Carlos Chagas

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VÃO TIRAR A BOLA DE CAMPO?

 

Está para ser divulgada mais uma rodada de pesquisas eleitorais sobre a sucessão do ano que vem, pelos três principais institutos. Datafolha, Ibope e Sensus   estão em  campo. O governo e o PT não apenas desconfiam, mas sabem, porque dispõem de meios para chegar ao âmago dessas três empresas, que os números ainda  não favorecerão Dilma Rousseff.  A candidata no mínimo manterá a distância que a separa de José Serra, se não tiver diminuído uns pontinhos. Ciro Gomes continuará mais popular do que ela, enquanto Marina Silva permanecerá onde estava.

É claro que surpresas poderão aparecer, já que as pesquisas se fazem bem próximo  do dia da divulgação, mas,  pelo jeito, pouco mudará da última pesquisa, pela experiência dos técnicos e até pelas sondagens feitas à margem do público, para efeito interno e para  clientes especiais.

Nada que possa desfazer os planos oficiais do presidente Lula de seguir adiante com a chefe da Casa Civil, mas se tudo continuar como antes, emergirá a constatação  de terem valido pouco os périplos pelo país, com a candidata a tiracolo.

Nem mesmo o  final do ano será prazo para Dilma decolar. Há tempo, no primeiro semestre do ano que vem, tem repetido o primeiro-companheiro, apesar das dúvidas de alguns dirigentes do PT.

Assim, a pergunta que se faz é se, na reta final do processo sucessório, continuarem as coisas como vão. Se, por hipótese, Serra e Ciro  passarem para o segundo turno, em outubro. Nessa hora, como  se comportaria o PMDB, por exemplo,  supondo-se que se tenha atrelado à candidatura oficial, indicando o candidato à vice-presidência? E o próprio PT, que não  morre de amores pelo ex-governador do Ceará? O meio-campo terá embolado de tal forma que muita gente supõe o ressurgimento de propostas  esdrúxulas como a do recolhimento da bola e a interdição do estádio, quer dizer,  da prorrogação de todos os mandatos por dois anos. É bom prestar atenção, porque devolver o poder aos tucanos, a frio, seus atuais detentores não admitem…

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