Arquivo do mês: julho 2007

FRASE DA VEZ_7/29

“Os telões espalhados pelo aeroporto deveriam transmitir informações sobre os atrasos nos vôos. Mas sempre que olho para eles só consigo saber onde vai ser a próxima festa da Wanessa Camargo!”

Fernando Gabeira, na CPI do Apagão Aéreo

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Dentro do Poticovil

“É impressionante a incapacidade dos nossos politicantes de fazer a política grande, nobre, a política que, apesar de todas as divergências, leva em conta que, afinal, vivemos todos juntos. Mas nossos politicóides são indiferentes a esse projeto de bem comum. Vulgarizaram-se tanto que se apartaram do sentimento do brasileiro médio, que se espantou de verdade, se chocou de verdade com o avião explodindo, se solidarizou de verdade com o drama das famílias. O senhor Marco Aurélio “Top, Top, Top” Garcia é exemplo dessa alienação. Filmado, como ele diz, de “forma clandestina”, Garcia mostrou preocupar-se menos com a comoção nacional e mais com o impacto eleitoral da tragédia. Coisa de politiquilho.

Com o mesmo alheamento, o presidente Lula sumiu por três dias depois do maior acidente aéreo do país, tal como fazem os oposicionistas na hora em que são postos à prova. José Serra desapareceu quando o PCC colocou São Paulo de joelhos. Agora, como Congonhas não é obra sua, Serra aparece em Congonhas. E Lula, como Congonhas é obra sua, some de Congonhas, some de Porto Alegre e cancela visitas a toda a Região Sul do país, exatamente para onde deveria viajar se vencesse a covardia da politicagem, se deixasse de fazer politicócoras”.

André Petry, jornalista

Opinião: Petry criou neologismos maravilhosos e lembrou uma coisa que os sabujos do lulismo-petismo querem nos fazer esquecer: Congonhas é uma obra pronta e (in)acabada de Lula da Silva. Miranda Sá

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FRASE DA VEZ_6/29

“Lula escafedeu-se e não vai aparecer na cerimônia de encerramento do Pan. Por certo, não vai fazer falta. O duro é que, ainda por cima, temos de “engolir” que é “problema de agenda…”

Geraldo Alaécio Galo (ggalo10@terra.com.br)

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A fruta podre do aloprado

“Em 2003, Lula inaugurou no Pará a fábrica de sucos Nova Amafrutas. Na oportunidade, elogiou o seu idealizador, Jorge Lorenzetti, o chefe do bando dos aloprados. Um ano depois, Lorenzetti abandonou a Amafrutas. Sem suas conexões com Brasília, a fábrica fechou no ano passado e deixou um papagaio de 30 milhões de reais para o Banco da Amazônia. Alguns empresários quiseram assumir o débito e o projeto. Como o banco recusou, a Amafrutas permaneceu fechada. Há dez dias, a indústria foi invadida por sem-terra, que roubaram o que puderam e depredaram o resto. Agora, o patrimônio não cobre mais as dívidas”.

Felipe Patury, “Radar” – Veja

Opinião: Os amigos, parentes e compadres de Lula da Silva podem ser “aloprados”, “ingênuos” e “bem-intencionados”, segundo ele, mas que gostam de um trambique, ah, como gostam! Veja-se o parceiro Renan, também com uma fábrica de sucos… Miranda

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FRASE DA VEZ_5/29

“Sou contra o “Fora, Lula!”. É golpismo. O presidente foi eleito e tem um mandato legítimo. Pelo contrário, eu torço é para que ele assuma o mandato”.

Sérgio Guerra, deputado federal

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Aviões caem? Fica proibido voarem.

“Nos desvãos do poder, só sombra. Das vozes do poder, sempre constantes, tão altas, e peremptórias, vem apenas o silêncio de quem não sabe o que dizer, ou não tem nada com isso. Mas qualquer conclusão de todos nós, que, dizem os do poder, concluímos tão facilmente, é leviana. Quando a voz do trono ecoa, alta, límpida e, sobretudo, tonitruante, vê-se que o poder apenas não queria ser leviano como nós – estava estudando e amadurecendo medidas sábias pra terminar de vez com a possibilidade de repetição da hecatombe (morte de cem bois). Medidas para breve, longo e infinito prazo: “Aviões caem? Fica proibido voarem. Aeroporto é mortal? Faça-se outro em quatro ou cinco anos, enquanto passageiros aguardam – já estão acostumados. Há overbook? Proíba-se essa expressão estrangeira (Aldo Rebelo)”.

Millôr Fernandes, Millôr é o Millôr

Opinião: Uma gargalhada bem dada numa solenidade, faz ruir toda hipocrisia que ela contém. Assim é o grande Millôr, fazendo rir com críticas contundentes e irrefutáveis. Miranda Sá

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FRASE DA VEZ_4/29

“A posse do ministro da Defesa, na última quarta-feira, foi o espetáculo mais indecoroso da história política brasileira. Lula ria. Nelson Jobim ria. Tarso Genro ria. Guido Mantega ria. Celso Amorim ria. Juniti Saito ria. Marco Aurélio ria. Por algum motivo, até mesmo o demitido Waldir Pires ria. Lula provavelmente se regozijava por ter se safado, segundo seus cálculos, de mais uma fria”.

Diogo Mainardi, colunista de Veja

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Jobim, substituto à altura de Bastos

“O advogado Thomaz Bastos salvou o governo de quase todas, com arranhões aqui e ali. Resta saber se o advogado Nelson Jobim também o salvará desta. Vai depender. Se o gestual e o verbal do novo ministro da Defesa (em todos os sentidos) não passarem de mera figuração para ajudar Lula a substituir a imagem da incúria pela estampa do vigor hiperativo, Jobim não terá como disfarçar adiante, pois os fatos lhe cobrarão desempenho consistente. Por sua fala e por seus gestos, na administração da crise substituiu-se ao presidente da República – obviamente com a anuência dele. Está na berlinda, portanto. Obrigado a se revelar mais competente na prática do bem gerir que na arte de iludir”.

Dora Kramer, dora.kramer@grupoestado.com.br

Opinião: Dora lembrou bem: Jobim será mais do que um ministro da Defesa; será também o advogado das mazelas do PT-governo, de Lula da Silva e da pelegada que o cerca. Ótimo substituto para Thomaz Bastos… Miranda Sá

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FRASE DA VEZ_3/29

“Se Lula diz que ao voar entrega sua sorte a Deus é porque nem ele confia nos controles de seu governo”

Roberto Pompeu Toledo, jornalista

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O Diário Oficial e as falsetas do poder

“O Diário Oficial da União de quinta-feira passada circulou com ato assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o qual Waldir Pires fora afastado do Ministério da Defesa “a pedido”. O detalhe revela a dificuldade que Lula tem de tirar da função qualquer um de seus auxiliares, mesmo os envolvidos em corrupção. Não é o caso de Pires, sobre o qual não há nenhuma suspeita a respeito de sua honorabilidade – contra ele pesam questionamentos sobre competência e poder de decisão. O primeiro caso rumoroso de um auxiliar em cargo importante que se envolveu em irregularidades e não foi demitido ocorreu em 2004. Flagrado numa fita de vídeo cobrando propina do empresário de jogos Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o então assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, protagonizou o primeiro grande escândalo deste governo, às vésperas do aniversário de 24 anos do PT. Waldomiro também saiu do governo “a pedido”.

Em 2005, o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi apontado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), como “o mentor” do esquema de caixa 2 feito pelo PT, que passou a ser conhecido por mensalão. A CPI dos Correios concluiu que os operadores da trapaça tinham sido o empresário Marcos Valério e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Dirceu se sustentou no cargo por cerca de 20 dias. Como não foi afastado, pediu demissão.O mesmo ocorreu com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que dissera, na CPI dos Bingos, que não freqüentava mansão onde ocorriam ações de lobby e festas. Mas o caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, testemunhou que o havia visto lá. Para se defender, Palocci se envolveu na violação do sigilo bancário do caseiro. Perdeu poder até ser levado a pedir demissão. Lula, ao anunciar Guido Mantega no seu lugar, disse que sofria muito. Com participação no mesmo caso, Jorge Mattoso, então presidente da Caixa Econômica Federal, também pediu demissão.

João Domingos, jornalista, de Brasília

Opinião: João Domingos trouxe dois pontos altamente positivos na sua reportagem: Lembrou a figura execrável de Waldomiro Diniz, escroque que chegou a assessor parlamentar da Presidência da República e a farsa cretina do Pelegão em demitir os comparsas desidiosos desonestos e incompetentes com um “a pedido”, sem assumir a autoridade que se exige de um presidente da República. Miranda Sá

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