Arquivo do mês: maio 2008

MANCHETES do dia_30.mai.08

TRIBUNA DA IMPRENSA – STF autoriza pesquisa com
célula embrionária

CORREIO BRAZILIENSE – Derrotados querem vetar
células-tronco mudando a Constituição

FOLHA DE SÃO PAULO – STF mantém pesquisa com embriões

JORNAL DO BBRASIL – Derrotados querem vetar células-tronco
mudando a Constituição

O ESTADO DE SÃO PAULO – STF libera pesquisa com embrião

DIÁRIO DE NATAL – STF aprova uso de células-tronco
em pesquisas no Brasil

ZERO HORA – STF destrava pesquisas com células-tronco

TRIBUNA DO NORTE – Falta de professores ameaça 1º semestre
na rede estadual

GAZETA MERCANTIL – STF permite uso de célula-tronco

A TARDE – STF libera pesquisas com células-tronco de embriões

VALOR ECONÔMICO – Cresce o risco de conflitos em Roraima

O GLOBO – Ciência vence disputa por célula-tronco no STF

ESTADO DE MINAS – A ciência que nos redime

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – STF libera pesquisa com embriões

Poesia

Beleza

A beleza das coisas te devasta

como o sol que fascina mas te cega.
Delas contundo a luminosa entrega
nunca se dá, melhor, nunca te basta.

E a imensa paz que para além te arrasta

quanto mais se te esquiva ou te renega…
Paz tão do alto e paz dessa macega
que nos campos esplende à luz mais casta.

A beleza te fere e todavia

afaga, uma emoção (sempre a primeira e nunca
repetida) que conduz

o teu deslumbramento para um dia
à noite misturado, na clareira
em que te sentes noite em plena luz.

Menotti Del Picchia

O Poeta

Paulo Menotti del Picchia nasceu em São Paulo, em 1892. Fez seus estudos secundários em Pouso Alegre, Minhas Gerais, onde aos 13 anos de idade, editou o jornalzinho “Mandu”, nele inserindo suas primeiras produções literárias. Viveu em Itapira, cidade do interior paulista, e aí editou “Juca Mulato”, sua obra de maior repercussão, que já teve dezenas de edições.

É autor de romances, contos e crônicas, de novelas e ensaios, de peças de teatro, de estudos políticos e de obras da literatura infantil. Fundou jornais e revistas, foi fazendeiro, procurador geral do Estado de São Paulo, editor, diretor de banco e industrial. Fez pintura e escultura. Foi deputado estadual e federal. É tabelião e ocupou diversos e altos cargos administrativos.

Pertence às Academias Paulistas e Brasileira de Letras. Menotti del Picchia teve destacada atuação no movimento modernista. Preparou, com Oswald de Andrade, o advento da nova tendência literária e artística, sustentando a polêmica com os passadistas, antes e depois da Semana de Arte Moderna. Em seguida, foi aguerrido defensor da doutrinação “Verde e Amarelo”, opondo-se a Oswald de Andrade de “Pau Brasil” e “Antropofagia“.

Defendeu também os ideais do “Grupo da Anta”, que superavam os propósitos verdeamarelistas. Participou da Semana de Arte Moderna, sendo mesmo o seu orador oficial, apresentando, na festividade, os poetas e prosadores que exibiam, então, as produções da literatura nova. Suas crônicas no “Correio Paulistano”, de 1920 até 1930, como que constituem um “diário do modernismo”, registando, quase que cotidianamente, os entusiasmos, as raivas, as lutas e as desavenças da sua geração.

Poetando agora de raro em raro, controla os seus modismos e as invenções audaciosas, do que resulta uma poesia comunicativa e emocionada. “Nenhum dos seus livros modernistas” – escreve Manuel Bandeira – “superou o êxito de “Juca Mulato”, onde o poeta se apresenta em sua feição mais genuína.” Faleceu em 1961, em S. Paulo.

MEIO AMBIENTE

Minc nada aprendeu com Marina

Qualquer que seja a sua posição a respeito do trato das questões ambientais da atualidade, pessoas razoáveis decerto concordarão que o assunto é sério e como tal deve ser encarado, entre outros motivos ponderáveis porque envolve políticas de Estado e decisões de foros multilaterais.

Pelo mesmo critério de razoabilidade, qualquer que seja a opinião que se tenha do desempenho da ministra Marina Silva nos quase cinco anos e meio em que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, dela não se dirá que contribuiu, com a sua conduta, para dar argumentos a todos quantos, por interesse ou desinformação, desdenham da causa ecológica, considerando os seus partidários um bando de trêfegos.

A compostura de Marina nada ensinou ao seu sucessor, Carlos Minc. A contribuição do novo ministro para carnavalizar o ambientalismo no País – e desmoralizar no exterior as ações do governo nessa área – está firmemente estabelecida.

Editorial Estadão

CLUBE MILITAR

Política indigenista do governo é ‘caótica´

O governador de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), afirmou na manhã desta quinta-feira, assim como havia dito o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, que a política indigenista brasileira é caótica. Em seminário promovido pelo Clube Militar do Rio de Janeiro, o governador também fez uma série de ataques a organizações não-governamentais que atuam na floresta amazônica e à Fundação Nacional do Índio (Funai).

Contrário à demarcação da reserva Raposa Serra do Sol em terra contínua e a favor da reivindicação dos plantadores de arroz, Anchieta é também o autor da ação que questiona a demarcação em terra contínua. Conseguiu sua primeira vitória quando o Supremo Tribunal Federal concedeu liminar suspendendo a operação Upatakon 3, da Polícia Federal, criada para retirar os não-índios da reserva. Os ministros entenderam que a operação pode criar um ambiente de violência.

Ricardo Noblat, jornalista e blogueiro

FRASE DA VEZ_2/29

“Na Unasul, a busca de lugar no mapa de poder do mundo não foi o essencial. Na verdade, a América do Sul não sabe se quer ser algo mais do que um conceito geográfico”.

Leonardo Trevisan, jornalista

OPINIÃO

Linha justa

O recado importante mesmo, o presidente Luiz Inácio da Silva deu ao final da cerimônia de posse do ministro Carlos Minc: não há política de ministro, há a política do Presidente.Junte-se a mensagem à brincadeira sobre possível parentesco do novo ministro com o homem da cobra – “Em uma semana falou mais que a Marina em cinco anos” – e Minc deve entender o seguinte: está liberado para pensar e falar, mas, na hora de agir, vale a regra de cima.A rigor, Lula não teria necessidade de lembrar de quem é a prerrogativa de delinear políticas. Se no caso do meio ambiente lembrou, é porque achou necessário.

Dora Kramer, jornalista

Comentário (III)

CODESUL: Impossível aceitar a narco-guerrilha

A Organização dos Estados Americanos (OEA), atravessada pela disparidade de poder entre os EUA e os demais Estados, não deveria ser um obstáculo à constituição de um órgão de segurança regional na América do Sul. Mas um órgão assim só pode existir com base no respeito à soberania dos estados democráticos da região. Como pretender que a Colômbia se incorpore a um Conselho de Defesa incapaz de pronunciar uma condenação incondicional das Farc?

Demétrio Magnoli, sociólogo (demetrio.magnoli@terra.com.br)

Giovanni Domenico Tiepolo

TIEPOLO, Giovanni Domenico
Ball in the Country (1756)

O Pintor

Giovanni Domenico (Giandomenico)Tiepolo (*1727 +1804) foi o filho de Giovanni Battista Tiepolo, o maior pintor italiano do século 18. O filho mais inteligente e dotado de um grande artista, Giandomenico Tiepolo gastou muitos anos aprendendo a trabalhar juntamente com seu pai. Giambattista era tão convencido do talento do seu filho que envolveu-lhe nas principais comissões em que se comprometeu no auge das suas competências, e Giandomenico foi com ele para Würzburg, Vicenza, Stra, e Madri.

Giandomenico teve uma acentuada preferência pelas cenas da vida contemporânea. Ele sempre via a vida a partir de uma perspectiva um tanto irônica. Ao mesmo tempo nunca rompeu totalmente com o estilo de seu pai . Giandomenico trabalhou em estreita colaboração com o seu pai já com bastante idade durante a sua estadia na Espanha (1762-70). As pinturas que ele e seu pai produziram em Madri deram uma influência fundamental a Goya, no início da sua própria carreira.

Charge do Clayton

Fonte: chargeonline.com.br/Clayton

Cafeteira homenageia Jefferson Péres com projeto que dá seu nome ao Conselho de Ética

O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) apresentou um projeto de resolução (PRS 27/08) que dá ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado o nome do senador Jefferson Péres, falecido no último dia 23.

Em sua justificativa, Cafeteira assinala que o nome de Jefferson Péres “sempre foi sinônimo de ética para seus colegas e todos os brasileiros”, havendo, portanto, “uma identidade” entre a figura do senador falecido e o Conselho de Ética.

“Trata-se de providência que, sem dúvida, fortalecerá as atividades do colegiado e representará sempre um norte seguro para seus membros, na busca de cumprir sua elevada missão institucional de zelar pela observância do nosso Código de Ética e de atuar na preservação da dignidade do mandato parlamentar dos senadores”, afirma Cafeteira, na justificativa de seu projeto.

Agência Senado/Cristina Vidigal