Arquivo do mês: maio 2008
OPINIÃO
Políticos profissionais querem mais vereadores
O Congresso reagiu de pronto com uma proposta de emenda constitucional (PEC nº 333/ 2004) para instituir novos critérios, que resultariam na recriação de cerca de 7.500 vagas para vereadores. Em segundo turno de votação na Câmara dos Deputados, a PEC vem de ser aprovada pelo placar de 359 sufrágios e meros 10 contra.
Se passar no Senado até junho, há quem sonhe com aplicar a nova regulamentação já no pleito deste ano.O sonho dos políticos profissionais, e pesadelo dos contribuintes, terá de enfrentar ainda a vigília do Supremo Tribunal Federal (STF). É provável que organizações civis recorram ao STF com base no princípio da anualidade do artigo 16 da Constituição.
Também é de prever que o STF, se provocado, confirme seu pronunciamento de março de 2006 a respeito da verticalização: emendas constitucionais sobre processo eleitoral só valerão um ano após a data de vigência. Adiar o disparate nada resolve. O Congresso precisa atentar para o repúdio social e enterrar de vez sua medida corporativista.
Editorial da Folha
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AMAZÔNIA
Minc dará R$i bi para desmatadores
O Ministério do Meio Ambiente anunciou, hoje, a liberação de R$ 1 bilhão para recuperar áreas destruídas na Amazônia. Foi durante um encontro com governadores da região, em Belém.
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DESAJUSTES
Mantega surpreende ministros
De acordo com a rádio BandNews, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi surpreendido pelo anúncio do compromisso do governo de fazer uma Poupança Fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a composição do Fundo Soberano. Ele foi informado pelos jornalistas de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tinha anunciado a decisão.
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FANTASMA
Governo fará poupança para enfrentar inflação
O governo fará neste ano economia extra de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ou seja, R$ 13 bilhões, dinheiro que vai compor o Fundo Soberano do Brasil e funcionará como espécie de poupança. Foi abandonada a idéia de usar esse fundo para fazer investimentos no exterior. “O governo vai colocar esses recursos à parte e não os gastará”, disse. Embora a meta oficial de superávit primário vá continuar em 3,8% do PIB, na prática a medida representa uma elevação informal para 4,3%.
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MANCHETES do dia_1º.jun.08
CORREIO BRAZILIENSE – Inflação terá remédio amargo, diz Lula
FOLHA DE SÃO PAULO – Governo eleva meta de aperto fiscal
para combater inflação
JORNAL DO BRASIL – Células-tronco: Saúde libera
R$ 25 milhões
O ESTADO DE SÃO PAULO – Deputados do Rio mandam soltar
colega preso pela PF
DIÁRIO DE NATAL – DER retoma projeto de duplicação
da Costeira
TRIBUNA DO NORTE – Candidato com ‘ficha suja’
pode ser barrado
A TARDE – Processos criminais serão mais rígidos
ESTADO DE MINAS – Quem diria! o PT tucanou
O GLOBO – Fazendeiro desmatador terá R$1 bi
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Poesia
VÊ-SE DENTRO DO CÉU PRODIGAMENTE
Vê-se dentro do céu prodigamente
quem minha amada entre outras damas veja.
E toda aquela que a seu lado esteja
rende graças a Deus por ser clemente.
Tanta virtude tem sua beleza
que inveja acaso às outras não consente,
por isso as tem vestida simplesmente
de confiança, de amor, de gentileza.
Tudo se faz humilde em torno dela;
por ser sua visão assim tão bela
às que a cercam também chega o louvor.
Pela atitude mostra-se tão mansa
que ninguém pode tê-la na lembrança
que não suspire, no íntimo, de amor.
Dante Alighieri
Tradução: Henriqueta Lisboa
O Poeta
Os americanos usam o termo founding fathers (pais-fundadores) para se referir a figuras como George Washington, Thomas Jefferson e Abraham Lincoln, que se destacam na formação de seu país. Talvez seja justo usar essa mesma expressão para fazer referência a escritores da magnitude de Dante Alighieri (1265-1321); Luís Vaz de Camões (c. 1524-1580); Miguel de Cervantes (1547-1616); e William Shakespeare (1564-1616). Eles são pais-fundadores de seus idiomas.
Foram os primeiros a provar, em obras monumentais, a riqueza e a viabilidade expressiva do italiano, do português, do espanhol e do inglês. Este boletim é dedicado a um desses pais-fundadores da palavra, o pater linguae Dante Alighieri. Numa época em que só tinha valor o que era escrito em latim, Dante escreveu La Divina Commedia, imenso poema que se tornou a base da língua italiana. Aos 18 anos, Dante lança o Dolce Stil Nuovo (Doce Estilo Novo), junto com outros poetas como Guido Calvalcanti.
Também com 18 anos, ele vê pela primeira vez Beatrice Portinari, que teria então 9 anos de idade. Foi paixão à primeira vista. Há quem acredite que Dante a viu uma única vez. Beatriz morreu em 1290. Sem dúvida, vocês estão cientes de que o conceito de amor, nos tempos de Dante, não era o mesmo que temos desde o romantismo. Há nesse amor dantesco uma profunda dose de platonismo.
A Divina Comédia descreve uma viagem do poeta com passagens no Inferno, no Purgatório e no Paraíso. O objetivo de tal expedição é — não podia ser outro — reencontrar a amada Beatriz, subtraída “tão cedo desta vida descontente”, como diria Camões. Nessa temporada no inferno, Dante encontra o latino Virgílio, poeta de sua admiração, que lhe serve de guia na terrível incursão. Em geral, a parte mais valorizada pelos leitores modernos é o Inferno.
Vale notar que Dante escreveu a Commedia no dialeto toscano, que hoje é conhecido como língua italiana. Além da Commedia, o poeta compôs Vita Nuova (Vida Nova), livro em que se encontram sonetos em que ele descreve seu amor por Beatriz. Há também Le Rime (As Rimas), obra marcada por poemas líricos, pelo amor idealizado, a ciência e a filosofia.
Não posso deixar de citar que uma obra fundamental como a de Dante tem várias outras traduções para o português, tanto aqui como em Portugal. No Brasil, vale lembrar, entre outras, a versão do poeta carioca Dante Milano (cantos V, XXV e XXXIII do Inferno) e a de Augusto de Campos, que também traduziu vários cantos do inferno.
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E agora, Lula?
Se a Anistia Internacional estivesse preocupada com os direitos humanos, e não em tomar posições ideológicas, não passaria (vergonhosamente) a mão na cabeça das Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, guerrilha que utiliza os métodos humanitários por todos conhecidos.
Outro que, meio dissimuladamente, mima as Farc é Luiz Inácio Lula da Silva. Agora com a revelação das cartas do líder Raúl Reyes ao presidente brasileiro, em reportagem de “Época”, espera-se que ele venha a público dizer, afinal, de quem é amigo.
As cartas não têm um tom qualquer. O tom é de companheirismo, quase de bajulação, denotando uma relação de alta cumplicidade. De 2003 (data das cartas) até hoje, não se ouviu uma só palavra de reprovação de Lula às Farc. Se não quisesse essa cumplicidade, o presidente brasileiro deveria ter rechaçado publicamente o flerte político.
Jamais o fez. Está sempre escondido nesse discurso de suposta neutralidade, álibi evidente para se furtar a condenar o terror dos guerrilheiros colombianos, enquanto nos bastidores o assessor top (top top) Marco Aurélio Garcia faz tricô com os seqüestradores.
Ou Lula esclarece agora, de uma vez por todas, qual sua relação com as Farc, ou o Procurador Geral da República precisa abrir imediatamente um inquérito sobre as relações do Estado brasileiro com essa organização clandestina.
Fonte: Guilherme Fiúza
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Ernesto Di Fiori
O Pintor
Ernesto de Fiori (Roma, 1884 – São Paulo, 1945), pintor e escultor. Aos 19 anos, estudou na Akademie der Bildenden Künste (Academia de Artes) em Munique com Gabriel von Hackl; depois voltou para Roma, onde provavelmente recebeu orientações artísticas do pintor e litógrafo alemão Otto Greiner. Incentivado pelas obras de Ferdinand Hodler, foi para Paris para aprimorar sua pintura. Nessa viagem, desistiu de pintar ao ter contato com os trabalhos de Cézanne e Renoir, pois se achou incapaz de alcançar tal grandeza e perfeição.
A partir de então, começou a modelar sob a orientação do suíço Hermann Haller, tendo como inspiração Maillol e Degas. Seu trabalho passou também pelo cubismo, mas sem submeter suas obras a tais regras. Em 1914 passou a morar em Berlim, onde acabou se naturalizando e lutando na Primeira Guerra Mundial. Acabou por se envolver em discussões sobre os conceitos da arte, principalmente com os dadaístas.
Foi apresentado, por Mário de Andrade, ao ministro Gustavo Capanema e ao grupo de arquitetos do MEC no Rio de Janeiro, que o convidou para fazer maquetes de esculturas para o novo prédio, porém, mesmo tendo feito uma série de desenhos para este fim, nenhuma obra foi aproveitada, pois os responsáveis pelo prédio consideraram o resultado insatisfatório. Seus temas são a figura humana, cenas de batalha, cenas de regatas e a paisagem urbana de São Paulo.
Mesmo valorizado na Europa, no Brasil De Fiori não foi bem recebido pelos intelectuais e artistas paulistas – apesar de ter tido contato direto com alguns deles e de ter participado das principais exposições dos anos 30 e 40, como: os Salões de Maio, os Salões da Família Artística Paulista e do Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos.
Seja direta ou indiretamente, sua influência pode ser notada nas obras de muitos artistas brasileiros como Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Joaquim Figueira (com este último, desenhava modelos vivos no ateliê de Giorgi), Gerda Brentani (que foi sua aluna por alguns anos) e Mário Zanini.
Ernesto De Fiori possui, em suas obras escultóricas, um singularismo aliado aos valores clássicos da expressão humana, através de um diálogo pessoal que predomina em sua pintura.
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Crédito Verde
A ambiguidade continua após reunião de Belém
O presidente Lula decidiu não decidir sobre o impasse da resolução do Conselho Monetário Nacional que impede empréstimos a quem estiver irregular na Amazônia, seja com a titularidade da terra, seja com a lei ambiental.
O encontro hoje em Belém, o Fórum de Governadores, era o local para decidir de que lado está o presidente: se ao lado do governador Blairo Maggi e de outros, que querem que o crédito público continue jorrando para quem desrespeita a lei, ou se está ao lado do Ministério do Meio Ambiente, que defende a resolução.
O presidente saiu-se pela tangente dizendo que ele tem 30 dias para pensar. É que a resolução (que, na prática, apenas diz que as leis têm que ser cumpridas) vai entrar em vigor no dia 1 de julho. Disse que vai decidir com “Blairo, Dilma e Minc”. O governador de Mato Grosso foi alçado, assim, a nível ministerial; tomará parte da decisão. Enfraqueceu Minc, fortaleceu Maggi e não tomou decisão alguma.
Minc, por sua vez, fugiu do tema principal e anunciou R$ 1 bilhão para financiar os produtores que têm reserva legal menor do que a estabelecida em lei e que queiram refazer a reserva legal. O assunto ficou em suspenso e a ambigüidade continua.
Fonte: Míriam Leitão
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MARACUTAIA
Trabalhadores como mercadoria eleitoral
Paulinho (PDT-SP) encomendou a assessores uma lista de deputados que disputarão as eleições de outubro. Vai oferecer a militância da Força Sindical em troca de apoio no vindouro processo de cassação motivado pelas descobertas da Operação Santa Tereza.
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