Arquivo do mês: março 2011
Primeiras páginas_26.mar.11
O GLOBO – Brasil terá de importar até álcool dos EUA
FOLHA DE SÃO PAULO – Contra alta de preços, gasolina terá mais água
O ESTADO DE SÃO PAULO – Irã desafia a ONU e diz que não aceita investigação
CORREIO BRAZILIENSE – Kassab recua após pressão da família de JK
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Imposto maior para compras no exterior
ESTADO DE MINAS – Álcool encosta no preço da gasolina
ZERO HORA – OAB vai à Justiça por lista de passaportes
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Leo Gandelman – Solar
Frases
“A lei da Ficha Limpa será fatiada como um salame e analisada alínea por alínea.” (Ricardo Lewandowski, presidente do STF)
“BC acha que mercado ignora que já houve dois aumentos de juros, um pacote de ajuste fiscal e medidas prudenciais”. (Claudia Safatle)
“Precisamos revisar drasticamente a suposta lei da maldição das matérias-primas para algumas regiões da América Latina”. (Javier Santiso)
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Opiniões
Dilma dá as costas a “amigão” de Lula
Itamaraty se absteve de votar quando essa questão envolvia Teerã. A nova postura evidencia, até agora, a mais radical divergência entre Dilma e Lula, seu antecessor e mentor político. (Correio Braziliense)
Estreita vigilância
Conviria à sociedade manter-se mobilizada em torno da validade do preceito geral da Lei da Ficha Limpa e evitar ataques especulativos até 2012. (Dora Kramer)
A difícil decisão do STF
O Supremo deixou em aberto o ponto talvez mais polêmico da Lei da Ficha Limpa. (Estadão)
Utopias do Xingu aos 50 anos
Toma corpo projeto de levar à ONU proposta de reconhecimento do Parque do Xingu como patrimônio da humanidade. Nada mais necessário. (Washington Novaes)
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Blo-Jornalismo_Notícias de Hoje
Brasil muda de posição na ONU e irrita regime do Irã: O Brasil foi favorável ontem, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, a designação de um relator para investigar denúncias de violações de direitos humanos no Irã. É a primeira vez desde 2003 que o país vota contra o Irã no órgão. A decisão teve 22 votos a favor, 7 contra e 14 abstenções. “É lamentável ver o Brasil adotar essa posição”, disse o embaixador do Irã na ONU.
Planalto tenta nova fórmula de aposentadoria – O governo começou a negociar com as centrais nova fórmula para calcular as aposentadorias dos trabalhadores do setor privado. A fórmula une tempo de contribuição e idade do trabalhador. Homens poderão parar sem redução dos benefícios com soma de 95. Mulheres, com 85.
Líbia: Otan comandará ação – Países-membros da Otan decidiram assumir o comando de parte da operação na Líbia, assegurando a zona de exclusão aérea. Alguns dirigentes ainda relutam em aceitar bombardeios contra tropas do ditador Kadafi. Caças franceses destruíram um monomotor líbio que aterrissava em Misurata.
Substituto de Agnelli começa a ser definido – Os acionistas controladores da Vale começam a definir hoje a substituição do executivo Roger Agnelli da presidência da companhia. O presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Ricardo Flores, se reúnem no fim da tarde, na sede do BB em São Paulo, para acertar os detalhes da demissão de Agnelli e da escolha de seu substituto.
Caso Panamericano derruba cúpula da CEF – Maria Fernanda Coelho caiu da presidência da Caixa Econômica Federal. A saída se dá cinco meses após a compra, pela Caixa, de 49% do banco Panamericano, de Silvio Santos, e da fraude contábil envolvendo o balanço divulgado em novembro. O empurrão final para a demissão foi a divergência com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, por conta do preenchimento de diretorias da Caixa com políticos aliados do Planalto.
Imposto para compras fora do país aumenta – O Planalto concluiu o texto do decreto que eleva de 2.38% para 6,38%, o Imposto sobre Operações Financeiras das compras no exterior via cartão de crédito. Medida provisória reajusta em 4,5% a tabela do Imposto de Renda.
Novos governadores dão sequência à guerra fiscal – Com menos de três meses de governo, sete Estados – São Paulo, Acre, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Ceará – já ampliaram benefícios fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), indicativo de que a guerra fiscal continua nas novas administrações
Contra revoltas, ditador da Síria faz promessas – Com o objetivo de conter a revolta no sul do pais, onde o conflito já matou 44. O ditador sírio, Bashar Assad, prometeu suspender estado de emergência vigente há 48 anos e elevar salários.
DF: Procurador teve reunião secreta com pivô de mensalão – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, teve um encontro secreto com o ex-governador José Roberto Arruda em 2 de setembro do ano passado, informa o repórter Leandro Colon. A reunião, de uma hora, entre investigador e investigado ocorreu no gabinete do procurador Alexandre Camanho, fora da sede da Procuradoria-Geral. O Procurador disse que teve uma conversa “preliminar” com o ex-governador e que entendeu que não era “útil” transformá-la em depoimento.
Portugal entra na rota das incertezas – A aparentemente inevitável aceitação de um pacote de socorro por Portugal ameaça tornar-se um processo prolongado e potencialmente caótico. Líderes europeus advertiram que Lisboa precisa aprovar o recém-rejeitado pacote de austeridade, antes que considerem oferecer empréstimo emergencial ao país.
Preço do café subirá até 50% – Escassez do produto de boa qualidade devido à alta demanda no mercado internacional o tornará mais caro nos supermercados e cafeterias.
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Artigo de Miranda Sá
Ainda sobre a visita “histórica” de Obama
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Na visita de Obama ao Brasil, bateram tanto nas teclas da palavra “histórica”, que terminamos por aceitá-la, e analisar, criticar e refletir sobre o fato. Do ponto de vista pessoal e transferível a quem interessar possa.
Já dissemos que este programa presidencial foi politicamente linear, visando tão somente cumprir convenções diplomáticas que, na oportunidade, poderiam tornar-se um pacto de aliança entre os dois países.
Foi importante, sem dúvida. Não ganhou as manchetes internacionais pelo azar da declaração unilateral da guerra contra o ditador Kadafi, assinada em Brasília, minutos antes do encontro com a presidente Dilma.
Encontrei, na observação pessoal feita, duas óticas quase divergentes observadas durante a estadia de Obama no Brasil: Uma delas foi a discreta condenação de Lula da Silva, dando pouca importância ao convite dele para este encontro; quando foi chamado de “O Cara”, não passou de um tratamento suburbano, cumprimento casual de conhecidos de vista.
Após as eleições brasileiras, que tornaram Lula um “ex”, não passou três meses da posse de Dilma para acontecer a visita, que não foi apenas simbólica, como induzem certos setores da chamada grande imprensa.
Não sai da boca do representante do império mundial nada desinteressante. Ouviu-se dele claramente a intenção de reabrir um bom relacionamento comercial com o Brasil e, com isso, levar ao eleitorado norte-americano a perspectiva de recuperar a indústria e criar empregos lá.
Na verdade, a busca de um equilíbrio comercial é boa para o Brasil e para o maior mercado consumidor do mundo, que vem favorecendo sobremodo a China e a Coréia do Sul.
O segundo reparo é que se descortinou uma nova atitude diplomática do Itamaraty, pelo menos para com os EUA. Dizem que foi a própria Dilma quem deu a orientação ao chanceler Antonio Patriota, e o que se viu foi um novo sentido do “pragmatismo” tão decantado na Era Lula.
Preso aos fatos que se tornaram públicos, reconhecemos que Dilma defendeu os interesses do País, recebidos com simpatia por Obama. O comportamento da governante brasileira merece somente uma crítica contundente, extensiva aos seus ministros, assessores e ao seu partido.
Não poderia ter sido tolerada a revista policial nas altas autoridades brasileiras. Está certo que entre elas há alguns suspeitos de corrupção e também herdeiros da pecha de terroristas, mas é injustificável que a segurança norte-americana desrespeitasse a todos.
Há um velho ditado que diz: “O uso do cachimbo deixa a boca torta”. Talvez os anos de subserviência colonial tenham impedido uma reação. Mas juro em cruz que, na minha modéstia, eu teria me retirado do ambiente sem me deixar catar por um esbirro estrangeiro na sede da República Brasileira.
Primeiras páginas_25.mar.11
O GLOBO – Ficha Limpa também é dúvida em 2012
FOLHA DE SÃO PAULO – Planalto tenta nova fórmula de aposentadoria
O ESTADO DE SÃO PAULO – ‘Ficha Limpa será fatiada como salame’
CORREIO BRAZILIENSE – Ficha limpa corre risco de não valer nem em 2012
VALOR ECONÔMICO – Constitucionalidade da Ficha Limpa será questionada no STF
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Ficha Limpa pode ficar ainda mais esvaziada
ESTADO DE MINAS – …E não é que vai sujar ainda mais?
ZERO HORA – Ministro admite que Ficha Limpa pode ficar esvaziada
Antonio Meneses – Villa-Lobos
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Artigo de Miranda Sá
Uma lembrança: a guerra secreta pelo petróleo
MIRANDA SÁ, jornalista (mirandasa@uol.com.br)
Eu lembro, não-sei-quantos-anos atrás, ainda estudante, quando li um livro (não me lembro o autor) intitulado “A Guerra Secreta pelo Petróleo”. Meu pai usava conosco uma tática perfeita para nos levar à leitura: apontava na estante um volume que dizia ser “proibido” para meninos, levando-nos a devorá-los.
A “Guerra Secreta pelo Petróleo” contava a história das Sete Irmãs, empresas petrolíferas que dominavam o mundo pela espionagem, subornos, golpes de estado e manu militari. Eram a Standard Oil of New Jersey, atualmente Exxon; Royal Dutch Shell; Anglo-Persian Oil Company, hoje BP Amoco; Standard Oil of New York, agora ExxonMobil; Texaco e Standard Oil of California, que se fundiram na Chevron; e, a Gulf Oil, que se associou com outras.
O livro trazia um mapa mostrando as posses de grandes reservas do óleo fóssil (o Brasil ficava de fora, embora Monteiro Lobato, que papai acompanhava, afirmasse a existência de petróleo aqui). E foi através da geopolítica petrolífera que aprendi a conhecer o barril de pólvora que é o retalhamento do Oriente Próximo, o Irã e o Afeganistão.
O Irã, a Pérsia das Mil e Uma Noites, escreveu um capítulo vigoroso da guerra pelo petróleo com Moammad Mossadegh, personagem notável do nacionalismo persa, precursor das idéias nacionalistas (não religiosos) do Irã moderno.
Não se pode apagar da História a atuação do colonialismo francês na Argélia e na Tunísia, e as aventuras patéticas da Itália na Líbia… E como a Líbia está na ordem-do-dia trago à lembrança Kadafi, Gaddafi, Gathafi ou Qaddafi como chamem e adotem…
Como prefiro Kadafi, vá lá. A sua revolução foi romântica e o início da sua ocupação do poder teve a melhor das intenções. A Líbia era dominada por um consórcio formado pela British Petroleum (Amoco) e a Shell e meia dúzia de sanguessugas.
A Grã-Bretanha e a Holanda, expulsos os italianos na Segunda Guerra, sustentavam um governo monárquico, feudal, cujo poder se estendeu até 1969. Nesse período, Kadafi, jovem tenente do Exército Líbio, foi estudar na Inglaterra.
Em Londres, assistiu o esbanjamento dos príncipes e mandatários do seu País. Diz-se que viu o rei perder um milhão de libras num cassino. Quando regressou à pátria, já capitão fundou, com outros militares, um grupo islâmico secreto, chamado “Oficiais Livres”.
Com seus camaradas, deu um golpe de estado e tomou o poder sem derramamento de sangue. Seu governo prometeu justiça para o povo, mas pelo continuísmo e acomodação, transformou-se numa ditadura totalitária e burocrática assentada sobre refinarrias. Daí para a degenerescência moral, sustentada peloslucros do petróleo, foi um passo.
Chegaram à Líbia com caráter popular, marcado de forte nacionalismo e desconfiança ante a Europa e os EUA os ares do movimento “Cheiro de Jasmim”, que derrubou as ditaduras tunisina e egípcia.
A luta contra a ditadura me conquistou. Diante da conjuntura, vejo a grande contradição empreendida pela chamada “Coalizão”, intervindo na rebelião líbia. Fosse para impedir o massacre de civis e assassinatos de líderes oposicionistas, tudo bem. Mas uma intervenção terra a terra é duvidosa, irão trocar seis por meia dúzia. Por isso, ainda é cedo avaliar a posição da Alemanha e dos Bric.
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Primeiras páginas_24.mar.11
O GLOBO – Presidente da CEF pede demissão
FOLHA DE SÃO PAULO – Alta do álcool faz o consumo cair 40% no país
O ESTADO DE SÃO PAULO – Rio confirma dois casos de dengue tipo 4
CORREIO BRAZILIENSE – Decepção com a decisão do STF
VALOR ECONÔMICO – Greves de 80 mil param principais obras do PAC
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Fichas-sujas de volta
ESTADO DE MINAS – Juristas estão divididos
ZERO HORA – Guinada na Ficha Limpa muda o quadro eleitoral
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