Arquivo do mês: novembro 2007

Solenidade vira ato por terceiro mandato

“Um, dois, três, Lula outra vez.” O presidente Lula foi recebido com esse grito por cerca de 2 mil pessoas mobilizadas pelo Movimento Nacional de Lula pela Moradia na abertura da 3ª Conferência Nacional das Cidades ontem à noite.
Ele chegou ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, acompanhado dos ministros Márcio Fortes (Cidades) e Marina Silva (Meio Ambiente). Diante de um mar de mãos levantadas, com três dedos sinalizando o terceiro mandato, o presidente fez um improviso no discurso.

“Eu tenho em mente que a passagem pelo governo de um homem ou uma mulher tem data de entrada e de saída, mas os compromissos de luta são para toda a vida”, disse Lula. “E quando terminar a Presidência da República, aconteça o que acontecer, vamos estar juntos em outras batalhas para melhorar a vida do povo.”
Na saída, um clima de histeria tomou conta do centro de convenções, com dezenas de participantes da conferência tentando se aproximar de Lula, abraçá-lo e tirar fotos com ele.

Fonte: O Estado de S. Paulo

CHIQUINHA GONZAGA

“Menina Faceira”, composição interpretada por cantor desconhecido.

BOM DIA!

 

27 de novembro de 1935

OPINIÃO

É voz do povo que “perguntar não paga imposto”. Como a ordem-do-dia do ministro Nelson Jobim, da Defesa, é um tsunami de asneiras, vale a pena indagar aos “esquerdistas” do PT – principalmente os “intelectuais orgânicos” – se os conceitos contidos no documento é uma doutrina do PT-governo. Franklin Martins poderia convocar uma entrevista coletiva para o presidente Lula da Silva esclarecer se compartilha dos princípios defendidos por Jobim… MIRANDA SÁ

FRASE DA VEZ_27.nov.07

“O Brasil está na UTI”.

Aspásia Camargo, socióloga e historiadora

27 DE NOVEMBRO

“Lembro à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica, que o fim do império soviético não marcou o término da expansão dos utópicos ideais marxista-leninistas, e sim, da luta anticomunista, desenvolvida àquela época pelas verdadeiras Nações Democráticas, hoje mais do que nunca fragilizadas diante do solerte inimigo, verdadeiro lobo travestido de cordeiro”. Nelson Jobim, ministro da Defesa (Ordem-do-Dia/Intentona Comunista)

HISTÓRIA

O presidente Lula anunciou, em julho de 2004, que o País teria um projeto “revolucionário” de controle de freqüência dos estudantes em escolas públicas. Três anos depois, o programa de presença digital é classificado internamente no Ministério da Educação como um “delírio”. A proposta, de que cada escola tivesse um leitor de cartão e de digitais para que os alunos registrassem presença, morreu no projeto. Os equipamentos estão guardados em armários, com computadores fora de uso e cartões de identificação encaixotados.

ECONOMIA

Com a aproximação do Natal e o dólar desvalorizado, a semana passada entrou para a história como a de mais altas importações, que somaram US$ 3,36 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além de eletroeletrônicos, automóveis e equipamentos mecânicos, também desembarcaram no país produtos típicos das festas de fim de ano, como frutas secas, nozes e vinhos. Também chegou grande quantidade de porcelanas e inúmeros utensílios domésticos, vindos principalmente da China. O recorde de compras internacionais fez com que o valor das importações encostasse no das exportações, de US$ 3,5 bilhões, reduzindo o saldo das transações, que ficou em US$ 139 milhões.

BASTIDORES

O cenário da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) piorou tanto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu descumprir a promessa feita na semana passada e adiar novamente o envio ao Congresso do projeto de reforma tributária. O encaminhamento estava prometido para este mês, mas os líderes dos partidos da base aliada ponderaram que o projeto aumentaria a polêmica em torno da votação da CPMF. Agora, é certo que a reforma só será enviada em 2008. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o adiamento.

Quebra de compromisso

Diante das dificuldades de reunir os 49 votos de que precisa para aprovar a prorrogação da CPMF, o governo abortou o envio da proposta de reforma tributária ao Congresso. O Planalto teme que a reforma cause mais polêmica do que atraia votos. Ontem, os aliados não conseguiram o quorum de 41 senadores para destrancar a pauta de votações. O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) acusou um assessor do Palácio de ter-lhe proposta a liberação de emendas do Orçamento em troca da CPMF.