Arquivo do mês: janeiro 2011

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Frases

“Diante da alta dos preços dos alimentos, a FAO preconiza quatro linhas de ação, que deveriam ser analisadas”. (José Graziano da Silva, jornalista)

“Com gasto maior do governo e mercado de trabalho apertado, a dinâmica da inflação atual é pior que em 2008”. (Mendonça de Barros, economista)

“Sou a favor da remoção. Não é simples tirar dez pessoas, imagine 5 milhões” (Humberto Vianna, secretário de Defesa Civil)

Opiniões

Longe das universidades

Uma pesquisa do IBGE mostra que nossas indústrias ainda investem pouco em inovação. Há um abismo entre elas e as universidades. (José Goldemberg, cientista)

Irresponsabilidade em cadeia

Atribuir só à natureza as causas de tragédias como a do Rio não passa de escapismo político. (Estadão)

Tragédia do Rio

Mais chuva causa novos deslizamentos e morte

Enquanto ainda há áreas ilhadas na Região Serrana, novas chuvas provocaram ontem mais deslizamentos em Petrópolis e Friburgo e deixaram pelo menos três mortos em Brejal, um subdistrito de Itaipava, cinco dias após a tragédia que já soma 637 mortes e 133 desaparecidos. A previsão é de mais chuvas ate quinta-feira. O governador Sérgio Cabral decretou estado de calamidade pública em sete cidades. A reconstrução das três maiores, Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, custará cerca de R$ 2 bilhões.

Falta de coordenação afeta ajuda a desabrigados no Rio

A desorganização fez com que doações a vítimas da tragédia no Rio permanecessem, até a manhã de ontem, a céu aberto, informa o enviado especial Marcelo Auler. Enquanto isso, várias aeronaves, incluindo cinco do Exército e outras da Força Nacional, estavam paradas no campo da Granja Comary, transformado em base aérea das operações. Autoridades do Exército culparam o mau tempo, mas helicópteros da Polícia Civil e dos Bombeiros conseguiram voar. Para acelerar os resgates, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, anunciou a criação do Centro de Coordenação Operacional em Teresópolis.

Helicóptero encontra grupo ilhado na serra do Rio desde terça

Um grupo de 40 pessoas isolado havia seis dias fez ontem seu primeiro contato com qualquer tipo de ajuda desde a tragédia no Rio, informam Vinícius Queiroz Galvão e Jorge Araújo. Com abrigos lotados, o grupo teve de ficar onde estava. O governo federal fechou o espaço aéreo da região para facilitar o resgate nas áreas isoladas. Até a noite de ontem, eram contabilizados 633 mortos.

Os dramas dos isolados

Em locais isolados aos quais só helicópteros conseguem chegar, são encontrados dois tipos de pessoas: as que estão desesperadas para sair e as que teimam em ficar.

PM quer conter abuso de preços

O comandante-geral da PM do Rio afirmou que as comerciantes que forem flagrados cobrando preços abusivos por alimentos, água e velas na região serrana do Rio poderão ser presos. Em Nova Friburgo, galões de água chegaram a ser vendidos por até R$ 40. A polícia quer barrar ainda o “turismo de tragédia”.

Auditoria aponta na Funasa desvio de até R$ 500 mi

Controladoria-Geral da União solicitou devolução; ligado ao Ministério da Saúde, órgão é chefiado pelo PMDB desde 2005

Auditorias feitas pela CGU (Controladoria-Geral da União) entre 2007 e 2010 revelam que a Funasa, ligada ao Ministério da Saúde, foi vítima de desvios que podem ultrapassar a cifra de meio bilhão de reais, relata Bernardo Mello Franco.

No período, a CGU pediu a devolução de R$ 488,5 milhões aos cofres da Funasa, total que deve subir após atualização. Segundo os relatórios, o dinheiro sumiu em operações como convênios irregulares e repasses sem prestação de contas.

Sob o comando do PMDB desde 2005, a Fundação Nacional de Saúde e o principal alvo do partido na disputa por cargos no segundo escalão do governo Dilma Rousseff. A assessoria da Funasa diz que o órgão colabora com a CGU.

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Sistema de seleção via Enem volta a falhar

Pelo segundo ano consecutivo, estudantes enfrentaram lentidão e problemas técnicos ao acessar o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece 83 mil vagas em universidades públicas para quem fez o Enem. Até as 19h de ontem, o site recebeu 149 mil inscrições.

O MEC (Ministério da Educação) afirmou que a lentidão foi causada pela alta procura. O prazo para inscrições se encerra amanhã, mas poderá ser prorrogado se os alunos da região serrana do Rio, devastada pelas chuvas, não conseguirem acessar o sistema.

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Blog-Jornalismo_Notícias de Hoje

Brasil não tem como evitar tragédias, admite governo – O governo não tem um sistema para alertar populações em risco, não há preparação local de comunidades nem sistemas de comunicação. A segunda parte de um documento enviado pelo Brasil a ONU em novembro de 2010, obtido pelo correspondente em Genebra Jamil Chade e publicado em parte ontem, revela que as falhas são ainda mais profundas e que, além do admitido “despreparo”, não há formas de evitar tragédias climáticas no País.

Dilma tenta destravar crédito da casa própria – A presidente Dilma Rousseff já prepara a primeira bondade de seu governo, informa Edna Simão. A ideia é elevar o valor máximo dos imóveis financiados no programa Minha Casa, Minha Vida em grandes centros urbanos, que pode ir de R$ 130 mil para até R$ 170 mil.

Governo procura 5 ex-guerrilheiros – A Polícia Federal, a pedido do Ministério da Defesa e da Advocacia Geral da União, tenta localizar cinco guerrilheiros do Araguaia que fazem parte da lista oficial de desaparecidos, mas que teriam sido poupados por militares e recebido novas identidades. A suspeita surgiu com base em depoimentos e informações da Receita Federal em um dos casos. A iniciativa do governo provocou revolta nos familiares.

Internet não gera ativismo, diz professor – Professor da Universidade de Stanford e blogueiro especializado em discussões sobre os efeitos da internet, Evgeny Morozov critica o que chama de visão idealizada da rede como instrumento de ativismo político. “Não é por receber mais informações que as pessoas vão querer derrubar governos”, afirma, em entrevista ao Globo.

Dilma insiste em lei dura para o tráfico – Depois de contestar a aplicação de pena alternativa em crimes de tráfico, o governo federal defende ações repressivas mais fortes ao comércio de entorpecentes, como propôs a presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha eleitoral.

Itamaraty reabre a polêmica das cotas – A reserva de 10% das vagas para negros na primeira fase da seleção do Rio Branco trouxe de volta o debate sobre o benefício. O tema ainda é tabu nos órgãos públicos.

Drama de quem depende do Enem – Estudantes que buscam a nota do Exame Nacional do Ensino Médio para inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) estão com dificuldade para acessar a página na internet, problema vivido por Vinícius Nogueira, Leonardo Rodrigues, Pedro Sá e Pedro Ferreira.

Sisu falha no primeiro dia de inscrição – O Ministério da Educação admitiu erro no cálculo do número de acessos e disse que houve sobrecarga na inscrição para vagas em universidades públicas que estreou ontem com falhas. Candidatos de todo o país enfrentam dificuldades para se inscrever no site do Seleção Unificada (Sisu).

Brasília sem alerta contra temporais – O Distrito Federal não dispõe de um sistema de alerta preventivo contra temporais. Na iminência de uma chuva forte, a Defesa Civil consegue avisar os meios de comunicação locais, mas não tem como contatar as 26 áreas de risco espalhadas pelo DF. Autoridades reconhecem a importância de se instalar um modelo para evitar catástrofes, mas consideram mais prioritário remover as famílias que moram em zonas de perigo.

Gastos federais em ritmo menor – Depois de aumentar mais de 10% acima da inflação em 2010, os gastos não financeiros do governo federal devem avançar a um ritmo mais moderado neste ano, entre 3,3% e 7%.

Consignado do BB – O Banco do Brasil vai manter os contratos de exclusividade para concessão de crédito consignado realizados com 12 Estados e municípios.

Conflito mantém turistas do Brasil isolados no Chile – Foi suspensa a operação de retirada de cerca de cem turistas brasileiros de Puerto Natales (sul do Chile) devido a desentendimentos entre manifestantes e governo do país. Desde terça, protestos contra alta de 17% no gás bloqueiam aeroportos e estradas da região.

Oposição vira governo na Tunísia – Num acerto que será anunciado oficialmente hoje, três líderes opositores entrarão no governo de transição que conduzirá a Tunísia às eleições, após a queda do ditador Ben Ali. Ontem, a capital, Túnis, foi palco de tiroteios em vários lugares entre soldados do Exército e integrantes das forças de segurança ainda leais a Ben Ali.

WikiLeaks não causou queda de ditador tunisiano – O governo de Ben Ali na Tunísia não caiu por causa da divulgação de despachos diplomáticos americanos com críticas a ele. Os tunisianos já sabiam da corrupção. É mais possível que o “incidente detonador” tenha sido o suicídio do jovem Mohamed Bouaziz, em protesto contra a apreensão de sua barraca de frutas.

Mercado prevê longo ciclo de alta dos juros – A primeira reunião do ano do Copom, nesta semana, deve ser o primeiro passo para trazer a inflação para a meta de 4,5% ao ano. Para o mercado, a taxa de juro será reajustada em 0,5 ponto, dando início a uma série de altas que elevam a Selic a 12,2% em dezembro.

Presidente do Haiti resiste à revisão da OEA – Apesar da pressão internacional, o presidente do Haiti, René Préval, resiste em aceitar a revisão da OEA, que retira seu aliado do 2° turno, informa o enviado especial Roberto Simon. Cabe agora a Préval escolher entre ficar sem candidato ou isolar-se ainda mais da comunidade internacional.

Folha de S. Paulo

Bolívia mantém disposição de cortar subsídio – O governo do presidente Evo Morales mantém sua disposição de mudar a política de subvenções ao consumo de combustíveis, como disse ao Valor o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera. Quando a diferença entre os preços nacionais em relação aos internacionais é muito alta, a subvenção vira um câncer. Hoje, a diferença entre um litro de gasolina da Bolívia e do Brasil é de um terço.”

Produção de HD no país – Braço de informática do grupo CCE, a Digibras planeja fabricar discos rígidos (HD) no país. Foi aprovado seu projeto para a produção dos componentes na fábrica da Zona Franca de Manaus.

Dificuldades nos portos – Companhias de navegação especializadas no transporte de automóveis, como a NYK, gerida por Denis Jorge, têm encontrado dificuldades para operar no porto de Santos, o maior porto do país e principal porta de saída das montadoras para o mercado externo.

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Primeiras páginas_17.jan.11

O GLOBO – Mais chuva causa novos deslizamentos e morte

FOLHA DE SÃO PAULO – Auditoria aponta na Funasa desvio de até R$ 500 mi

O ESTADO DE SÃO PAULO – Falta de coordenação afeta ajuda a desabrigados no Rio

CORREIO BRAZILIENSE – Brasília sem alerta contra temporais

VALOR ECONÔMICO –  Tragédia no Rio, com mais de 600 mortes, expõe falhas na política habitacional

ESTADO DE MINAS – Drama de quem depende do Enem

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Desorganização prejudica ajuda a sobreviventes

ZERO HORA – Relatório aponta falhas nas estradas

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Paulinho da Viola e Manacéa – Quantas Lágrimas

Paulo César Batista de Faria ou Paulinho da Viola (12 de Novembro de 1942, Rio de Janeiro) é violonista e compositor brasileiro, filho do violonista César Faria do conjunto de choro Época de Ouro.

Tem destaque como músico de samba, mas também compõe choros e é tido como representante da chamada Música Popular Brasileira.

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Paulinho da Viola cresceu num ambiente naturalmente musical. Na sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro onde nasceu em 12 de novembro de 1942, teve contado constante com a música através do pai, violonista integrante do conjunto Época de Ouro. Nos ensaios familiares do conjunto, Paulinho conheceu Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos que se reuniam para fazer choro e eventualmente cantar valsas e sambas de diferentes épocas.

Ao longo dos anos 70, Paulinho gravou em média um disco por ano, ganhou diversos prêmios e se apresentou por diversas cidades no Brasil e no mundo. Já nos anos 80, gravou mais quatros discos e manteve-se como um dos principais nomes do samba no país. Nos anos 90, entrou numa nova fase, onde a imprensa e os críticos passaram a vê-lo como um músico mais sofisticado e maduro. Mesmo sem perder seu apelo popular, Paulinho gravou um de seus mais importantes trabalhos, Bebadosamba e montou o espetáculo homônimo.

O trabalho de Paulinho hoje é visto como um elo entre diversas tradições populares como o samba, o carnaval e o choro, além de suas incursões em composições para violão e peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho mostra que está sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos.

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“Para Cabral e Dilma, centro de Friburgo é área de risco”. (Elio Gaspari, jornalista)