Arquivo do mês: julho 2011

Artigo

Nosso tempo: Os hackers e a Rede Social

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Nada de volta do passado, nem viagens (ainda) irrealizáveis ao futuro; devemos viver o nosso tempo, da Rede Social ameaçando os poderes e os hackers devassando os segredos da meia dúzia que subtrai a informação dos povos.

Isto ficou transparente com as incursões do Wikileaks nos arquivos do Departamento de Estado dos EUA. Essa entidade nada tem de pirata; é uma organização legal sediada em Estocolmo, que divulga documentos, fotos e informações confidenciais de interesse público, tiradas de arquivos governamentais e empresariais.

Certos dados diplomáticos que estavam armazenados em pastas sigilosas de vários países foram publicados sob o aplauso geral e – por uma dessas coincidências históricas inexplicáveis – expandiram-se juntamente com a ação das redes sociais do Norte da África, derrubando as ditaduras tunisiana e egípcia.

Foi uma explosão na Web que assustou os donos do mundo. A aragem democrática nos países árabes que resultam nas deflagrações populares do Iêmen, Líbia e Síria são conseqüências da comunicação através da Rede Social, que informa, mobiliza, organiza e lidera coletivamente, sem os políticos profissionais, partidos e organizações civis com fins de conduzir a sociedade.

Será que este trabalho pode ser considerado um “ataque de hackers” como querem – no Brasil – os detentores do governo federal?  Não, enquanto as invasões forem executadas para o bem, contra o totalitarismo, a corrupção e a cooptação dos movimentos sociais e populares pelo suborno e a chantagem.

Para salvaguardar a Democracia do corporativismo embutido no populismo, o novo movimento social e popular está nas redes sociais. Não se trata de conspirações virtuais, mas de uma ação concreta de guerra ao poder corrompido pela degeneração dos seus quadros partidários.

No Brasil, as incursões de hackers me parecem amadorísticas por não terem, até agora, acenado para as campanhas ativas da Rede Social. Eles invadiram arquivos do governo federal registrando presença ou tirando do ares sites da Presidência da República, Petrobras, Receita Federal, IBGE e ministérios do Esporte e da Cultura.

Agiram também, pontualmente, no Senado Federal, Universidade de Brasília e alguns órgãos estaduais nas Minas Gerais,em São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia em ofensivas virtuais inconsequentes.

O desencontro entre os hackers “do bem” e a Rede Social é lamentável. Os protestos mobilizadores levantados no Twitter, Facebook, Orkut e outros, como no caso Palocci, a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro e mais recentemente a imoral entrada do BNDES em negócios particulares do empresário Abílio Diniz poderiam ter sido fortalecidos com essa reunião.

Igualmente seria uma boa sugestão, que uma frente informatizada da Rede Social e dos hackers “do bem” participasse não apenas das contestações populares, mas também das lutas reivindicatórias do proletariado, e, inarredavelmente na defesa do meio ambiente.

No nosso tempo, assistimos ao enfraquecimento da representação política, as instituições republicanas, os partidos, os sindicatos e demais associações de classe. Diante deste quadro, assistimos a projeção do conflito entre a cidadania e a supra-estrutura política, sem outros meios de participar senão através da Web.

No Brasil, a insurreição virtual tornar-se-ia forte, física e moralmente, se a informação sobre os relacionamentos anti-povo de governantes e empresários fosse divulgada pelos que dominam a nova tecnologia da informática.

É isto que classificaríamos como a vanguarda sócio-política. Colocar o instrumental tecnológico a serviço dos reais interesses da Nação restauraria a esperança na República pondo nos seus lugares os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo para cumprir suas reais finalidades.

Com esse objetivo de salvação nacional, as forças reacionárias levantam-se contra os hackers sem distinguir, como fazemos, o pirata do revolucionário. Pedem legislação dura e punições severas ao que chamam a revelação de conluios  “atentados ao serviço de utilidade pública”.

Com tal acusação, se enforcaria Tiradentes de novo, mas hoje coisa isto difícil graças a uma arma política cada vez mais democratizada, o computador.

Nascimento fica, mas Dilma usa crise para trocar equipe de Lula

Após escândalo, a CGU promete apuração, mas órgão está com processos parados há 2 anos

A presidente Dilma Rousseff decidiu manter Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, dois dias depois da divulgação de supostas irregularidades e superfaturamento em órgãos ligados a pasta. Em nota, o Planalto informou que Nascimento conduzirá as investigações. Dilma usou a crise para, no fim de semana, demitir o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, e o presidente da Engenharia, Construções e Ferrovias S. A. (Valec), José Francisco das Neves. A presença de ambos no governo não agradava a presidente, mas eles foram aceitos porque haviam sido nomeados por Lula. A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou um pente-fino nos contratos e obras do Ministério dos Transportes. Na CGU, a área é alvo, há dois anos, de 168 processos disciplinares de fiscais e auditores.

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Primeiras páginas_5.jul.11

O GLOBO – Dilma hesita em demitir Alfredo Nascimento

FOLHA DE SÃO PAULO – BNDES avalia que fusão de supermercados não irá adiante

O ESTADO DE SÃO PAULO – PF vê irregularidade em obra de ferrovia

CORREIO BRAZILIENSE – Oposição cobra saída de ministro e quer CPI

VALOR ECONÔMICO – Subsídios representam 28% dos gastos do PAC

ESTADO DE MINAS – Dilma decide manter ministro

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Transportes: 168 processos na CGU

ZERO HORA – Dilma mantém ministro mas obras terão devassa

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Paulo Cesar Pinheiro – Mordaça

Faixa final composta pelo poema Cautela e a música Mordaça. Do disco “O importante é que a nossa emoção sobreviva” de Eduardo Gudin, Márcia e Paulo César Pinheiro. Show gravado ao vivo em 1975.

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Projeto reduz rombo da Previdência pela metade

Proposta transfere a conta das isenções fiscais concedidas por ministérios, aliviando orçamento da Pasta

O déficit da Previdência pode ser reduzido à metade se for aprovado projeto de lei que desconcentra as contas do setor devolvendo a cada ministério o rombo das renúncias de receita hoje contabilizadas no Ministério da Previdência, informa Lu Aiko Otta (Estadão). O projeto, ainda não enviado ao Congresso, retira da Pasta um impacto de perdão fiscal que de janeiro a maio somou R$ 8,9 bilhões. O saldo negativo das contas previdenciárias no período foi de R$ 7,8 bilhões. O buraco das isenções ocorre em áreas como Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e até no Ministério da Fazenda. Em busca de competitividade, a Fazenda liberou empresas de agronegócio exportador do repasse de R$ 1,1 bilhão ao INSS. Na Educação, o buraco do corte de impostos para entidades filantrópicas no período foi de R$ 3 bilhões.

Saúde perde R$ 12 bi por maquiagem de Estados

Levantamento mostra que contas incluem até despesas com a polícia

Os Estados maquiaram seus gastos com saúde em R$ 11,6 bilhões entre 2004 e 2008, segundo levantamento do governo. O artifício foi usado para cumprir a emenda 29 da Constituição, que obriga a gastar 12% na área.

Despesas com Previdência, polícia e saneamento foram contabilizadas na rubrica saúde. O valor equivale a 10% do gasto declarado no período (R$ 115 bilhões).

Parlamentares querem especificar o que é gasto em saúde, mas o governo resiste por temer que terá de elevar os repasses. (Folha de São Paulo)

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Escândalo pode derrubar ministro dos Transportes

Alfredo Nascimento tem reunião decisiva hoje com a presidente Dilma Rousseff para definir se permanece na pasta. Esse é o primeiro encontro depois que dois assessores e dois chefes de autarquias ligadas ao ministério foram afastados sob suspeita de superfaturamento e cobrança de propina em obras do PAC.

O envolvimento da cúpula do Ministério dos Transportes em suposto esquema de propina enfraqueceu o ministro Alfredo Nascimento, que pode perder o cargo. No sábado, quatro de seus principais auxiliares já foram afastados.

Irregularidades estão no ‘DNA do Dnit’

Jorge Hage, ministro da Controladoria-Geral da União, diz que irregularidades como superfaturamento e fraude em licitações estão “no DNA do Dnit” (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), informa o Painel. Suspeita de corrupção fez governo afastar a cúpula do Ministério dos Transportes.

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Primeiras páginas_4.jul.11

O GLOBO – Crise no Dnit ameaça ministro dos Transportes

FOLHA DE SÃO PAULO – Saúde perde R$ 12 bi por maquiagem de Estados

O ESTADO DE SÃO PAULO – Projeto reduz rombo da Previdência pela metade

CORREIO BRAZILIENSE – Ministro dos Transportes com o cargo por um fio

VALOR ECONÔMICO – Dilma avalia passar BNB e Basa para a Integração

ESTADO DE MINAS – União e lágrimas no adeus a Itamar

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Queda de ministro dos Transportes é esperada

ZERO HORA – Suposto esquema fragiliza ministro dos Transportes

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João Gilberto – Louco

 

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A ética do Brasil perdeu um exemplo

Nunca haverá um outro Itamar

O Brasil e Minas Gerais estão de luto. Às 10h15 de ontem o ex-presidente da República, ex-governador do estado e ex-prefeito de Juiz de Fora Itamar Franco morreu vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Hoje, o corpo do senador será velado durante todo o dia e noite em Juiz de Fora – cidade onde viveu e iniciou sua carreira política – e amanhã segue para Belo Horizonte, onde receberá as últimas homenagens no Palácio da Liberdade. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) assinaram ontem decretos declarando luto oficial por sete dias no país e no estado. (Estado de Minas)

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