Arquivo do mês: junho 2008

OPINIÃO

Redistribuição de renda só pode haver, de forma direta ou indireta, se registrar transferência do capital para a remuneração salarial. Fora daí é aceitar como compensação irreal a passagem de recursos do trabalho para o trabalho. Não é preciso recorrer a Karl Marx. Basta citar o governo Roosevelt nos Estados Unidos, de 33 a 45. Ou a criação da Previdência Social no Brasil, década de 40, pela ditadura Vargas. Nestes dois casos sim.

Pedro do Coutto, jornalista

Comentário (I)

Por uma nação única

A geógrafa Bertha Becker, uma das formuladoras do Plano Amazônia Sustentável, propõe uma revolução científica e tecnológica para a Amazônia, a fim de inverter a equação que iguala desenvolvimento a dilapidação de recursos naturais. Desafiando os dogmas sagrados do preservacionismo, cita como paralelos a moderna indústria alcooleira e a revolução agrícola no cerrado. Mas, sobretudo, ela sugere que um novo ciclo de desenvolvimento regional depende da recuperação da capacidade do Estado de agir como poder público, isto é, de estabelecer as regras do jogo de modo claro e universal. Isto, por sua vez, exige fidelidade ao princípio da nação única, vilipendiado todos os dias pelo governo. Eis o dilema que ameaça o Plano Amazônia Sustentável.

Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana (demetrio.magnoli@terra.com.br)

VARIG/VARIGLOG

Jogo de faz-de-conta

O criticável, no caso Varig, foi a demasia da intervenção do Estado na recuperação de uma empresa privada. Tanto no âmbito do Poder Judiciário como no do Executivo, o empenho na ‘salvação’ da viciada companhia de aviação rio-grandense foi além do recomendável. A sobrevivência de qualquer empresa privada deve decorrer unicamente de sua capacidade de se sair melhor do que a concorrência. A intervenção do Estado para resgatar da derrocada qualquer empreendimento particular deve ser sempre excepcional. Nesta hora, nenhum ‘jogo de faz-de-conta que a lei é um pouco diferente’ contribui para o fortalecimento de nossa economia.

Fábio Ulhoa Coelho, jurista

FALSIFICAÇÃO

O Ipea reescreveu texto já pronto

Texto com projeções macroeconômicas que já havia sido mandado para a próxima publicação do Ipea foi embargado e reescrito pela diretoria, com dados favoráveis ao governo, informa Elio Gaspari. Além de patrulhamento ideológico, também ocorre patrulha funcional.

Caravaggio

CARAVAGGIO - NARCISO -
Narciso (1589)

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) foi um artista italiano atuante em Roma, Nápoles, Malta e Sicília entre 1593 e 1610. Ele é normalmente identificado como um artista Barroco, estilo do qual ele é o primeiro grande representante.

Frase_2/29

“A seleção brasileira era tão boa que eu temia começar a torcer por ela.”

George Raynor, técnico da Suécia, adversária do Brasil na final.

História – há 50 anos…

29/06: 1958 – Brasil conquista a copa de 58

O futebol brasileiro conseguiu o que os brasileiros tanto almejavam: o título de Campeão do Mundo. Fruto de uma campanha memorável e de uma organização técnica perfeita, o esplêndido triunfo alcançado pela nossa Seleção foi tão empolgante que dificilmente será ultrapassado.

COPA DO MUNDO DE 58
A Suécia ganhou o sorteio para a escolha do campo, e optou pelo gol norte. O jogo começou com um ataque individual de Garrincha, mas foi interceptado pela defesa sueca. Belini cometeu uma infração ao tocar a bola com a mão, mas a cobrança pelo adversário não teve resultado positivo. O quadro brasileiro imediatamente cavou um contra-ataque de Garrinhca que foi perder-se próximo à trave do adversário.

Pouco tempo depois Garrincha, recolhendo a um passe largo, cruzou a Vavá que chutou ao gol aos 9 minutos iniciais. Continuaram os brasileiros a atacar. Aos 32 minutos, Vavá, recebendo outro bom passe de Garrincha, assinala sem dificuldades o segundo gol. A equipe brasileira passou a dominar inteiramente o adversário. Termina o primeiro tempo com o placar 2 x 1.

No segundo tempo os suecos voltam a esboçar seus perigosos ataques do início do jogo mas a defesa, firme e segura, aciona seu ataque e novamente a equipe brasileira assume o comando do jogo. Pelé, em jogada pessoal, assinala o terceiro jogo. A torcida sueca emudeceu. Prosseguiram os ataques perigosos de Pelé e Garrincha.

Aos 23 minutos, Zagalo marca o quarto gol. Depois de sofrer mais um gol por falta de atenção, os brasileiros se recuperam e partem para o ataque. Pelé, interceptando um centro de Zagalo, marca o último gol da partida e do campeonato. Final: Brasil 5 x Suécia 2. O Brasil sagrou-se campeão do mundo e se livrou do complexo de vice.

Comemorações marcam a vitória

No Rio de Janeiro os foguetes estouraram no céu. Milhares de pessoas foram às ruas comemorar. Na Zona Sul, torcedores subiam em carros abertos, desfraldando bandeiras brasileiras ainda úmidas das lágrimas que a alegria cobrara à emoção dos torcedores.

Como ondas que fluem, torcedores desaguaram na Cinelândia e, sobre o mar agitado das cabeças, moviam-se bandeiras. Os bares do Centro lotados em pleno inverno carioca marcaram um recorde para o consumo de chope no mês de junho.

O policiamento ostensivo fez papel de testemunha oficial da mais pacífica agitação civil da cidade.

Fonte: CPDOC/JB

’IstoÉ’: cara-pintada suspeito de roubo

Na edição da semana da revista IstoÉ, a ironia do destino: atual prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que liderou o movimentou dos “caras-pintadas” para destituir o então presidente Fernando Collor, é agora denunciado por roubalheira de recursos públicos. A denúncia foi formalizada pelo Ministério Público e pode custar o mandato do prefeito, que é acusado de fraudar uma licitação, em 2005, para beneficiar a empresa Supernova Mídia e Comunicação, contratada para prestação de serviço por seis meses ao custo de R$ 598.460.

A empresa havia havia prestado serviço a Lindberg na campanha de 2004 e à qual o prefeito eleito devia R$ 250 mil. O procurador- geral de Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, o denunciou sexta-feira (23) à Justiça e outras sete pessoas pelo crime.

Fonte: IstoÉ

50 anos hoje

Depois de tudo que você já leu, já viu e já ouviu sobre o cinquentenário da conquista da Copa do Mundo de 1958, como comemorar, aqui, data tão significativa?

Compartilhando um presente do www.carocoblog.com, os 90 minutos do jogo final, Brasil 5, Suécia 2.

A narração é em sueco, mas a atuação é na linguagem universal do futebol.

Clique aqui para ver.

Fonte: Blog do Juca Kfouri

Charge do Flávio

Fonte: chargeonline.com.br/Flávio