Arquivo do mês: janeiro 2008

Hector Carybé

HECTOR CARIBÉ
Orixá
Técnica mista sobre eucatex/1963

HECTOR CARIBÉ (1911 – 1997) Argentino naturalizado brasileiro, Hector Julio Páride Bernabó, o pintor Carybé, nasceu em 1911, mudando-se para o Brasil por volta de 1919, após um período na Itália. Entre os anos de 1927 e 1929, freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes.
Enviado a Salvador pelo jornal “Prégon” em 1938 (disse ele: “me deram o melhor emprego do mundo – viajar e mandar desenhos. Mas quando cheguei a Salvador, o diário tinha falido”), acaba ficando desempregado e faz uma viagem por todo o litoral norte do Brasil.


Nesta época começou a registrar a cultura local através de sua arte: a capoeira, o candomblé. Voltou para Buenos Aires e em 1939 fez sua primeira exposição coletiva, com o artista Clemente Moreau, no Museu Municipal de Belas Artes de Buenos Aires. No início dos anos 40 viajou pela América Latina, e passou alguns anos em Buenos Aires, onde trabalhou em jornais, como ilustrador de livros e traduziu o livro Macunaíma, de Mário de Andrade, para o espanhol.

Em 1949 é convidado por Carlos Lacerda a trabalhar em seu jornal, a Tribuna da Imprensa, onde fica até 1950. Convidado pelo Secretário da Educação Anísio Teixeira, Carybé muda-se definitivamente para a Bahia, onde batalha pela renovação das artes plásticas, ao lado de outros artistas, como Mário Cravo Júnior, Genaro de Carvalho e Jenner Augusto.

Em 1957 naturalizou-se brasileiro, e é considerado um ícone de “baianidade”. Entre seus diversos amigos estava o escritor Jorge Amado, que escreveu O Capeta Carybé, onde define o amigo como alguém que “é todo feito de enganos, confusões, histórias absurdas, aparentes contradições, e ao mesmo tempo é a própria simplicidade (…)”.

Carybé fez diversas ilustrações de livros para diversos autores da literatura, entre eles, Jorge Amado, Rubem Braga, Mário de Andrade e Gabriel García Marquez, além de ilustrar livros de sua autoria e co-autoria, como Olha o Boi e Bahia, Boa Terra Bahia, com Jorge Amado.

Há uma história curiosa por trás do nome pelo qual o argentino Hector passou a ser conhecido. O artista pensava que seu apelido era derivado do nome de um pássaro pertencente à fauna brasileira e foi o amigo Rubem Braga quem esclareceu o mal entendido: Carybé é o nome de um mingau dado às mulheres que acabaram de parir.

Com bom humor ele apenas disse: “que bom, eu adoro mingau”.

Abrindo aspas para Lúcia Hippólito

Para não esquecer

Nesses últimos dias, nenhuma notícia, por mais importante que seja, supera em grandeza e em miséria as lembranças dos 63 anos da libertação do campo de Auschwitz, na Polônia, ocorrida em 27 de janeiro de 1945, pelas armas do Exército soviético. Em Auschwitz morreram, por ordem dos nazistas, aproximadamente um milhão de prisioneiros. Primeiro, prisioneiros políticos poloneses, depois prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e deportados de várias nacionalidades. A partir de junho de 1942, no entanto, o campo de Auschwitz foi destinado ao programa de extermínio de toda a população de judeus da Europa.

Clique aqui para ler na íntegra.

LEI DA $ELVA

LEI DA SELVA

Fonte: Josias de Souza/Omar Tucius

SÓ FALTA PRIVATIZAR NOSSAS CASAS

Vamos imaginar o cidadão comum, aquele que não agüenta mais pagar impostos, sofre com a prestação da casa própria comprada no subúrbio e protesta contra a perda aquisitiva de seu salário. Já tirou os filhos do colégio particular, vendeu o Fusquinha por conta da alta da gasolina e ignora como saldar os débitos com o cartão de crédito e o cheque especial.
De repente, surge diante dele um desses arrogantes cobradores e propõe a solução: a privatização. Por que o indigitado companheiro não privatiza o quintal, inclusive o galinheiro? Como não vai chegar, o remédio será privatizar a cozinha. Sua mulher não vai gostar na hora de fazer café ou preparar o almoço, pois precisará pedir licença aos novos donos e aguardar a hora de ferver a água, mas outra alternativa não há.
Mesmo assim, não adiantará. Deve ele, então, privatizar a sala e o quarto dos filhos. Mesmo sujeito a ver a filha privatizada junto com os móveis, acaba cedendo. Não demora muito e a família será obrigada a se mudar para o quartinho da empregada, mas privatizar é a solução.
Guardadas as proporções, o País vive o mesmo drama. Sob a chancela do sociólogo, e com a adesão do torneiro-mecânico, privatizaram o subsolo, as telecomunicações, os portos, as rodovias, os bancos, os monopólios ligados à soberania nacional e, agora, avançam na agressão ao próprio território nacional.

Fonte: Carlos Chagas

A DEVASTADORA MÃO OFICIAL

O flagelo amazônico, como sói, ecoou no exterior. Mas, a despeito da má fama, os desmatadores não parecem nem um pouco intimidados com a cara feia do governo. Até porque há evidências de que é o próprio governo quem financia a mão que opera a motosserrra.

MINISTROS E A FARRA DOS CARTÕES DE CRÉDITO

O Ministério Público do Distrito Federal decidiu investigar os gastos dos ministros de Estado com os cartões de crédito bancados pelo erário. A investigação foi aberta na quinta-feira (24). Mas só nesta sexta (25) a notícia foi divulgada.
Decidiu-se perscrutar os extratos dos cartões depois das reportagens que revelaram indícios de abusos. A coisa brotou no domingo e ecoou durante a semana. A portaria que instaurou a investigação anota que, se confirmados, os malfeitos caracterizam “imoralidade administrativa.”

Quando abusivos, diz ainda o texto do Ministério Público, os gastos ferem normas fixadas pelo próprio governo, por meio de uma portaria do Ministério do Planejamento. O procurador que vai acompanhar o caso será designado nos próximos dias. Dependendo do que for apurado, pode ser aberto um processo judicial.

MANCHETES do dia_26.jan.08




JORNAL DO BRASIL – OAB vai ao Supremo conta quebra de sigilo

FOLHA DE SÃO PAULO – Desmatadores desafiam governo

O ESTADO DE SÃO PAULO – Crédito oficial facilitou o desmatamento

O GLOBO – Delúbio: toda cúpula do PT sabia de caixa 2 em 2002

GAZETA MERCANTIL – Fornecedores de teles brigam por R$ 14 bi

CORREIO BRAZILIENSE – MP pede anulação das provas

VALOR ECONÔMICO – Os investimentos do setor privado estimulam economia

JORNAL DO COMMERCIO – Petrobrás faz concurso para refinaria de Suape

DIÁRIO DE NATAL – Promotores querem anular licença para resort de luxo

TRIBUNA DO NORTE MP quer anulação de licença prévia ao “Grand Natal Golf”

TRIBUNA DA IMPRENSA – OAB quer tribunal internacional para fiscalizar desmatamentos

ESTADO DE MINAS – PF prende em Minas quadrilha do INSS

ZERO HORA – Delúbio compromete cúpula do PT

POESIA

Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

Oswald de Andrade

Um dos principais literatos do modernismo no Brasil, José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo no ano de 1890 e viveu até 1954, ano de seu falecimento.

Em 1916 deu inicio ao livro Memórias Sentimentais de João de Miramar. Em 1917 conheceu Mario de Andrade e a partir de então, passaram a trabalhar juntos iniciando movimentos que visavam a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em 1922.
Ainda no ano de 1922, o escritor modernista Oswald de Andrade escreveu o romance Trilogia do Exílio.


A partir de então, escreveu outras obras: Estrela de Absinto, A Escada Vermelha, Primeiro Caderno do Aluno de Poesia, etc. No ano de 1924, Oswald lançou na Europa o movimento nativista Pau-Brasil. Para dar continuidade a este movimento, ele fundou, em 1927, a Revista de Antropologia com seu Manifesto Antropofágico.

Com A Crise da Filosofia Messiânica, ele passou a ser livre Docente de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo. Além dos livros escritos por ele, Oswald de Andrade foi o precursor de perspectivas totalmente inexploradas pelo teatro brasileiro.

FRASE DA VEZ_2/25

“Em 2008 ainda tem gente achando que Partido Trabalhista é um grupo de mecânicos cheios de graxa,querendo sujar as poltronas do Congresso.”

Millôr Fernandes, o Millôr

São Paulo antigo

Esquina da Rua Libero Badaró, esquina da antiga ladeira de São João, hoje Avenida São João.