EXPRESSIONISMO

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Chora-se no mundo/ Como se o bom Deus houvesse morrido, / E a plúmbea sombra que cai/ Pesa como um túmulo. ” (Else Lasker-Schüler)

Nos fins do século 19 e começo do século 20, surgiu um movimento artístico, primeiramente se manifestando na pintura que se impôs e atingiu todas as produções culturais de vanguarda, entre as grandes guerras de 18 e 45, chegando ao cinema, à fotografia e ao cartazismo.

Na sua origem seus defensores à definiram como a “arte do instinto”, que transmitia os sentimentos humanos. Dicionários definem o substantivo masculino “expressionismo” como uma figuração que procura retratar, não a realidade objetiva, mas as emoções que acontecimentos, objetos e seres viventes suscitam no artista.

A pintura foi a mãe de todas as demais manifestações. Hoje realçam nos museus os principais precursores do movimento, como o célebre “O Grito”, de Munch, “Mulher com uma Flor” e “Cristo Amarelo”, de Gauguin, e “Girassóis” e “Caveira com cigarro”, de Van Gogh.

Os pintores expressionistas abstraíram-se da realidade, com figuras destorcidas e cores incomuns, fortes e vibrantes, reproduzindo seus extremos emocionais como figuração. A representação expressionista também se fixou como uma referência à música atonal, com os compositores vazando na harmonia as suas emoções mais intensas e profundas, distorcendo, de certa maneira, o clássico romântico.

No Brasil, Anita Malfatti foi a pioneira e sua obra mais significativa é “A Mulher do Cabelo Verde”. Foi numa exposição de Anita que Mário de Andrade tomou conhecimento das correntes de vanguarda que ocorriam no Velho Mundo e inspirou- o a promover a Semana de Arte Moderna.

Posteriormente, uma mistura de “Anti-romantismo, “Realismo” e “expressionismo”, estabeleceu-se entre nós, na pintura, com Portinari, que se revelou ao mundo com o seu mural “Guerra e Paz”, na literatura, romance e poesia, notabilizando o realista Machado de Assis, os poetas da chamada “Geração 45”; Niemeyer na arquitetura, e também na música, com Vila Lobos.

Fugindo das formas concretas como são expostas aos olhos, o expressionismo veio para ficar, sustentado pela grafitagem nos muros e paredes das ruas, no cartazismo político e na decoração de interiores.

Nos dias de hoje, a configuração expressionista, mais psicológica do que real, alcança todos os espectros da vida social, política e econômica.

Vai das relações humanas mostrando insegurança e na economia aplicada nas jogadas do câmbio e passa pela política com a demagogia e enganação reinantes. Constatamos tristemente que vai também à religião com a exploração dos medos, do sentimentalismo e da tendência primitiva ao fanatismo.

É marcante o caso recente da exploração emocional na propaganda lulopetista baseada na presença de um auto assumido “assessor do Papa”, que trouxe uma relíquia enviada pelo pontífice para o preso por corrupção Lula da Silva.

Os órgãos de agitação e propaganda do PT divulgaram a notícia pelas mídias ao seu alcance; o desmentido do Vaticano demorou quatro dias para chegar, dando vaza à crença popular na mentira; e chega virtualmente em padres que se manifestam como típicos cúmplices da corrupção institucionalizada nos governos petistas.

Não conferi; mas divulgou-se que a corte papal apagou na rede social o desmentido, mantendo implicitamente a condição do sindicalista argentino petista Juan Grabois como assessor de Francisco. Isto transfigura a respeitabilidade e a isenção da Igreja Católica para os brasileiros que lutam contra a corrupção.

3 respostas para EXPRESSIONISMO

  1. Vivian disse:

    Muito bem ilustrado nos paralelos tão necessários à compreensão. Ótimo texto!

  2. FÉ E RAZÃO SÃO AS DUAS ASAS QUE NOS AUXILIAM NA ASCENSÃO ATÉ DEUS:
    O Expressionismo vai das relações humanas mostrando insegurança e na economia aplicada nas jogadas do câmbio e passa pela política com a demagogia e enganação reinantes. Constatamos tristemente que vai também à religião com a exploração dos medos, do sentimentalismo e da tendência primitiva ao fanatismo.”
    O pai da Miriam Letão foi um grande pregador presbiteriano falecido no mesmo dia do 1º papa Simão Pedro, mas do ano de 1999.
    Sou católico, mas durante 7 anos frequentei a escola dominical onde o pai da jornalista global era pregador e o vi ensinando em alto e bom som é uma parábola da criação do Cosmo que já exste há 15 bilhões de anos e do planeta Terra com mais de 5 bilhões de anos
    Antes do Papa João Paulo II escrever a encíclica “Fides Et Ratio”, testemunhei Miriam Leitão afirmando no Bom Dia Brasil que: “Não existe incompatibilidades entre verdades religiosas e verdades científicas. O fato é que a Fé está na vanguarda da Ciência. A Fé vem ensinando há 6 mil anos que seres de outros planetas, referidos como “anjos de Deus” em Gênesis 06:01: a 04, que desciam até a Terra para terem relações sexuais com as belíssimas filhas dos Homens.
    Vejam em Gênesis 03:03 e 03 que a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal está no coração dos homens e mulheres, expresso como plantada no meio do Jardim: Segundo Uriel de Almeida Leitão o despertar para o Bem e para o Mal é uma referência em que os filhos se casam e são expulsos da Casa Paterna, pelo simples fato de se tornarem co-Criadores, da mesma forma como seus pais foram expulsos da casa dos seus pais.

  3. Se o conteúdo do seu último parágrafo for realmente verdadeiro , é deveras lastimável a posição do Vaticano !