leilões de compra do Banco Central, o dólar atingiu seu menor nível desde 18 de janeiro de 1999, logo após a maxidesvalorização do real. A moeda fechou cotada a R$ 1,558, com queda de 0,26%. Na semana, recuou 2,87%. A entrada forte de investimentos estrangeiros continua derrubando a cotação. Apesar do dólar em baixa, o Brasil tem exportado mais porque os preços de produtos básicos, como minério de ferro, têm subido multo. O resultado foi recorde no saldo comercial (exportação menos importação) no primeiro semestre, de US$ 12,985 bilhões.

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Primeiras páginas_2.jun.11

O GLOBO – Governo quer reduzir cota de emendas

FOLHA DE SÃO PAULO – BNDES estuda financiar 90% de estaleiro de Eike Batista

O ESTADO DE SÃO PAULO – ”Idiotas” de Jobim irrita Dilma, mas é abafado

CORREIO BRAZILIENSE –  Farra generalizada com carros oficiais

ESTADO DE MINAS – PAC em ritmo lento no governo Dilma

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Irregularidades trabalhistas na Transnordestina

ZERO HORA – Collor ainda é contrário ao fim do sigilo eterno

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