Ação de ditador falha, e protesto cresce no Egito

Protestos aumentam e já tem 100 mortos

A reforma ministerial anunciada pelo ditador Hosni Mubarak não acalmou a população e os protestos contra o governo se intensificaram em todo o Egito. Mais de cem mortos foram identificados apenas ontem, resultado dos confrontos entre os manifestantes que pedem mais democracia e as forças de repressão. A população nas ruas desafiava os tanques e exigia a saída de Mubarak, que governa o país há 30 anos e é aliado dos EUA. O governo fechou os bancos e, com medo de saques, comerciantes transferiram mercadorias para mesquitas.

O Exército, colocado nas ruas pela primeira vez desde os anos 80, não conteve os protestos. Em várias cidades, militares se confraternizavam com os manifestantes, que chegaram a escrever palavras de ordem até nos tanques.

 O tumulto no mundo árabe, iniciado com a queda do ditador da Tunísia há duas semanas, não dá sinais de arrefecimento. Ontem houve manifestações na divisa com a Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo Hamas e que faz fronteira com o Egito e Israel.