Arquivo do mês: setembro 2008
ELEIÇÕES/SP
Kassab abre vantagem sobre Alckmin
Gilberto Kassab (DEM) abriu quatro pontos percentuais sobre Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo, mostra nova pesquisa Datafolha. O prefeito oscilou dois pontos percentuais para cima e foi a 24% enquanto o tucano variou dois para baixo e chegou a 20%. Como os dois estão empatados no limite da margem de erro (dois pontos para cima ou para baixo), a probabilidade de Kassab estar à frente é bem maior. Marta Suplicy (PT) se manteve em primeiro lugar, com os mesmos 37% das duas pesquisas anteriores.
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CASO ODEBRECHT
Calote do Equador no BNDES vai para o BC
O Banco Central brasileiro poderá ter que desembolsar US$ 242 milhões para honrar empréstimo feito pelo BNDES à Odebrecht, que construiu uma usina hidrelétrica no Equador e acabou sendo expulsa do país. O governo de Rafael Correa se recusa a pagar o financiamento porque as obras apresentaram problemas. O empréstimo do BNDES é garantido pelo BC.
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ECONOMIA
Empresas brasileiras têm perdas recordes na bolsa
O anúncio de que grandes exportadoras – Sadia e Aracruz – tiveram perdas no mercado de câmbio derrubou a bolsa brasileira. As ações da Sadia se desvalorizaram 35,48% depois que a companhia admitiu prejuízo de R$ 760 milhões. A Aracruz, em queda de 16,81% contratará uma consultoria para calcular perdas. A Bovespa caiu 2,02%, a segunda pior baixa no mundo. O BC vendeu dólares, mas não impediu a alta de 1,59%, a R$ 1,851.
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MANCHETES de hoje_27.jul.08
FOLHA DE SÃO PAULO – Perdas de grupos brasileiros fazem Bovespa cair 2%
O GLOBO – Calote do Equador no BNDES vai para o BC
CORREIO BRAZILIENSE – Tiros em frente a escolas atingem duas estudantes
TRIBUNA DA IMPRENSA – MP pode limitar compra de terra no Brasil
JORNAL DO BRASIL – Bovespa acumula queda de 8,8% no mês
ZERO HORA – Ministros tiram férias para reforçar campanha
ESTADO DE SÃO PAULO – Especulação de exportadores com câmbio derruba bolsa
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Governo endurece com greve da Saúde
TRIBUNA DO NORTE – Crise financeira se agrava com nova quebra bancária
ESTADO DE MINAS – EUA deixam mundo em suspense
DIÁRIO DE NATAL – Polícia apreende crack e detém quatro em Táxi na Va Costeira
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Poesia
Ode ao gato
Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas,
graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite .
Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.
Pablo Neruda (Tradução: Eliane Zagury)
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George Gershwin
Ícone da América une jazz e erudito
É possível que mesmo os grandes conhecedores de música jamais tenham ouvido falar de Jacob Gershovitz. Mas com certeza saberão quem foi George Gershwin. Jacob Gershovitz e George Gershwin, porém, são a mesma pessoa. Nascido no dia 26 de setembro de 1898, em Nova York, ele foi o segundo filho do casal de imigrantes russos Moritz Gershovitz e Rosa Brushkin.
O primogênito, Israel, tornou-se Ira. E foi assim que Jacob Gershovitz virou George Gershwin. Desde cedo, os irmãos Gershwin foram companheiros no gosto pela música. Com personalidades diferentes, Ira gostava de estudar, era fascinado por arte e aos 14 anos pediu um piano de presente aos pais. George, ao contrário, vivia pelas ruas de East Side, arrumando encrenca e jogando beisebol.
Mas para espanto de todos, foi ele quem mais se encantou com o novo instrumento em casa. Aos 12 anos, conseguiu sozinho tirar de ouvido uma canção. Impressionados pelo talento, seus pais contrataram um professor particular que passou a dar aulas de piano aos meninos. George Gershwin nunca foi um aluno exemplar. Aos 16 anos, abandonou o curso médio de comércio onde estudava para trabalhar em uma editora musical como leitor de partituras. O emprego consistia em tocar piano para os fregueses, mostrando os lançamentos musicais.
Nas horas vagas, ocupava-se em suas próprias composições. Após alguns desapontamentos, consegue finalmente em 1916 publicar sua primeira canção, intitulada “When you want’em, you can’t get’em, when you got’em, you dont’ want’em”. Cansado de tocar apenas música clássica, que considerava “ultrapassada”, passou a compor trechos inspirados no jazz que, de Nova Orleans, começava a ganhar espaço em todo o país.
Gershwin sempre se mostrou um homem otimista, mas nunca poderia imaginar que em tão pouco tempo de trabalho se tornaria rico e famoso. A surpresa veio em 1919 quando compôs seu grande sucesso, “Swanee”. A canção foi interpretada por Al Jonson no musical Simbad e rendeu a Gershwin reconhecimento e um bom dinheiro. Milhares de partituras e gravações foram vendidas, fazendo seu nome ser divulgado por toda a América. Apesar do sucesso, sofreu severas críticas por inventar um estilo musical totalmente revolucionário, misturando as formas clássicas ao jazz.
Graças a um convite feito pelo célebre maestro Paul Whiteman, em 1924, que Gershiwn produziu sua obra-prima. A proposta era a de produzir uma grande peça de jazz sinfônico. A principio, Gershwin temeu tamanha responsabilidade, mas, com o incentivo do irmão, acabou aceitando o trabalho. Daí nasceria a famosa Rhapsody in Blue.
Na estréia do espetáculo, estavam na platéia nomes ilustres como Stravinsky, Rachmaninov e Leopold Stokowski. O sucesso foi tamanho que o nome de George Gershwin entrou, definitivamente, para a história artística dos Estados Unidos. Porém, seu mais audacioso projeto aconteceu mesmo em 1935, com a montagem da ópera Porgy and Bess. O libreto escolhido foi Porgy, de Edwin duBose Hayward, que relata o melancólico drama amoroso entre uma bela mulher e um mendigo, ambos negros.
Apesar do êxito, houve muita resistência por conta do forte preconceito racial. Mesmo assim, a música composta por Gershwin acabou se tornando a maior ópera americana de todos os tempos. O sucesso aumentava a cada dia, quando Gershiwn, com 39 anos incompletos, percebeu que algo estava errado com a sua saúde. Passou a sofrer desmaios, dores de cabeça e lapsos de memória.
No começo de julho de 1937, teve um desmaio e entrou em coma. Os médicos detectaram um tumor no cérebro em estado avançado. Na manhã do dia 11, George Gershwin morreu ao lado do irmão, em Hollywood, Califórnia.
Fonte: Coleção Folha de Música Clássica
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FRASE DA VEZ_2/26
“A candidata do PT, Marta Suplicy, promete expandir o cadastro do Bolsa-Família. Se isso não é compra de votos com o dinheiro público federal, o que seria? STE olho nos espertalhões. Chega de oportunismo com o erário. O imposto no Brasil já está um verdadeiro confisco”.
Vagner Ricciardi (vbricci@estadao.com.br)
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ANÁLISE
Um enigma dentro de um mistério
A menos de dez dias das eleições municipais ninguém duvida mais de que boa parte da sorte de 2010 repousa nas urnas de 5 de outubro de 2008. Apesar da imensa popularidade do presidente Lula, caso ele não se candidate a um terceiro mandato, conseguirá transferir votos para Dilma Rousseff? Disporá o PT de condições para impulsionar a candidata, se não eleger um razoável número de prefeitos das capitais e das grandes cidades?
Tome-se São Paulo, onde o Lula já percebeu haver-se transformado na pedra de toque das eleições presidenciais e, por isso, desdobra-se para alavancar os companheiros. Na capital, os ventos sopram favoráveis a Marta Suplicy, ainda que sua vitória vá depender do segundo turno. Mas nas nove cidades da Grande São Paulo, por enquanto o PT lidera as pesquisas em cinco. Parece pouco, quando se compara essa vantagem com os números das demais cidades paulistas com mis de 200 mil habitantes.
O PSDB deve vencer em 195. O PMDB, em 89. O DEM em 74 e o PTB em 65. O PT surge em quinto lugar, com 57 preferências. Daí a importância para o presidente Lula de eleger Marta, batendo o adversário José Serra em seu reduto principal, mas obrigado a aumentar o número de vitórias em outras cidades grandes. Dessa forma Dilma poderia decolar, ainda que vá permanecer até 2010 outro enigma dentro de outro mistério: um presidente da República, mesmo popular, transfere seus próprios votos?
Carlos Chagas, jornalista
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Comentário (I)
Dantas
O Brasil sempre foi assim, mas agora ficou inigualável: nunca os poderosos puderam tanto. A Polícia Federal fez uma profunda e até agora indesmentível investigação sobre os misteriosos negócios de Daniel Dantas, que alguns dizem mandar no Executivo, Legislativo e Judiciário.
E o que aconteceu? Daniel Dantas passou 72 horas preso.
Depois, explodiu uma bomba atômica no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. O presidente da Abin, o respeitado e inatacável Paulo Lacerda, caiu. O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Correa, de íntegra biografia, não sai mais da CPI dos Grampos, tentando explicar o inexplicável.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, foi monitorado, grampeado e obrigado a bater boca na porta do Supremo. O senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, foi flagrado com o presidente do Supremo numa ligação que, graças aos céus, era tão inocente como conversa de freiras. Imaginem se não fosse. O País balançava.
E nova manchete na “Folha”: “PF não consegue abrir arquivos de Dantas – Criptografado, o conteúdo dos computadores apreendidos no apartamento do banqueiro no Rio não é acessado pela polícia”. Esse Dantas ou é filho de Mãe Menininha ou tem parte com satanás.
Sebastião Nery, jornalista
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NEOLIBERALISMO
Minas e Energia propõe o fim do monopólio nuclear
O Ministério de Minas e Energia é favorável à quebra do monopólio da União na construção e operação de usinas nucleares. Em nota técnica, a pasta diz que essa hipótese beneficiará a economia, pois a concessão resultará de leilão, “que proporcionará eficiência econômica à formação de preços”. Já o Ministério da Ciência e Tecnologia informou ser contrário ao fim do monopólio estatal do setor.
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Comentários Recentes