Lewandowski nega “faca no pescoço”

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Em uma semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricado Lewandowski, se envolveu em dois episódios que provocaram constrangimentos junto a seus colegas na Suprema Corte. O primeiro, quando veio a público o teor dos e-mails que trocou com a colega Carmen Lúcia e o segundo com a publicação de trecho de conversas suas por telefone, publicadas nesta quinta-feira na Folha de São Paulo. Nos dois casos, ele tratava do julgamento pelo STF dos 40 envolvidos no caso do mensalão.

– Estou acabrunhado – afirmou.

Ao blog, Lewandowski fez questão de dizer que quando falou em “faca no pescoço” – numa conversa por telefone com seu irmão Marcelo, ouvida pela repórter da Folha Vera Magalhães – ele se referia a situação que ficou depois da publicação do teor das mensagens eletrônicas que trocou com a ministra Carmen Lúcia. O jornal Folha de São Paulo diz que ele teria dito ao interlocutor que “o STF votou com a faca no pescoço”, atribuindo a pressão à mídia.

– A conversa foi um desabafo com meu irmão, meu querido irmão que se solidarizava comigo por conta da divulgação dos e-mails – disse Lewandowski, acrescentando que não houve pressão qualquer e que não mudou o voto, embora tenha discordado várias vezes do relator do processo, Joaquim Barbosa.

Ele disse que tinha dúvidas sobre aspectos do processo e, por isso, recorreu às mensagens eletrônicas para diálogos com assessores de seu gabinete e também com colegas – no caso a ministra Carmen Lúcia – porque “são instrumentos de trabalho”. Lewandowski foi o único voto contrário ao enquadramento de José Dirceu no crime de formação de quadrilha. Ele fez questão de dizer que não sofreu qualquer pressão e que não conhece nennhum dos 40 indiciados.

– Posso ter apertado a mão de um ou outro numa solenidade – afirmou.

Fonte: blog da Cristiana Lôbo

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