Arquivo do mês: janeiro 2008
PRODUTORES RURAIS CULPAM GOVERNO POR DESMATAMENTO
A CNA (Confederação Nacional da Agricultura) decidiu reagir às acusações de Marina Silva. A ministra do Meio Ambiente culpou os produtores de soja e os criadores de gado pelo avanço do desmatamento da floresta amazônica. Para a CNA, a ministra usa a soja e a pecuária como “bodes expiatórios”, para encobrir o verdadeiro culpado: o próprio governo.
No início da semana, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informou ao mundo que, sob a falácia oficial de que o desmatamento reduzira-se no Brasil, dormitava um flagelo: nos últimos cinco meses de 2007, 3.235 km2 da floresta amazônica fora abaixo. Estima-se que os clarões abertos pela motosserra possam ter atingido uma área bem maior: 7.000 km2.
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MANCHETES do dia_27.01.08
FOLHA DE SÃO PAULO – Crise não afeta investimento de empresa
O ESTADÃO – Meirelles teme crise mais séria na economia dos EUA
O GLOBO – Deputados do RJ beneficiam Ong´s de aliados com milhões
JORNAL DO BRASIL – Brasil vai combater terror internacional
CORREIO BRASILIENSE – Mais empregos para quem tem mais de cinquenta anos
JORNAL DO COMMÉRCIO – Presos podem ser abrigados em contêineres
ESTADO DE MINAS – Brasil perde R$ 240 bi com crise
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POESIA
A bunda que engraçada
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai pela frente do corpo.
A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda– esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma,
plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda.
Vai feliz na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
rebunda.
Carlos Drummond de Andrade
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1º trem urbano de SP sobrevive na lenda do Trem das Onze
Assista ao vídeo!
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FRASE DA VEZ_2/26
“E eu, que sempre achei que o Mangabeira Unger era uma piada do Otto Lara Resende?”
Millôr Fernandes, o Millôr
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DIOGO MAINARDI ESCREVE:
359 passos ao redor do mundo
“Se filosofar é aprender a morrer, a paternidade é a filosofia do homem comum, a filosofia dos pobres de espírito, a filosofia das massas. É a única filosofia ao alcance de gente como Tom Cruise e eu.”
Edmund Hillary morreu em 11 de janeiro. No mesmo dia, meu filho deu 359 passos. Escalar o Monte Everest, como fez Edmund Hillary, pode parecer um feito um tantinho mais notável do que dar 359 passos, como fez meu filho. Mas, para quem tem uma paralisia cerebral como a dele, dar 359 passos seguidos, sem ajuda, sem cair, sem espatifar os dentes, é um evento épico, pelo menos na mitografia familiar. Se meu filho é Edmund Hillary, eu só posso ser seu sherpa, Tenzing Norgay. Ele cambaleia de um lado para o outro, com sua marcha incerta, progredindo lentamente de metro em metro, eu me mantenho na retaguarda, indicando-lhe o caminho menos acidentado e salvando-o das quedas.
Para ler o artigo na íntegra clique aqui
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Corregedor da PM exonerado pelo que escreveu em blog
Dois dias depois de afirmar em seu blog na internet que o soldado mal pago é presa fácil da corrupção, o corregedor interno da Polícia Militar, coronel Ricardo Paúl, foi exonerado do cargo pelo comandante-geral da corporação, coronel Ubiratan Ângelo. A Polícia Militar não informou os motivos da exoneração, mas o coronel Paúl pode ter sido derrubado pela manifestação de suas opiniões num blog particular, na internet , além de sua participação ativa no movimento de reivindicação salarial do oficial da PM.
No mesmo dia em que o jornal ‘O Globo’ publicou as fotos de PMs saqueando um caminhão de bebidas em Lins de Vasconcelos, então corregedor da PM publicou em seu blog um post afirmando que um soldado mal pago e sem condições de trabalho se torna presa fácil para os corruptos ativos de cada esquina.
Leia mais em O Globo Online
Fonte: Ricardo Noblat
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Quando cai a taxa de desmatamento da Amazônia, a ministra Marina diz que é obra do governo eficiente. Quando aumenta o desmatamento, aí é culpa do preço do boi e da soja. Não é uma delícia?
O brutal aumento do desmatamento da Amazônia ceifou 7 000 quilômetros quadrados de floresta no segundo semestre do ano passado e arrancou a raiz das bravatas da ministra Marina Silva. Em 2004-2005, quando o desmatamento caiu 31%, a ministra garantiu que o saldo era resultado do trabalho do governo, e não uma decorrência dos preços baixos do boi e da soja – atividades que costumam avançar sobre a floresta.
Em 2005-2006, com nova queda, desta vez de 25%, a ministra comemorou o sucesso e voltou à carga. “Seria simplismo e reducionismo achar que o que aconteceu foi por causa do preço das commodities.” A platéia sempre foi informada pela ministra de que a floresta estava ficando de pé porque o Ministério do Meio Ambiente era eficiente e implementava políticas públicas na direção certa, e não porque o boi e a soja estavam baratos, o que certamente desestimulava sojicultores e pecuaristas de comer um pedaço da floresta.
Agora, com o anúncio do recorde no desmatamento, adivinha de quem é a culpa?
Do boi e da soja. Eis o que disse a ministra na semana passada diante do desastre: “Esperamos conseguir conter o desmatamento mesmo com o aumento do preço das commodities”. Não é uma delícia? Quando o desmatamento cai, é obra do governo eficiente. Quando aumenta, é culpa do preço do boi e da soja.
Marina já fez pior. Em entrevista em setembro de 2005, a ministra deu pormenores do sucesso do seu trabalho. Disse que havia uma previsão naquele ano de que o desmatamento cairia entre 50% e 60% no Pará. E para ressaltar a importância do trabalho ministerial explicou que, no Pará, boi e soja eram desimportantes. “Lá a influência das commodities não é tão relevante como é em Mato Grosso.”
Agora, o Imazon, respeitada ONG que trabalha na Amazônia, informa que o desmatamento disparou justamente no Pará. Só de outubro para novembro, a ação da motosserra aumentou 300% no Pará. Quer dizer: no peculiar raciocínio da ministra, o desmatamento aumentou onde o preço das commodities não é tão relevante e, no entanto, esse aumento se explica justamente pelo preço das commodities.
É óbvio que boi e soja não esclarecem tudo. Não são os únicos responsáveis por derrubar árvores ou mantê-las em pé. Há outras causas que confluem para um resultado positivo ou negativo. O discurso da ministra esconde isso e distorce a realidade, desviando-a para o que lhe convém.
A ministra Marina Silva fala baixo, tem saúde frágil e uma biografia admirável. Era analfabeta até os 17 anos. Aos 26, estava formada em história. Sua vida inspira respeito e simpatia. Já ganhou prêmios internacionais e é elogiada pela imprensa estrangeira.
Mas seus diagnósticos são dolorosamente temerários. A ministra é defensora leal da Amazônia, e ninguém desconfia de que tenha uma aliança clandestina com madeireiros vorazes. O problema é outro. Marina está muito bem assessorada em assuntos evangélicos, tendo sempre por perto um crente para lhe estender a Bíblia a qualquer hora, a ponto de confundir o estado laico com sua fé. Agora, falta só se cercar de assessores que saibam cuidar do meio ambiente e lhe entreguem explicações plausíveis para o que acontece.
As bravatas, servidas com carne de gado ao molho de soja, só produzem vexame.
Fonte: Veja/André Petry
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FRASE DA VEZ_1/26
“Ao chegar o fim do ano, saudemos aquele que veio ao mundo para nos salvar: o 13º Salário…”
Anônimo
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