Arquivo do mês: dezembro 2007
CAIXA DO CORREIO
O chefe é tudo
Após o lulismo superar o petismo em todas as suas manifestações, o que se vê em qualquer situação é o encaminhamento de toda solução, obrigatoriamente quase sempre, para o fortalecimento da autoridade do grande líder, o que para o seu projeto é prioritário e fundamental. No caso da entrevista do ministro Mantega em que declarou que seria criado imposto para socorrer a saúde, o que se viu foi uma jogada nesse sentido. Dentro dessa orientação (macete), haja auxiliares (ministros, assessores, etc.) para serem desautorizados em público, com grande destaque, pelo nosso “grande guia”. Orlando Sacco (osacco@uol.com.br)
Disse-não-disse
Luiz Inácio contesta Mantega quanto à criação de nova CPMF. O ministro alega não ter dito o que disse, depois de ter sido contestado pelo presidente. Dentro de mais algum tempo, este vai dizer que foi traído, que são uns “aloprados”, e teremos um novo ministro na Esplanada dos Ministérios. Esperar para ver. Arthur Biagioni Júnior (biagioni.jr@uol.com.br)
O inocente de Brasília
Afinal, a CPMF é necessária ou não? Não entendo o inocente de Brasília, o tal que nunca sabe de nada. Tentava convencer o povo de que a CPMF era imprescindível e não poderíamos viver sem ela. Agora diz que precisa ser convencido de que ela é necessária. Nunca na História deste país se ouviu tanta bobagem de um presidente. Ralps Eisenhauer (reisenha1@yahoo.com.br)
Pedido de asilo
Os três músicos cubanos, felizmente, tocaram e não “dançaram”, como, infelizmente, ocorreu com os dois pugilistas seus conterrâneos. Sergio S. de Oliveira (ssoliveira@netsite.com.br)
‘Presidentismo’
A não-aprovação da CPMF pelo Senado, além da consagração da verdadeira democracia, em que o Congresso deve ser sempre a voz do povo, marcou a desaprovação e o fim do “presidentismo”, espécie de “democracia relativa”, cinismo que imperou na fase final da ditadura militar! Nem Pedro Simon conseguiu, sem o saber, ser o inocente útil! Sagrado Lamir David (david@powerline.com.br)
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Um ministrinho
Todos já sabemos, há muito tempo, que a incompetência é marca registrada desse governo. Mas nosso ministro da Fazenda está se superando. Será que num país tão grande não se consegue um ministrinho melhor? Em último caso, tragam de volta o Palocci, nós o perdoaremos. Não é, Brasil?
Humberto de Luna Freire Filho (hlffilho@hotmail.com)
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Comentário (II)
Mantega deve conhecer
O país investe pouco porque não arrecada, não arrecada porque investe muito pouco. E sem os investimentos públicos a economia particular não se expande. No Brasil, ela depende do poder oficial. Até a privatização de empresas só ocorreu porque o poder público financiou. Mais uma contradição brasileira que o ministro Mantega deve conhecer.
Pedro do Coutto, jornalista
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SISTEMA PRISIONAL
Ecos do caso paraense
Grupo de trabalho interministerial criado em maio pelo governo para elaborar propostas de reformulação do sistema prisional feminino – antes mesmo do caso da menina presa com homens no Pará – concluiu um relatório preliminar no qual afirma que as prisões do país violam direitos fundamentais de forma generalizada. Segundo o relatório, as mulheres presas têm sido submetidas a tortura e tratamentos cruéis, incluindo violências sexuais. Há, atualmente, 25.909 mulheres encarceradas no Brasil e o país tem apenas 55 unidades prisionais exclusivamente femininas.
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BASTIDORES
Juíza enquadra deputado do PT
Acabou em rolo, e rolo feio, o interrogatório na 10a. Vara da Justiça Federal, em Brasília, do deputado Paulo Rocha (PT-PA), um dos 40 acusados do Caso do Mensalão. Em certo momento, o procurador da República José Alfredo de Paula Silva, representante do Ministério Público, perguntou a Rocha se ele não achara estranho o fato de um publicitário, no caso o mineiro Marcos Valério, ter repassado dinheiro para que o PT do Pará pagasse dívidas de campanha.
– Quem está dizendo isso é você – respondeu, nervoso, Rocha, e pôs o dedo indicador da mão direita na frente do rosto do procurador. – O senhor não me aponte o dedo. Isso aqui não é a Câmara dos Deputados – retrucou o procurador em voz alta.
Aí foi a vez da juíza Maria de Fátima Costa, titular da Vara, intervir aos berros: – O senhor não vai bagunçar a minha audiência. Aqui não é a Câmara dos Deputados. Você chegou aqui com uma carinha de coitadinho, de humildizinho, que veio do Pará ou não sei lá de onde. Mas aqui o senhor não manda. Fique quieto e responda às perguntas. (GloboNews)
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ÚLTIMAS
Líder de Lula é investigado
O ministro Celso de Mello, do STF, autorizou a abertura de inquérito contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado. Apura-se a suspeita de compra de votos na eleição de 2002. Confirmando-se as acusações, Jucá pode converter-se réu em ação penal no Supremo.
As denúncias contra Jucá foram apuradas pelo Ministério Público de Roraima. Porém, o mandato de senador dá ao investigado o privilégio de foro. Só pode ser processado junto ao STF. Por isso o caso foi enviado ao tribunal, em 19 de novembro, pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza.
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RENOIR
Pierre Auguste Renoir nasceu em Limoges, em 25 de fevereiro de 1841. Filho do alfaiate Leonard Renoir e da operária de fábrica Marguerite Merlet. Quando ele tinha quatro anos a família mudou-se para Paris.
Desde pequeno Renoir mostrou habilidades para a música e o desenho, mas sua família tentou fomentar nele o gosto pela pintura, por pensar que seria essa a maneira mais fácil de ganhar a vida.
Renoir passa a criar as suas próprias técnicas. O quadro ” Guarda-chuvas”, iniciado em 1880 e terminado em 1886 é uma composição cheia de planos de cores.
Em sua criatividade, Renoir descobriu que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis.
Renoir morreu em Cagnes, no dia 3 de dezembro de 1919, aos 78 anos.
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Entre a inflação e a recessão
Eis as tensões que afligem a economia mundial e, pois, as bolsas e os mercados financeiros:
1. Há inflação no mundo. É puxada pelo preço de alimentos e de energia. No caso de alimentos, preços sempre dependem de fatores conjunturais – choveu, não choveu na hora certa, clima bom, clima ruim nos principais países produtores – mas isso acaba se ajeitando. Sobe hoje, cai amanhã. O problema atual é que se nota uma tendência de alta firme no preço da comida, em consequência do forte aumento da demanda nos países emergentes, especialmente na Ásia e, mais especialmente ainda, na China e na Índia. É da vida. Esses países crescem, a população ganha renda e… come mais. Mais demanda, oferta ainda atrasada, sobem os preços.
2. Claro que isso é também boa notícia para os países produtores, Brasil incluidíssimo. Há um poderoso estímulo para aumento da produção e assim funcionam as coisas. Pelo manual, a produção aumenta e os preços caem. Mas é difícil imaginar quando, pois a demanda cresce de maneira muito forte e consistente. E a produção agrícola tem enfrentado restrições ambientais pelo mundo afora. Ou seja, por enquanto ao menos, a tendência é alimentos caros.
3. Energia – na base acontece a mesma coisa. Países ganham renda, passam a consumir mais energia, de todos os tipos. E o próprio crescimento acelerado demanda energia. E neste caso, é ainda mais complicado para a produção alcançar a demanda. Por exemplo: é claro que vale a pena procurar petróleo mesmo em águas profundas e caras. Mas isso não se faz do dia para a noite. Idem para a construção de hidrelétricas ou usinas nucleares. E também há restrições ambientais para a instalação de todos os tipos de usinas.
4. A inflação nos EUA está rodando um pouco acima dos 4% ao ano. Isso no índice cheio. Retirados os preços de alimentos e energia, a inflação cai para menos de 2%. O Fed, banco central dos EUA, olha para o núcleo, pois comida e energia são muito voláteis, diz o ensinamento tradicional. De fato, esses preços continuam sendo voláteis, mas em patamares cada vez mais elevados.
5. Por outro lado, esses são problemas da expansão econômica muito forte pelo mundo afora. Bons problemas, digamos assim. Nesse caso, bastaria que os bancos centrais elevassem os juros e, assim, segurassem o ritmo de crescimento.
6. Mas aí tem a crise do crédito. Há um ambiente desconfiança no sistema financeiro – há créditos podres e investimentos perdidos, mas ainda não se sabe a extensão e a profundidade do buraco e quem, quais bancos estão dentro dele. Na dúvida, investidores não emprestam para bancos e estes não emprestam entre si nem para os clientes, dado o temor de que o freguês esteja quebrado. Consequência: crédito escasso (crise de liquidez) e juros mais altos, e, se continuar assim, recessão, pois a economia não anda sem capital e crédito.
7. Nesse ambiente, os bancos centrais deveriam reduzir os juros e dar dinheiro ao mercado (emprestar mais para os bancos). É o que fizeram, é o que estão fazendo. Mas não estariam colocando fogo na inflação?
8. O medo: no esforço contraditório de combater ao mesmo tempo a inflação e a recessão, o mundo pode cair na pior combinação possível, a estagflação, estagnação com inflação.
9. A esperança: se os remédios funcionarem a tempo, o mundo sofre uma desaceleração nos próximos meses, com preços contidos. Cresce menos, mas também com menos inflação.
10. Sim, a crise do crédito começou nos EUA, no setor imobiliário, mas tudo o resto está espalhado pelo mundo. Globalização funciona para os dois lados. Quando o mundo cresce, todos vão. Quando dá problema, todos apanham.
Fonte: Carlos Sardenberg
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CCJ aprova monitoramento eletrônico para presos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta terça-feira o projeto que permite o monitoramento de presos com benefícios de liberdade temporária. Os juízes poderão autorizar o uso de um rastreador eletrônico, como uma tornozeleira, que possa localizar um condenado que cumpra pena fora do presídio (liberdade condicional, regime semi-aberto e regime aberto, por exemplo), por meio do sistema GPS de satélite.
O relator da proposta, deputado Flávio Dino (PCdoB-SP) acredita que o Plenário da Câmara deve aprovar em definitivo o monitoramento a partir de fevereiro de 2008. “Eu tenho convicção que esse projeto vai virar lei, porque ele é compatível com a cultura de direitos humanos, estimula o desencarceramento, combate o grande problema da superlotação das prisões e dá segurança para a sociedade que os presos no gozo do benefício não irão cometer outros crimes”, afirma Flávio Dino.
Os custos da adoção de tornozeleiras eletrônicas ainda não foram calculados pelos parlamentares, mas o deputado relator acredita que o retorno social será bem maior que o investimento financeiro dos Estados e da União.
Segundo o deputado, haverá interesse dos próprios presidiários em utilizar a tornozeleira eletrônica, pois facilitá a concessão de benefícios fora da prisão. “A sociedade tem interesse, o Estado tem interesse, os presos e as famílias deles também, porque isso estimula a ressocialização”, explica.
Cerca de 20% dos condenados que saem das celas por indulto de Natal e outros regimes de semi-liberdade não voltam para o presídio. O deputado aposta que esse índice vai ser reduzido com o rastreador GPS.
O projeto também obriga o condenado que estiver fora da prisão a trabalhar, estudar ou exercer outra atividade autorizada.
Fonte: Portal Terra
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Fonte: chargeonline.com.br/Salvador
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