GUERRA E PAZ
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)
Não trato do esplêndido livro de Liev Tolstói – de quem guardo profunda admiração – dos amores romanceados por ele, de aventuras, de Napoleão na Rússia enfrentando o general Inverno; mas as consequências de uma guerra.
Como inimigo de qualquer conflito armado, faço a leitura do besteirol (outros acham caduquice) de Joe Biden, numa entrevista à CNN, afirmando que o seu governo, mesmo enfrentando o Congresso, continuará enviando armamentos, inclusive bombas de fragmentação, para a Ucrânia.
Revelou ainda que esta “ajuda” visa acabar a guerra sem contar com a unanimidade dos aliados da Otan. Disse ainda que gostaria que o apoio ocorresse para justificar uma intervenção direta contra a Rússia ao lado do governo de Zelensky.
– “Se a guerra estivesse acontecendo com um membro da Otan, estaríamos todos em guerra com a Rússia”, enfatizou Biden. O porquê destas declarações coincidem com o anúncio de que é a produção e a comercialização de equipamentos bélicos que estão salvando os EUA da recessão.
Do outro lado, esse retorno idiota à “Guerra Fria”, vimos Putin se garantir com o apoio político, diplomático, econômico e militar dos países de economia emergente e da China; e que está à espera de que cresça a insatisfação dos europeus contra o manobrismo norte-americano na Otan.
Pela fala tresloucada destes protagonistas no palco ucraniano, com o envelhecido script que revive o temor de uma guerra atômica mundial. Por eles exala o fedor nauseabundo de ameaças de uma catástrofe contra a civilização .
Esta asquerosa contaminação se espalha pelos ares do Oriente Médio quando inadvertidamente (ou criminosamente) os “duros” do Exército Israelense enviam drones sobre o Líbano ferindo a soberania do país com a justificativa de matar líderes do Hamas ali domiciliados.
Alguém já disse que este ataque um país neutro se trata de mais um desequilíbrio fomentador de conflitos na região aonde se sedia o Hisbolá; obteve grande repercussão na Europa, e, no Líbano, Antony Samrani, editor-chefe do jornal L’Orient-Le Jour, deixou claro num editorial: “Se o Hisbolá não fizer nada, abre o caminho para mais ataques desse tipo em sua fortaleza. Mas se a reação for forte demais, abre o caminho para a guerra total.”
É preciso advertir o mundo para este perigo. Internamente no Estado de Israel já se multiplicam as manifestações pacifistas contra a fúria extremista de Netanyahu. Estes protestos deveriam ser copiados pelos amantes da Paz contra a insanidade armamentista fomentada pelo complexo Industrial-Militar dos EUA.
Igualmente provocadores de guerra, temos também no Extremo Oriente, a China e sua consideração de que Taiwan é uma “província rebelde” que poderá sofrer uma intervenção militar; e, como no caso da Ucrânia, os EUA intervêm lá, apoiando Taiwan.
Como testemunho de ações e pretensões bélicas, tivemos agora na Península Coreana, o chefe de governo da Coreia do Norte, Kim Jon-um, pedir uma prontidão militar para enfrentar uma guerra; e exigiu maior eficácia na produção de armas ofensivas. Ao seu redor, encontra-se também os EUA dando cobertura à Coreia do Sul e ao Japão.
Vemos que esta polarização planetária aumenta o perigo de uma guerra atômica mundial, que se trata Trata de uma oposição ao humanismo, à alegria, à concepção e à felicidade, tanto individuais como nacionais, em todos os povos do mundo.
Enfrentando o galope do Apocalipse, coloco-me contra a mortandade de civis e a destruição de cidades. Este cuidado leva-me a Einstein, genial físico e ainda melhor pensador lúcido e independente, que preveniu: – “A próxima guerra mundial trará uma nova arma secreta, depois da qual a arma secreta da outra guerra será uma atiradeira de arremessar pedras…”
O MUNDO ESTÁ CHEIO DE MONTROS, MESMO ASSIM NÃO ALIMENTE SEUS MEDOS, ALIMENTE SEUS SONHOS! POIS A GUERRA SÓ ACABA QUANDO OS DOIS LADOS DIZEM ” A GUERRA ACABOU.”