FASCISMO
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Escrevo às apalpadelas no silêncio e pelo caminho descubro partículas de verdade” (Izabel Allende)
Não me venham com chorumelas, é fascista o grupo político que adota o slogan “Deus, Pátria, Família” da Ação Integralista Brasileira, partido criado por Plínio Salgado cópia tupiniquim do Partido Nacional Fascista (Partito Nazionale Fascista), de Benito Mussolini
E o que vem a ser “Fascismo”? Pela História, é a representação política, como ditadura totalitária, de grupos políticos, econômicos e financeiros. Nasceu na Itália (1922) e teve a sua maior expressão na Alemanha como Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Surgiu também notadamente na Bulgária, Espanha, Hungria, Polônia, Portugal e Romênia.
Na Itália, atuou como imperialista levado pelo ímpeto personalista de Mussolini, na Alemanha, pelo racismo e o conceito da “raça superior”, na Espanha, Bulgária e Finlândia com caráter militar, na Hungria e Portugal com base mística, religiosa. Nos países em que ocupou o poder houve uma disposição comum, nacionalismo extremado, racismo e anticomunismo.
Estabelecido como governo, o fascismo usou a máscara de “nacional socialismo” para disputar com os sociais-democratas e como reação aos sindicatos de trabalhadores cujos membros esquerdistas foram presos. Sob este manto, competiu com os círculos científicos, culturais e estudantis.
Assim, criou sindicatos governistas e/ou partidários, facilitando o ingresso dos membros a empregos, condenou a intelectualidade independente, artistas, escritores, teatrólogos e cineastas, que foram perseguidos “por sua cultura judaica”. Recrutou estudantes para organizações partidárias financiando-os, e impondo-lhes a ideia do sangue racial para um futuro hegemônico.
Outro ponto digno de nota era a promessa das lideranças fascistas de uma “ruptura radical com o passado”, sob um governo totalitário “de direita”; copiando o exemplo da ditadura do proletariado imposta na URSS stalinista.
As experiências históricas registradas na Alemanha e na Itália são abomináveis, com
os campos de extermínio de eslavos, ciganos e judeus; fogueiras de livros de “origem semita e marxista” e a negação da Democracia como um regime liberal, “burguês-capitalista”, sustentando-se no ateísmo e imoralidade.
Na verdade, os partidos fascistas por seus líderes, pregavam para as massas um “revolucionarismo verbal”, mas praticavam um conservadorismo obscurantista e se fortalecia pela valorizando e fomentando o aparato militar.
Dessa maneira, encontramos os discursos dos mandatários fascista e nazista; Mussolini, tinha no seu escritório uma flâmula com os dizeres: “Todos os homens são idiotas; alguns são idiotas engraçados; Deus me livre desses humoristas chatos”. E no seu longo discurso já no governo, vociferou: – “Muitos italianos ainda conservam o pensamento podre de uma Democracia; nego a estes senhores o direito de falar em liberdade”.
Quanto a Hitler, na sua doutrina exposta no “Mein Kampf” (Minha Luta), encontramos a expressão máxima do racismo: – “As causas exclusivas da decadência de antigas civilizações são a mistura de sangue e o rebaixamento do nível da raça”, e chega a uma conclusão condenável por quem tem cabeça de pensar: – “Só depois da escravização de raças inferiores será para eles ter a mesma sorte dos animais domesticados”.
Estas falas de Hitler e Mussolini citadas, são encontradas nos livros “Minha Luta”, Edição Mestre Jou, e “O Dia do Leão”, biografia de Mussolini, da Editora Nova Fronteira.
Chega à lembrança a forma de como seus fanáticos seguidores agiram para tomada do poder, a Marcha sobre Roma e a “Noite dos Cristais”, nome dado ao quebra-quebra promovido pelos nazistas deixando cacos de vidro nas ruas, das janelas estilhaçadas das sinagogas e vitrines de lojas dos que não aderiram. Depois veio a “solução final”, o massacre de opositores de judeus.
Nesta síntese da história dos fascismos italiano e alemão (que podemos classificar como clássicos) contribuímos para ajudar a combate-los nas suas cópias histriônicas e façanhudas, mas sempre danosas pelas marchas totalitárias e o terrorismo vandálico, como assistimos na tragédia de 8 de janeiro em Brasília.
Um dos perigos que a Humanidade atravessa é a vulgarização do sofrimento. De tanto assistir a ele pela pela necessária mídia, parcela dos povos pode passar a tê – lo como coisa que não possa ser mudada. Eis o assassínio da tranquilidade entre pessoas e nações quando se deixarem arrastar pelo ” irremediável”. Ora, tudo é possível melhorar ou corrigir nesta vida.
Se, pelo massacre das notícias trágicas, as famílias se acostumarem ao absurdo, este irá tomando conta da sua existências.
As Leis Divinas governam os destinos da Terra. Pena que a maioria dos Seres Humanos não saiba disso.
Maravilhoso o artigo, querido Miranda.
Vou salvar para meus filhos lerem.
Parabéns por fazer luz a quem tanto precisa.
Grande abraço,
Maria Joana
Muito triste ,a única diferença para mim não t a mistura das raças , mas a subjugação das mesma , no descobrimento os negros eram escravos ,foram libertos , a maldade humana sempre imperando , hoje pensam escravizar brancos e negros só que de maneira irracional , deixando a maioria na miséria total para ter domínios sobre elas com migalhas , só que tudo tem um preço pra Deus , ELE tarda ,mas não falta ,esperamos os próximos capítulos 🙌