Arquivo do mês: junho 2007

O irmão do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, deputado Olavo Calheiros (PMDB/AL), e um sobrinho de ACM, Paulo Magalhães (DEM/BA), estão entre os três deputados que a Polícia Federal indiciou em relatório enviado à Procuradoria-Geral da República. O outro parlamentar é Maurício Quintela (PR/AL).

Os três deputados estão envolvidos em maracutaias com fraudes em obras públicas, segundo levantamento da Operação Navalha, da PF. As evidências foram colhidas por escuta telefônica e análise dos documentos apreendidos em maio na sede da construtora Gautama.

Foi estarrecedora a revelação de que no Brasil o número de Ong´s passou de 22 mil para 206 mil de 2002 para cá. Cresceram em quantidade, 1.180%, o que representa, segundo o jornalista Carlos Chagas, “o maior fenômeno de filantropia em toda a história universal”.

Como as datas coincidem com a subida do PT – partido ao poder, não custa perguntar quantas Ong´s são patrocinadas ou foram criadas pelos filiados do partido pelo Brasil afora. Sabemos que em Santa Catarina milhões são caldeados pelas empresas estatais, principalmente pela Petrobrás, para entidades ligadas ao petismo-lulismo.

É inegável que existem Ong´s sérias que prestam serviços, ao governo, à sociedade e à humanidade; mas também é reconhecido que a grande maioria delas foi criada para tirar dinheiro do contribuinte, seja para enriquecer uma meia dúzia de espertos, seja para desviar verbas para fundos partidários ou financiamento de frações políticas.

Uma CPI está sendo criada no Senado Federal e o Tribunal de Contas da União tem como uma das suas prioridades atuais investigar o que deveria ser não-governamental e, na realidade, vive pendurada nos cofres públicos.

Auditores da Receita querem saber se ele praticou crime fiscal nos negócios que diz ter feito com gado; Peritos da PF começaram ontem a examinar notas fiscais relativas a supostas operações de venda
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, luta desesperadamente para salvar seu mandato. Apesar de controlar a maioria dos votos no Conselho de Ética – que investiga se despesas pessoais do senador decorrentes de um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso eram bancadas pelo lobista de uma empreiteira -, Renan não consegue dar uma explicação razoável sobre a origem dos recursos que usou para pagar pensão e aluguel de um imóvel à mãe de sua filha.

Lula da Silva e seu mais novo parceiro em traições à classe trabalhadora, vai usar o corte do ponto e a suspensão de pagamento dos salários dos servidores do Incra e Ibama como exemplo para outras categorias que estão em greve ou ameaçam paralisar suas atividades.

Apoiado por Carlos Luppi, que renegou as lições de Brizola, Lula da Silva acha “que greve sem corte de ponto é férias” e determinou ao Ministério do Planejamento, a retenção das folhas de pagamentos dos dois órgãos e o desconto dos dias de greve, o que deverá sair no contracheque dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama.

Após a divulgação das maracutaias da Construtora Gautama desbaratadas pela Operação Navalha, uma auditoria do Ministério dos Transportes apontou indícios de que os dirigentes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, Dnit, ou participaram ou foram coniventes num esquema de fraudes em obras no órgão.

Na conclusão das investigações internas do Ministério dos Transportes, o relatório traz suspeitas de “licitação fraudulentas, sobre preços e prorrogações de contratos irregulares” e de que “a Gautama levou um extra de R$ 4,5 milhões, sem justificativa, além de ter assinado convênio para erguer pontes que já existiam no Maranhão”.

Aconteceu o que o PT-governo não queria: a Polícia Federal passou a investigar desde ontem (sábado, 16) os documentos encaminhados ao Conselho de Ética do Senado por Renan Calheiros, o que o líder do governo no Senado, Romero Jucá, não queria.

Os defensores do Presidente do Senado querem uma perícia que comprove apenas a autenticidade dos documentos, sem preocupação se as operações de compra e venda de gado, nele contidas, são legítimas ou fraudulentas.

A PF deverá verificar as denúncias feitas pela TV-Globo sobre notas fiscais frias usadas para comprovar venda de gado e verificará também as cópias de cheques e guias de trânsito animal disponibilizados na comercialização do rebanho nas Alagoas. É,
parece que a novela ainda não acaba na 3ª feira…

No governo que dois anos atrás denunciava como o mais corrupto da História do Brasil, o filósofo Mangabeira Unger deverá participar sentando-se na mesa farta do poder.

Dizem que por força de um pedido do vice-presidente José Alencar, Lula da Silva atropelou os petistas contrários à nomeação do Filósofo, que inicialmente iria para a Secretaria Especial de Ações a Longo Prazo – Sealopra, que mudou de nome por causa da esclarecedora sigla; agora será Secretaria Especial de Planejamento Estratégico, sediada em alguma nuvem passageira…

Pelo apego ao poder demonstrado pelo Filósofo, continuaremos a desconfiar de gente com sotaque acentuado; ou rouba gravatas, como o rabino Henry Sobel, ou se escracha como Mangabeira Unger.

Representando os adesistas do PDT ao PT-governo, o ministro Carlos Luppi começa mostrar a que veio, traindo a memória do inesquecível líder Leonel de Moura Brizola, feroz defensor dos direitos trabalhistas. Emparceirando-se com Lula da Silva, Luppi investe contra os servidores públicos, apoiando o corte do ponto e a suspensão dos vencimentos dos grevistas do Incra, Ibama, Datasus, Comissão Nacional de Energia Nuclear e Ministério da Cultura.

Para revoltar mais os pedetistas, enquanto a CUT anuncia que apoiará os servidores em greve, Paulinho da Força Sindical, deputado do PDT, ainda vacila diante da posição arbitrária do PT-governo.

As suspeitosas atividades pecuárias de Renan Calheiros não serão investigadas pelo Conselho de Ética do Senado Federal, mas poderão ser analisadas pela Procuradoria Geral da República, de acordo com declarações do procurador Antonio Fernando de Souza. Em pauta a denúncia de que Renan usou notas frias no comércio de gado.

A perícia documental decidida ontem pelo Conselho de Ética prender-se-á apenas ao exame dos documentos apresentados pela defesa do Senador que está sendo julgado.
A turma de Renan só quer saber se os documentos são originais, cópias xerox ou falsificados. Se tiverem origem ilegal, não interessa…

De sexta-feira para cá se intensificaram atrasos de partidas e chegadas dos vôos em todo país. A Infraero – que o PT-governo faz tudo para não investigar na CPI do Apagão – informa que 30% dos vôos programados da meia noite de sexta-feira até o meio dia do sábado tiveram problemas.

Ocorreram atrasos em 185 das 781 viagens. Aponta-se para os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, o motivo do descompasso verificado, e o problema segundo a Infraero, relaciona-se com as obras que estão sendo feitas na pista principal de Congonhas. Outras fontes, porém, falam de excesso de aeronaves congestionando os dois aeroportos.

Pouco importam os argumentos que tentam justificar o caos que, dicionarizado, é sinônimo de confusão e desordem. No começo foram os controladores de vôo responsáveis pelo apagão aéreo; de lá até hoje, chuva, garoa e nevoeiro aparecem justificando atrasos; pássaros pondo em risco turbinas e capivara interrompendo a pista.

O que as pessoas de bem registram, porém, é a incompetência do PT-governo, a falta de palavra do presidente Lula da Silva, traindo os controladores e o cinismo dos governantes que devem pensar como a ministra Marta Suplicy, do Turismo, que as aflições e prejuízos redundantes nada representam. Aos passageiros, aconselham: “relaxe e goze”.

Longe do epicentro da crise, lá no leste extremo do Brasil, no Aeroporto Internacional Augusto Severo, de Natal – a Cidade do Sol – ninguém tenta dar uma desculpa, os funcionários das empresas aéreas simplesmente informam que uma viagem marcada para as 02h50min não tem previsão de ocorrer porque a aeronave ainda não saiu de São Paulo.

Assim sucedeu com o vôo 3319 da TAM, no sábado. Passageiros irritados não puderam extravasar sua revolta porque os empregados da empresa não são culpados; nem mesmo seus donos. Todos estamos ficando cientes de que a situação é desgoverno. Do PT.