Arquivo do mês: março 2011

Opiniões

Um craque da sedução política

Quem esperava um pronunciamento político sentiu-se frustrado. Mas nem havia motivos para isso. (Carlos Melo)

Mínimo não é o mínimo

A atual política de valorização do salário mínimo não faz praticamente nada para melhorar a vida de quem ganha abaixo desse valor. (Fabio Giambiagi)

Novo diálogo Brasil-EUA

A visita de Barack Obama pode abrir uma outra etapa de parceria política e econômica. (Estadão)

Blog-Jornalismo_Notícias de Hoje

Secretaria de Aviação Civil pode terceirizar os aeroportos – A presidente Dilma Rousseff criou a Secretaria de Aviação Civil, com poder para terceirizar a exploração dos aeroportos do país – a medida havia sido antecipada pela Folha. O novo órgão absorverá toda a estrutura da aviação civil, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Infraero (estatal que administra os principais aeroportos brasileiros).

Kassab tem sua pior avaliação diz Datafolha – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassad, que lançou ontem seu novo partido, o PSD, atingiu a pior avaliação desde que assumiu o cargo. Os que reprovam sua administração são 43%, diz o Datafolha. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 48% de aprovação.

Pressão por mudanças em Jirau – As cenas de destruição e vandalismo dos últimos dias na usina de Jirau, em Rondônia, reacenderam o debate sobre a urgência de um “reposicionamento” nas relações da construtora Camargo Corrêa com trabalhadores, sindicatos, empresas prestadoras de serviços, Justiça e governo. E as pressões por mudanças devem afetar o cronograma de obras da usina. Em Porto Velho, avalia-se que a Camargo trabalha “no limite” para concluir a obra e cumprir os prazos apertados acertados com o governo.

Emenda leva à crise com o Congresso – O cancelamento de restos a pagar no montante de R$ 18 bilhões inscritos nos quatro últimos anos ameaça se transformar na primeira crise do governo Dilma Rousseff com o Congresso. O cancelamento atingirá principalmente emendas parlamentares ao Orçamento, que foram empenhadas nesses anos, mas não pagas até hoje. A base do cancelamento é um decreto assinado pelo ex-presidente Lula da Silva que prorrogou até 30 de abril o prazo de validade dos restos a pagar do Orçamento desses anos, à exceção das despesas do Ministério da Saúde e do PAC. ”

Milagre nos escombros do Japão – Uma mulher de 80 anos e o neto, de 16, foram resgatados ontem dos escombros de uma casa, na cidade de Ishinomaki, nove dias depois do terremoto e do tsunami eu arrasaram o Nordeste do Japão. O país já conta 8,4 mil mortos e 12,9 mil desaparecidos e sofre com água e alimentos contaminados pela radioatividade.

Consumo: O perigo do crédito fácil – A estabilidade econômica leva o brasileiro a gastar mais, principalmente com bens não duráveis, e especialistas alertam para os riscos do financiamento.

Argentina mais protecionista – O governo da Argentina voltou a ampliar suas barreiras à entrada de produtos brasileiros. A escalada protecionista veio em dose tripla. Há violação do prazo de 60 dias, previstos pela OMC, para a liberação das licenças não automáticas de importação.

Aplicativo abre caminhos no mundo da web – Os aplicativos, pequenos programas com fins específicos que dão “alma” aos smartphones e tablets, agitam o setor de tecnologia e já há especulações de que irão acabar com a forma tradicional de acesso à internet. Só em 2011, as vendas desses programas podem movimentar US$ 15 bilhões – três vezes mais que em 2010 -, segundo estimativa da empresa de pesquisas Gartner. Até o fim de 2014, a projeção é que 185 bilhões de aplicativos tenham sido baixados em lojas on-line de todo o mundo.

Guerra contra a ditadura

Míssil atinge palácio de Kadafi em Trípoli

Um dos prédios do complexo residencial de Muamar kadafi, a 50 metros da tenda onde costuma receber seus convidados, foi derrubado por um míssil ontem. A coalizão de países que tenta conter Kadafi concentrou sua ofensiva em Trípoli, mas negou que ele esteja entre os alvos da operação, alegando que o local tinha arsenal militar.

Dano a civis irrita aliados e afeta força anti-Gaddafi

No segundo dia de ataques às forças do ditador Muamar Gaddafi, a aliança liderada por EUA, França e Reino Unido sofreu um revés diplomático; a Liga Árabe, que integra a coalizão, criticou “a mortes e ferimentos de civis” na Líbia. O secretário-geral Amr Moussa manteve apoio à intervenção, mas cobrou explicações: “Queremos proteção de civis, e não bombardeio contra mais civis”. Em Benghazi, capital rebelde, moradores festejaram recuo de tropas de Gaddafi, relata o enviado especial Samy Adghirni.

Kadafi anuncia cessar-fogo após ação de aliados

No segundo dia de ação militar na Líbia, Muamar Kadafi prometeu interromper a ofensiva contra os rebeldes, mas forças da coalizão não reconheceram a trégua. Bombardeios chegam a Trípoli, capital do país. Segundo o Pentágono, defesa aérea do ditador foi “fortemente atingida”.

EUA vão entregar ‘em breve’ liderança da ação

O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou ontem que o Pentágono espera entregar o controle da missão na Líbia para uma coalizão – liderada pela França e pela Grã-Bretanha ou pela Otan -, “em questão de dias”. Segundo ele, o papel dos EUA não será “proeminente”.

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Visita do Presidente dos EUA

Obama: Brasil dá exemplo de democracia a mundo árabe

Um dia depois de ordenar do Brasil a ofensiva contra a Líbia de Kadafi, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou a democracia brasileira como exemplo para ditaduras do mundo árabe. Ao discursar no Theatro Municipal, Obama disse que o Brasil mostrou que é possível superar regimes autoritários e conciliar democracia e crescimento econômico. O presidente americano manteve o tom de parceria adotado anteontem, no encontro com a presidente Dilma Rousseff, e disse que as relações Brasil-EUA são entre nações iguais, e não mais como “parceiros sênior e júnior”.

No Rio, gabinete de crise para 1ª guerra de Obama

O presidente dos EUA, Barack Obama, adiou da manhã para a noite sua visita ao Corcovado para discutir a guerra na Líbia com secretários e conselheiros em Washington. Numa entrevista no Rio, a Casa Branca afirmou que o objetivo principal da ação militar, a primeira autorizada por Obama em seu governo, é proteger civis.

Energia ganha parceria com EUA

Em visita pautada por interesses econômicos e comerciais e por elogios ao Brasil como “ator global”, o presidente dos EUA Barack Obama, firmou no sábado com a presidente Dilma Rousseff, um “diálogo estratégico em energia”, que abre caminho para cooperação na exploração de energia alternativa e do petróleo obtido em grandes profundidades. Segundo a Casa Branca, Dilma recebeu com satisfação o anúncio de Obama de que enviará em maio uma missão comercial para negócios com gás e petróleo.

Exemplo para o mundo árabe

Em discurso no Rio, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o Brasil é um exemplo para o mundo árabe ao mostrar que é possível conciliar progresso econômico e liberdade. Falando ao “vibrante povo brasileiro” do palco do Teatro Municipal, ele comparou o movimento pelos direitos civis nos EUA, nos anos 60, à luta contra a ditadura no Brasil.

Obama encanta cariocas

O presidente norte-americano, Barack Obama, usou todas as habilidades para conquistar a simpatia dos brasileiros na visita ao Rio de Janeiro. No Theatro Municipal, diante de uma platéia de 2 mil convidados, ensaiou palavras em português e não poupou elogios ao país. Foi aplaudido de pé.

Desde sábado à noite no Rio, Obama e família aproveitaram o domingo também para fazer turismo na “Cidade Maravilhosa”, chamada assim pelo presidente americano no discurso do Municipal. Eles foram à cidade de Deus, onde Obama quebrou o protocolo e andou nas ruas, e, à noite, ao Cristo. Pela manhã, arriscou embaixadinhas na Cidade de Deus. À noite, conheceu o Corcovado.

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Primeiras páginas_21.mar.11

O GLOBO – No Rio, gabinete de crise para 1ª guerra de Obama

FOLHA DE SÃO PAULO – Nova Secretaria de Aviação Civil pode terceirizar os aeroportos

O ESTADO DE SÃO PAULO – Ataques à Líbia se intensificam e Kadafi promete ‘longa guerra’

CORREIO BRAZILIENSE – Batalha chega a Trípoli e Kadafi arma civis

VALOR ECONÔMICO – Com charme e carisma, Obama prega aproximação

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Do Rio, Obama fez teleconferência

ESTADO DE MINAS – Obama propõe parceria de igual para igual com Brasil

ZERO HORA – Aliança intensifica ataques na Líbia

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Artigo do senador José Agripino Maia, pres. do DEM

A importância do DEM para o Brasil

Nosso partido, o Democratas, defende o liberalismo econômico com justiça social. Nossos compromissos são fortes e transparentes.

Temos identificação programática com a economia baseada na livre-iniciativa, com o sistema político plural e participativo, com a liberdade irrestrita de imprensa, e com a diminuição da carga tributária. Acreditamos que o Estado deve servir à sociedade e não a sociedade ao Estado.

Nossas formulações também levam em conta o cidadão comum, que quer ver sua pequena empresa crescer e gerar empregos mas que, por outro lado, enfrenta dificuldades burocráticas, precisa pagar inúmeros impostos e não tem a contrapartida necessária do Estado em saúde ou segurança.

Heróis, os empreendedores brasileiros são os principais responsáveis pela criação de vagas de trabalho e diminuição da pobreza.

O DEM possui compromissos irrevogáveis com os direitos individuais, a meritocracia, a educação de alto nível e a igualdade de oportunidades. O partido não tolera os regimes não democráticos, não importa a sua ideologia, e defende a participação do capital privado nos setores nos quais o Estado não tem recursos para proporcionar a infraestrutura que o país exige.

É evidente que o Brasil passa por um período de notável desenvolvimento. O governo do PT, entretanto, esconde que os avanços só foram possíveis pois ideias sempre defendidas pelo Democratas foram implantadas nos governos Itamar Franco e FHC e mantidas no começo da gestão Lula. Entre elas, o combate à inflação, o equilíbrio das contas públicas e o cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sem essas ações de cunho liberal, somadas com a enorme demanda pelas commodities brasileiras, governistas sabem que não teriam muito a comemorar. Foram premiados pelas circunstâncias e tiveram a sensatez de não terem colocado em prática muitas ideias que sempre abraçaram, como o rompimento com organismos internacionais.

Mas é preciso dizer que o governo não aproveitou a bonança mundial para tomar muitas medidas necessárias ao Brasil, como aprimorar nossa infraestrutura. Portos, estradas e aeroportos de má qualidade travam a possibilidade do desenvolvimento a longo prazo. Além disso, para ajudar a eleger a atual presidente, o PT novamente desarrumou as contas públicas.

Para se ter uma noção, entre 2006 e 2010, as despesas correntes do governo, decorrentes do gigantismo do Estado, aumentaram em R$ 221 bilhões, ajudando a elevar a dívida interna para R$ 1,7 trilhão, e obrigando o Tesouro a pagar de juros, só em 2010, R$ 195,4 bilhões. Aí vai pelo ralo o dinheiro que falta para investir em infraestrutura.

Fora o corte no orçamento, o governo ensaia tentativas de fazer a população pagar o rombo por meio da recriação da CPMF. Em 2007, não conseguiu. À época, o DEM liderou o movimento que impediu a manutenção da contribuição. Foi o fato mais visível do seu trabalho em obediência ao desejo da sociedade, reafirmando a independência do Poder Legislativo.

Mas a história do DEM é longa. No mínimo remete a 1985, quando a então Frente Liberal contribuiu decisivamente para a eleição de Tancredo Neves, permitindo a volta da democracia, com a realização de eleições diretas em todos os níveis. Atualmente, o partido honra sua tradição exigindo dos integrantes padrão ético. No DEM, envolvidos em desvio de conduta são expulsos ou obrigados a renunciar.

A quem não vence eleições é destinado o papel de oposição, que precisa fiscalizar o governo de modo responsável e propor alternativas. Este é o nosso dever. Uma atuação rigorosa na qual não se permite a presença de oportunistas. Tendo nossas ideias como principais armas, cumpriremos nossa missão.

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Última Hora

Japão avança para conter crise nuclear

O reator número 3 da usina japonesa de Fukushima, que tem grande potencial tóxico, está parcialmente estabilizado. Esperava-se que a energia fosse restaurada ainda ontem, passo importante para conseguir resfriar as centrais.

Frases

O Brasil devia ter entrado no Conselho de Segurança em 45, quando era visto como “parceiro leal”, (Merval Pereira)

Obama hoje é atacado pela esquerda, como enganador, e pela direita, como demônio socialista. (Veríssimo)

De Eisenhower para Obama: “Presidente, o mais difícil é descobrir quando nós não podemos.” (Elio Gaspari)

Opiniões

G-7 e o iene

Ao anunciar que vai intervir para sustentar a valorização do iene, na sexta-feira, o G-7 demonstrou uma nova razão para sua existência. (Jim O’Neill)

Bom senso e coerência

Dilma já demonstrou que o que lhe faltava em carisma eleitoral ela tem de sobra em sensatez. (Estadão)

Guerra no Mediterrâneo

Kadafi desafia Nações Unidas

Contrariando o cessar-fogo determinado pela ONU, o ditador líbio, Muamar Kadafi, invadiu ontem, com tanques e aviões de guerra, a cidade de Benghazi, bastião da oposição. Os rebeldes derrubaram um jato do governo e disseram que vão resistir a qualquer preço. Segundo as autoridades francesas, a intervenção militar ocidental no país estaria pronta para ser colocada em prática.

Ordem de ataque à ditadura líbia sai de Brasília

A autorização do presidente Barack Obama partiu da capital brasileira e, imediatamente, a força norte-americana se juntou a aviões franceses, britânicos, canadenses e italianos e às embarcações posicionadas no Mediterrâneo no bombardeio às tropas fiéis a Muamar Kadafi, para proteger a população civil da Líbia. Os ataques da coalizão tiveram como primeiros alvos a capital Trípoli e a cidade de Misrata.

Países aliados iniciam ação militar contra Kadafi

A coalizão de potências ocidentais e países árabes iniciou intervenção militar na Líbia ante a resistência do ditador Muammar Gaddafi em cumprir o cessar-fogo contra os rebeldes. Jatos aliados entraram no espaço aéreo líbio para parar ataques que, segundo rebeldes, forças de Kadafi iniciaram na manhã de ontem em Benghazi, principal bastião dos opositores. “Nossos aviões já estão impedindo ataques aéreos na cidade”, afirmou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em reunião emergencial de líderes da coalizão realizada em Paris.

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