Arquivo do mês: maio 2008
Comentário (III)
O ônus e o bônus
A distância formal que o Palácio do Planalto mantém do embate pela aprovação do substituto da CPMF deixa as coisas assim combinadas entre governo e governistas: se a volta do imposto do cheque perder, a base no Congresso assume o ônus; se ganhar, o presidente Lula fica com o bônus.
Há duas hipóteses para explicar que deputados e senadores aceitem esse tipo de acordo. Ou é fisiologismo agudo ou subserviência crônica.
Ambas as possibilidades deixam o Legislativo em estado terminal, ou para recorrer ao diagnóstico do presidente do Senado, Garibaldi Alves, põem o Congresso “na UTI”.
Dora Kramer, dora.kramer@grupoestado.com.br
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OPINIÃO
Terras ancestrais jamais habitadas
Desde que irrompeu – permanecendo ainda não resolvido e sub-judice no Supremo Tribunal Federal – o conflito em torno da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, as manifestações de tribos indígenas (todas fazendo questão de designar-se como “nações”) têm adquirido uma conotação especialmente aguerrida, como se, de repente, a população indígena remanescente do território brasileiro pretendesse ter chegado o grande momento da “retomada” de suas terras ancestrais – mesmo que, em muitos casos, seus antepassados jamais as tivessem habitado.
Editorial do Estadão
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PREVISÃO
Apertem os cintos, vem turbulência
Quem conversou com a ex-ministra Marina Silva nos últimos dias saiu com a impressão de que revanchismo não faz parte de seus planos, quando, na próxima semana, reassumir a cadeira no Senado. Mostra-se disposta a integrar-se por completo na bancada do PT, ainda que nem tanto às diretrizes da líder Ideli Salvatti, que jamais engoliu seu brilho e sua competência.
Agora tem um adendo: Marina só votará os projetos que satisfizerem sua consciência. Não será marionete dos companheiros. Uma prova de fogo pode estar próxima, se a Câmara aprovar a nova CPMF e o projeto ganhar o Senado…
Carlos Chagas, jornalista
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Embaixador brasileiro estava em avião acidentado em Honduras
Brian Michael Fraser Neele sofreu ‘várias fraturas’ e está a caminho do hospital.Presidente do Banco Centro-Americano de Integração Econômica morreu.
O embaixador brasileiro em Honduras, Brian Michael Fraser Neele, estava no avião que derrapou na pista do aeroporto de Tegucigalpa, capital de Honduras, nesta sexta-feira (30). Segundo a embaixada do Brasil em Honduras confirmou ao G1, por telefone, ele sofreu “várias fraturas” e está a caminho do hospital.
Pelo menos três pessoas morreram no acidente. De acordo com a agência Reuters, duas pessoas continuam presas nos veículos que foram atropelados pelo avião, que deslizou e saiu da pista durante a aterrissagem (clique para ler a continuação da reportagem).
Fonte: Portal G1
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Homenagem aos 50 anos da Bossa Nova
Os cariocas – Só quis você
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Frase_2/30
“As leis existem, mas quem as aplica?”
Dante Alighieri, (*1265 +1321), escritor, poeta e político italiano.
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Ontem, saímos da Idade Média e hoje é o primeiro dia de uma nova era
Clique aqui para ouvir o comentário de Arnaldo Jabor pela rádio CBN.
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Artigo publicado no JH1ªEDIÇÃO de ontem, dia 29
António – assim, com acento agudo
MIRANDA SÁ, jornalista
E-mail: mirandasa@uoil.com.br
Quando eu dirigia o Departamento Estadual de Imprensa na Associação Brasileira das Imprensas Oficiais – ABIO, tive a oportunidade de participar com delegados de imprensas oficiais de países de língua portuguesa de um Seminário sobre o Acordo Ortográfico.
A maioria dos presentes ouviu calada, uma excelente exposição do representante de Portugal defendendo a reforma, mas eu não me conformei. Já havia tomado conhecimento das propostas da Academia Brasileira de Letras – ABL e a posição assumida pela Associação Brasileira de Imprensa – ABI, e tinha formado juízo crítico sobre o debate.
Agora o parlamento português ratificou o acordo, tornando a nova ortografia uma realidade, pelo menos do ponto de vista lusitano. Aqui, aproveitando a ignorância da imensa maioria dos congressistas, o senador e imortal José Sarney faz lobby a favor das modificações aprovadas no país originário do idioma.
Isto não segura as críticas às mudanças propostas que não influenciarão da construção dinâmica e permanente da língua falada pelos sete povos procedentes de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Destes, até agora, oficializaram a unificação ortográfica, Brasil, Cabo Verde, Portugal e São Tomé e Príncipe. Os demais ainda costuram proposições adequadas às suas realidades. Lembro-me que o colega angolano rebateu os critérios adotados pelos portugueses na discussão que iniciei.
Não aceitamos escrever “óptimo”, com este “p” pedante, e consideramos uma bobagem suprimir alguns acentos que usamos acompanhando a fonética coloquial, como o caso da palavra idéia. De que vale intrometer-se na linguagem popular tirando o acento agudo de idéia, deslocando-o para o substantivo próprio “António”?
Sem piada, é coisa de português, despender tanto tempo (lá vão quase 20 anos de controvérsias e acirradas polêmicas) e tanto esforço se se poderia deixar cada país usar sua própria regra ortográfica na literatura e documentos oficiais se isso em nada prejudica sua compreensão pelos coirmãos da Comunidade de Língua Portuguesa?
Lembro-me que na reunião fui um pouco irônico e um tanto irreverente, fazendo trocadilhos com o sotaque do português de Portugal e esnobando os portugueses, apropriando-me do belíssimo conceito camoniano da “última flor do Lácio”, dizendo que ela vicejava no Brasil.
Finalmente, conseguimos no evento patrocinado pela ABIO, adiar uma resolução. E o argumento mais forte foi menos lingüístico do que econômico, lembrando os gastos que a reforma traria com a inutilização dos dicionários vigentes e outros impressos literários ou didáticos.
Esperamos que o Parlamento Português e José Sarney esperem um pouco para impor sua maneira de escrever. Enquanto isso, os professores de Santo Antonio do Salto da Onça não precisarão botar acento agudo no padroeiro dos namorados…
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