Arquivo do mês: fevereiro 2011

Elis Regina – Alô, alô marciano

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Alô, alô, marciano

(Composição: Rita Lee/Roberto de Carvalho)

 

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando russa
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola Alá
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

 

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Adeus, Fofômeno

Com a aposentadoria de Ronaldo, entra para a história a primeira geração dos ídolos sem pátria.

 

Ronaldo é um fenômeno: trata-se do primeiro jogador brasileiro a se consagrar no mundo sem ter tido importância em nenhum clube do seu país.

 

Um carioca que nunca brilhou no Maracanã. E que abriu caminho para a privatização do patriotismo.

 

A seleção brasileira era dele. Pelo menos ele acreditava nisso. Ficou claro na Copa da Alemanha, onde foi passear com Roberto Carlos, Ronaldinho, Cafu e seus companheiros ricos e entediados. Ronaldo pesava mais de 100 quilos, mas a culpa era da imprensa.

 

O Fenômeno, então apelidado por Bussunda de Fofômeno, se irritava com a invasão de privacidade. Queria curtir em paz seu spa de chuteiras, vestindo a camisa amarela imortalizada por Pelé.

 

A espiral de marketing e dinheiro inflacionou Ronaldo. Um grande velocista e bom finalizador virou mito – sem ter o talento de um Falcão, para citar um dos craques não canonizados pela propaganda.

 

Ronaldo é o símbolo de um tempo que consagra Cristiano Ronaldo, na fábrica de lendas desse medíocre e incensado futebol europeu.

 

Em 2002, o já ex-Fenômeno venceu uma batalha heróica contra uma contusão grave, se tornando um belo símbolo da conquista do penta. Mas não brilhou como Romário em 94, menos ainda como Pelé e Jairzinho em 70. A rigor, não jogou mais que Rivaldo, seu esquecido colega de time.

 

Mas o deus da propaganda escolheu Ronaldo para ser o Fenômeno. Foi esse o sobrenome usado por ele para apresentar-se à prostituta que, no final, era travesti. As coisas nem sempre são o que parecem.

 

Ronaldo parecia ser o bom moço, o exemplo para as crianças. Acreditou nesse script também. Topou ser quem não era.

 

Sem a gordura do marketing, o cara simples, bem-humorado e moleque (no bom sentido) talvez tivesse ido mais longe.

 

Mas sua despedida, sentado ao lado de um obscuro presidente do Corinthians, desfilando mágoas e ressentimentos, resume o caminho escolhido.

 

Um ídolo candidato a vítima. Perguntem a Pelé se isso é possível.

 

 

Guilherme Fiúza, jornalista

 

Frase_1/19

“A resposta a qualquer aventura por parte desses pequenos grupos será dura e violenta” (Muamar Kadafi)

Opiniões

Presidente mostra mais poder que os seus antecessores

A votação do salário mínimo comprovou na prática o já conhecido em tese. Dilma Rousseff começa seu mandato com mais poder real sobre os congressistas do que os seus dois antecessores imediatos, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. (Fernando Rodrigues, jornalista)

O divã e a bolha financeira

Uma pesquisa indica que a tomada de decisão no mercado financeiro é baseada não em conclusões lógicas, e sim em estados emocionais dos gestores. (Sérgio Telles, jornalista)

A oposição falhou de novo

O governo vai devolver à meia-noite de hoje, sem juros ou qualquer correção, os 60 minutos que tomou de grande parte dos brasileiros. (Tutty Vasques, jornalista)

A nova guerra do mínimo

Alvo é o dispositivo que passa do Congresso para o Executivo a prerrogativa de reajustar o piso. (Estadão)

Regimes ampliam repressão a onda de protestos pós-Egito

Governos de Bahrein, Líbia e Iêmen, três regimes autoritários que se tornaram foco de protestos após a queda do ditador egípcio, intensificaram a repressão a manifestantes nas ruas. No reino do Bahrein, os militares abriram logo contra a multidão que desafiou o estado de emergência, e há relatos de quatro mortes e mais de 50 feridos. Numa demonstração de força, o ditador líbio Muamar Kadafi desfilou em carro aberto por Tripoli, mas fontes opositoras denunciaram a morte de 50 pessoas em quatro dias de confrontos.

Embaixador na Líbia vai a Benghazi onde vivem cem brasileiros

O embaixador do Brasil na Líbia vai a Benghazi para verificara situação de cem funcionários da construtora Queiroz Galvão. Segundo a embaixada, todos estão bem. No Egito, centenas de milhares voltaram à Praça Tahrir para comemorar uma semana sem Mubarak.

Exército abre fogo e fere 60 pessoas no Bahrein

A sexta-feira, dia sagrado muçulmano, teve protestos violentos no mundo árabe. No Bahrein, o Exército deixou 60 feridos apos abrir fogo na praça da Pérola, em Manama.  No Iêmen, mais quatro pessoas morreram, uma delas em explosão de granada. Houve protestos na Jordânia e no Djibuti.

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Blog-Jornalismo_Notícias de Hoje

Para Aécio Neves, Dilma começa de forma ‘autoritária’ – O senador Aécio Neves disse que a gestão Dilma começou de forma “autoritária” sua relação com o Congresso.  Ele criticou a fixação por decreto do reajuste do mínimo e a declaração do ministro Luiz Sergio (Assuntos Institucionais) “ordenando” que a base votasse pelo valor de R$ 545.

Inflação: Alta das commodities já chega ao consumidor – A escalada das commodities e de outros custos de produção chegam aos preços finais dos alimentos industrializados e dos produtos de higiene pessoal e de limpeza. A alta chega a 20% no caso de detergentes líquidos e refrescos em pó. Nos produtos de limpeza doméstica, que usam matérias-primas petroquímicas, a indústria quer aumentos de 8% e 9%, em média.

STF retoma caso de aborto de anencéfalo – Há quase sete anos tramitando no Supremo Tribunal Federal, a autorização para aborto em casos de anencefalia deve voltar à pauta em março. Em até 90% dos casos, juízes de primeira instância têm autorizado a interrupção da gravidez.

Pelé: ‘Poderemos nos envergonhar’ – O ritmo das obras para a Copa preocupa o Rei do Futebol, que ontem advertiu: “Isso está realmente nos preocupando, até por tudo o que a gente fez, viajando pelo mundo para pedir votos. O Brasil tem a obrigação de fazer uma boa Copa, mas infelizmente já está atrasando.”

Emergentes definem posição conjunta para o G-20 – Os maiores países emergentes, entre eles o Brasil, fecharam ontem propostas conjuntas para apresentar na reunião ministerial do G-20, que ocorre hoje em Paris, informa o correspondente Andrei Netto. Na pauta estarão a definição dos indicadores de desequilíbrio e os vetos ao controle de fluxo de capitais e a limitação do acúmulo de reservas internacionais.

País tem 17% dos docentes com estudo insuficiente – Cerca de 17% dos professores que atuam na rede pública não tem formação suficiente e estão em situação irregular. Por Estado, a pior situação ocorre na Bahia, onde 51% dos professores não fizeram faculdade. São Paulo tem a melhor taxa nacional – 2,3% dos docentes não tem diploma superior.

Cunha agora pressiona por 19 cargos – Mesmo antes da votação do mínimo no Senado, o PMDB já apresenta a fatura. Recém-derrotado em Furnas, Eduardo Cunha (RJ) apresentou lista com 19 nomes para acomodar no governo Dilma.

Caso Sadia: condenação inédita – Pela 1ª vez, dois executivos (da Sadia) foram condenados por crime de uso de informação privilegiada. Foi na compra de ações da Perdigão. Mas não serão presos: pagarão com serviços à comunidade.

MP defende venda de inibidores de apetite – Promotor Diaulas Ribeiro afirma que não existe no Brasil alternativa aos medicamentos indicados para obesidade e teme o comércio clandestino com a proibição. Na avaliação do governo federal, remédios como sibutramina trazem mais riscos do que benefícios à saúde.

Concursos do GDF: Ameaça de suspensão preocupa candidatos – Enquanto o GDF estuda o adiamento da convocação de aprovados e o cancelamento de editais, concurseiros buscam explicações para as medidas. Além de um déficit de R$ 500 milhões, o governo diz que 10 mil servidores foram nomeados em 2010 sem que houvesse recursos.

Pobres aposentados – Ir à Justiça é opção para obrigar a Previdência a pagar logo atrasados, conforme decisão do STF.

Mínimo de R$ 600 – Oposição a Anastasia quer aprovar em Minas o mesmo salário que tucanos tentam impor a Dilma.

PE: Itacuruba indicada para usina nuclear – Documento estatal responsável pela implantação das usinas no País aponta cidade sertaneja como a que reúne as melhores condições de receber uma unidade no Nordeste, pela fartura de água e proximidade das linhas de transmissão da Chesf.

RS: Detran adota modelo de blitz carioca para fazer valer a Lei Seca = Com a Operação Balada Segura, Estado implanta sistema que ataca o descrédito da fiscalização e busca repetir a queda de acidentes fatais obtida no Rio

Filé e picanha perdem espaço para avestruz – Coma alta no preço da carne bovina, principalmente dos cortes mais nobres, bares e restaurantes de BH estão encontrando no avestruz uma boa opção para seus clientes. Em 2010, o filé mignon subiu em média 54,88%, e a picanha, 48,65%. A carne da ave, que tem textura e sabor parecidos, os substitui com economia de 30% a 40%.

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Primeiras páginas_19.fev.11

O GLOBO – Regimes ampliam repressão a onda de protestos pós-Egito

FOLHA DE SÃO PAULO Para Aécio Neves, Dilma começa de forma ‘autoritária’

O ESTADO DE SÃO PAULO – ‘A ordem é não mudar o mínimo no Senado, diz Gilberto Carvalho

CORREIO BRAZILIENSE – Prepare o bolso para os aumentos

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Aécio vê autoritarismo na questão do mínimo

ESTADO DE MINAS – Vazamento no ENEM leva a duas condenações

ZERO HORA – Novo mínimo: Aécio aponta autoritarismo no governo e PT reage

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Adoniran Barbosa – Prova de carinho

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Prova de Carinho

 

Composição: Adoniran Barbosa / Hervé Cordovil

Com a corda mi
Do meu cavaquinho
Fiz uma aliança pra ela,
Prova de carinho.

Quantas serenatas
Eu tive que perder,
Pois o cavaquinho
Já não pode mais gemer.
Quanto sacrifício
Eu tive que fazer,
Para dar a prova pra ela
Do meu bem querer.

 

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Ciranda financeira

Bolsa sobe 3,51% e tem melhor semana em 7 meses

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta pela quarta vez na semana . Nesta sexta-feira (18), o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) subiu 0,56%, aos 68.066,82 pontos. O giro financeiro da sessão somou R$ 5,66 bilhões.

Na semana, a Bolsa acumulou ganho de 3,51%, o melhor resultado desde julho do ano passado. Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,59%

A cotação do dólar comercial fechou quase estável com ligeira alta de 0,06%, a R$ 1,664 na venda. Porém, no acumulado da semana a moeda norte-americana teve queda de 0,18%.

UolEconomia
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Frases

“Para o governo, crescimento atingiu o pico no segundo trimestre de 2010 e PIB agora já cresce abaixo de seu potencial” (Claudia Safatle)

“A defesa do salário mínimo de R$ 545 ajudou a manter a unidade do governo em torno do corte de gastos”. (Maria Cristina Fernandes)

“Liberadas as comunidades do jugo dos juízes da guerra, é excelente o momento para acionar os juízes de paz”. (José Murilo de Carvalho)

 “Chegou a hora de fechar o orçamento fiscal paralelo que o governo tem mantido no BNDES por meio de operações dissimuladas de capitalização”. (Rogério L.F. Werneck)