Arquivo do mês: junho 2007

Lula (Pilatos) da Silva lava as mãos mais uma vez

Da boca para fora, Lula da Silva mostra simpatia por Renan Calheiros, sócio solidário em todas as crises que envolveram o PT-governo; mas ao ouvir a voz rouca das ruas, malandro que é, lavou as mãos como Pilatos, entregando o aliado à turba. Demos esta informação anteontem aos leitores deste Blog, quando comentamos a virada na postura do Presidente

Conforme o Brasil assistiu pela TV-Senado, ontem o abandono de Renan ficou claro com o recuo amuado da líder do PT, Idely Salvatti e a desenvoltura como Augusto Botelho e Eduardo Suplicy puxaram o tapete de Renan na reunião do Conselho de Ética.

A amoralidade pelega induziu Lula da Silva a telefonar para Renan desejando-lhe boa sorte, mas o punhal estava sendo preparado para ser enfiado nas costas (como diz Heloísa Helena). Se há dúvidas, quem viu o lulismo-petismo mexer uma palha a favor de Renan? Ninguém. O que ficou claro foi a encenação do presidente do Conselho, Sibá Machado, com o democrata Demóstenes Torres , reconhecendo a abertura do processo, o que levou o relator Wellington Salgado à renúncia e ameaça Renan de cassação…

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Ninguém quer ser relator do Conselho de Ética

A suspensão da reunião do Conselho de Ética que estava marcada para a manhã de hoje foi motivada pela falta de um relator. Isto porque está na relatoria a expressão mais acintosa da farsa que estava sendo montada para arquivar o processo por falta de decoro movido contra Renan Calheiros.

É bom relembrar que primeiro foram buscar um pau mandado de Sarney, Epitácio Cafeteira, que saiu desmoralizado exibindo um novo apelido, “Epitáfio” Cafeteira; depois veio com cara de palhaço o senador mineiro (Oh, Minas Gerais…) Wellington Salgado, trazendo um aditivo que era o hilário relatório produzido pela tropa de choque de Renan.

As duas tristes experiências não encorajam ninguém a assumir o cargo, embora se comente nos corredores do Congresso que o senador Valdir Raupp, aliado do Presidente do Senado, tenha se oferecido para assumir a relatoria do processo contra Renan, mas o presidente do Conselho, Sibá Machado, não cairá novamente no conto do PMDB para não responder solidariamente pelo resultado do processo. E é isto mesmo: se condenado, Renan não perdoará a mesa; se ele for absolvido o povo repudiará os responsáveis.

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Culpados inocentes e inocentes culpados

A coluna de Mônica Bergamo, na FSP, trouxe uma informação curiosa que obteve um inteligente comentário de Josias de Souza. Diz a Nota de Mônica:

“O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dito a seus colegas mais íntimos que pode cair atirando. Diz que pretende incentivar a abertura da célebre CPI das Empreiteiras, proposta há décadas pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). E tem citado, nas conversas, supostos casos extraconjugais de personagens que circulam em Brasília”.

E agora o comentário de Josias:

Em português claro: Renan informa, nos subterrâneos, que o grosso dos senadores está igualado em abjeção. A culpa de um é compartilhada pelos demais. E a nenhum deles é dado apresentar-se como detentor de uma diferença heróica. Antes, cumpre assegurar a fidelidade ao grupo, por meio da cumplicidade.
O julgamento do processo em que Renan é acusado de quebrar o decoro parlamentar acomoda o Senado numa zona fronteiriça. Só há dois caminhos: a manutenção do pacto que impõe a todos o compartilhamento de culpas ou a sua ruptura, com identificação dos pecados e a prescrição do castigo ao impostor.
Divididos em duas categorias – os culpados inocentes e os inocentes culpados—, os senadores terão de informar à sociedade se o país dispõe de um Senado de verdade ou se o que há sob aquela cuia de concreto emborcada para baixo é uma irmandade desprezível.
Aos 44 minutos do segundo tempo, tenta-se uma manobra que não cheira bem. O Conselho de Ética do Senado, que deveria estar reunido desde as 13h30, adiou o início da sessão para as 17h. E alguns de seus membros articulam a realização de uma reunião secreta. Longe dos olhos da sociedade, a confraria pode conduzir com mais desenvoltura o seu ritual de emporcalhamento.

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Planos de saúde fazem o que querem

O PT-governo, através da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS implantou um sistema que permite aos planos de saúde acessar dados médicos sigilosos dos seus associados. Como 40 milhões de brasileiros, por falta de assistência médica pública e universal, participam do sistema privado, um terço da população brasileira está entregue aos vampiros que exploram as enfermidades no país.

Associações médicas e consumidores estão protestando contra a obrigatoriedade das guias de consultas e de exames explicitarem o tipo de doença do paciente, através do código adotado na Classificação Internacional de Doenças, que, segundo eles, fere o sigilo entre o médico e o paciente e que, de posse desses dados, as operadoras criem listas negras com pacientes que geram mais gastos, vetando procedimentos e impondo sanções a médicos.

O Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e o Instituto de Defesa do Consumidor dizem que o novo sistema não dá garantia de que a revelação não vá prejudicar o paciente ou o médico, sendo que este último poderá ser processado por quebra de sigilo.

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Vale a pena abrir aspas para Simon:

Artigo semanal para o blogdosblogs
Do senador Pedro Simon (PMDB-RS)

SOBE!

Quando ingressei na vida pública, há cinco décadas, eu apertei o botão de subida do elevador da política, no seu sentido mais puro. E ele subiu. Parou em muitos andares. Abriu e fechou.
Muitas vezes, parecia que as portas emperravam, presas a grades e a paus-de-arara. Mas, mesmo assim, abriam-se, com o esforço de todos os passageiros.
Havia uma voz, que anunciava cada etapa dessa nossa subida, na busca do destino almejado por todos nós. “Liberdade”, “democracia”, “anistia”, “diretas-já”. Não era uma voz interna. Ela vinha das ruas, e ecoava de fora para dentro.
Vi gente descer e subir, em cada um dos andares deste edifício político. Comigo, subiram Ulysses, Tancredo, Teotônio. Já nos primeiros andares, vieram Covas, Darcy, Fernando Henrique. Mais um ou outro andar, Lula, Dirceu, Suplicy. Outros mais, Marina, Heloísa.
De repente, o elevador parou entre dois andares. Alguém mexeu, indevidamente, no painel. Parece que alguns resolveram descer e fizeram mal uso do botão de emergência. O Covas, o Darcy, o Ulysses, o Tancredo, o Teotônio já haviam chegado a seus destinos.
Sentimos, então, uma sensação de insegurança e de falta de referências. Apesar dos brados da Heloísa, parecia que nada poderia impedir a nossa queda livre. A cada andar, uma outra voz, agora de dentro para fora, anunciava, num ritmo rápido e seqüencial: “PC”, “Orçamento”, “Banestado”, “Mensalão”, “Sanguessugas”, “Navalha”, “Xeque-Mate”. Alguns nomes, eu nem consegui decifrar, tamanha a velocidade da descida.
E o elevador não parava. Nenhuma porta se abria. Haveria o térreo, de onde poderíamos, de novo, ganhar as ruas. É que imaginávamos que seria o fundo do poço do elevador da política. Qual o quê, não sabíamos que o nosso edifício tinha, ainda, tantos, e tão profundos, subsolos.
Daí, a sensação, cada vez mais contundente, de que o baque seria ainda maior. Quantos seriam os subsolos? Até que profundezas suportaríamos nessa queda livre?
Mais uma vez de repente, o elevador parou, subitamente. Uma fresta, uma sala, uma discussão acalorada. Troca de insultos. Uma reunião da Comissão de Ética da Torre Principal do Edifício.
O Síndico teria pago suas contas pessoais com o dinheiro do Condomínio, através do funcionário do lobby de um outro edifício. E, por isso, teria, também, deixado de pagar pelos serviços de manutenção do elevador. Mais do que isso, o zelador também não havia recebido o seu sagrado salário, para o pão, o leite, a saúde e a educação da família. Idem o segurança.
Mas, havia algo estranho naquela reunião: os representantes dos condôminos, talvez por medo de outros sustos semelhantes, em outros solavancos do elevador, defendiam, solenemente, o Síndico.
Ninguém estava interessado em avaliar a veracidade das suas informações. Nem mesmo as contas do Condomínio. Queriam imputar culpa ao zelador e ao segurança. Ou, quem sabe, teria o tal Síndico informações comprometedoras, gravadas nos corredores soturnos do edifício, a provocar tamanha ânsia solidária? Não se sabe, mas, tudo indica, isso jamais será investigado, enquanto vigorar a atual Convenção de Condomínio.
Há que se rever, portanto, essa Convenção. Há que se consertar esse elevador. Há que se escolher um novo ascensorista. Há que se eleger um novo síndico. Há que se alcançar o andar da ética.
A voz das ruas tem que ecoar, mais alto, nos corredores deste edifício. A voz de dentro, parece, insiste em continuar violando os painéis de controle. Até que não haja, mais, subsolos. E, aí, o tal baque poderá ser irreversível. Não haverá salas de comissões de ética. Porque não haverá, mais, ética. Quem sabe, nem mesmo, edifício.

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Crise aérea é uma vergonha nacional

Enquanto o ministro Waldir Pires, da Defesa, flana em Paris e declara à imprensa que o Brasil vai às mil maravilhas e o presidente da Infraero repete, como um disco quebrado, que “amanhã estará tudo resolvido”, os aeroportos de todo o país apresentam problemas.

Poder-se-ia, usando o cinismo reinante nas esferas do poder, aconselhar aos passageiros em trânsito: “Relaxe e goze”. Mas quem deseja livrar o Brasil da vergonha nacional que é o apagão aéreo, não pode seguir os passos da sexóloga-ministra Marta Suplicy. Tem mesmo que lamentar que uma crise se estenda desde setembro do ano passado e nenhuma autoridade governamental tome a iniciativa de debelá-la.

A FAB prendeu o sargento Carlos Henrique Trifilio Moreira da Silva, presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo, Febracta, por causa de uma entrevista publicada na edição de abril último pela revista “Universo Masculino”. Uma frase de Trifilio foi a causa da punição; ele disse: “o caos voltará porque os controladores vão parar de novo”. A coincidência de o tráfego aéreo sofrer uma pane, atrasar e cancelar vôos levou o líder dos controladores para a cadeia.

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Conselho põe em perigo o mandato de Renan

O Conselho de Ética do Senado adiou a votação do relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente Renan Calheiros (PMDB), para a conclusão da perícia nos documentos apresentados pela defesa para comprovar rendimentos agropecuários de Renan suficientes para pagar a pensão alimentícia da filha fora do casamento.

Uma expressiva maioria de conselheiros se pronunciou contra o arquivamento do processo, sugerido no Relatório Cafeteira e mantido pelo relator substituto Wellington Salgado (PMDB).
Sentindo-se acuado pela deserção de muitos aliados que formavam sua tropa de choque, Renan sugeriu comparecer perante os conselheiros amanhã, dia 21, às 17h00.

Conforme informamos anteriormente, a decisão do Presidente do Senado foi feita através do líder do PT – governo, Romero Jucá (PMDB) e foi aceita de pronto pelo Conselho que, além de ouvir Renan abriu novo prazo para a continuidade da perícia da Polícia Federal considerada não conclusiva ela exigüidade de tempo para a investigação.

Outra decisão importante tomada pelo presidente do Conselho, Sibá Machado, foi a confirmação de que o processo contra Renan já está aberto, e dessa maneira, o Relatório Cafeteira e o aditivo do relator substituto, Wellington Salgado (PMDB), foram derrubados. Dessa maneira, Renan não pode mais renunciar e fugir da inelegibilidade por oito anos, caso tenha o mandato cassado.

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Covardia: Quatro deputados fogem da Navalha

Fracassou a criação de uma Comissão de Inquérito para averiguar as investigações da Polícia Federal na Operação Navalha por causa da retirada do requerimento das assinaturas de quatro deputados. São eles, deputados Clodovil Hernandes (PTC), Edgar Mão Branca (BA), Ribamar Alves (PSB) e Vinícius Carvalho (PTdoB).

Por causa da covardia destes parlamentares, pressionados pelo PT – governo, a Câmara Federal não poderá investigar fraudes em licitações de obras públicas descobertas na Operação Navalha, deixando impunes os corruptos e corruptores nelas envolvidos.
O deputado Júlio Delgado (PSB), um dos autores do requerimento pedindo a criação da CPI, desistiu da luta empreendida para passar a limpo a relação incestuosa de empreiteiras e políticos.

Para o socialista, “Para mim acabou. Não tem mais jeito”; e reconhece que “fica claro que mais de dois terços da Casa não quiseram elucidar os fatos”.
Há, entretanto, a possibilidade do Senado Federal, onde nenhum dos 27 requerentes acovardou-se, de que seja apresentado um pedido para investigação no âmbito da Alta Câmara.

Vôos procedentes de Brasília foram suspensos

O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, declarou suspensas as decolagens no Aeroporto de Brasília, no final da tarde de hoje (dia 20). Somente os aviões com destino a Palmas (TO) e Goiânia (GO) foram autorizadas a decolar. Tudo se deveu a uma queda na freqüência do sistema de radares do Cindacta 1, em Brasília.

A situação só se normalizou cerca de 18h00, quando a Aeronáutica autorizou que as aeronaves destinadas para as regiões Norte e Nordeste levantassem vôo, mantendo a suspensão dos vôos para as regiões Sul e Sudeste.

Embora os controladores de vôo sejam responsabilizados pelo problema por supostamente realizarem uma “operação tartaruga” que está sendo investigada pela Aeronáutica, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo – Decea, informou que o Cindacta-1, ganhou 10 novos monitores nesta quarta-feira o que parece um reconhecimento de que estava certa a argumentação dos controladores de que os equipamentos não tinham condições de trabalho.

O brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Decea garante, porém, que os monitores substituídos não eram obsoletos e a troca já estava prevista. “Já havia um planejamento para a troca. Prefiro não fazer especulações sobre o motivo dessa posição deles (dos controladores) que já sabiam que os consoles (monitores) seriam implantados nesta quarta-feira.

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Renan se dispõe comparecer na Comissão de Ética

Por intermédio do líder do PT – governo no Senado Federal, Romero Jucá, Renan Calheiros mandou dizer ao Conselho de Ética 15 minutos atrás, que está disposto a comparecer numa sessão a ser convocada para amanhã, às 17h00.

Para ganhar tempo e impedir o aprofundamento das investigações solicitadas pela Polícia Federal, o Presidente do Senado – acuado até por antigos aliados – deverá se submeter à sabatina dos membros do Conselho

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