À mão armada

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Os brasileiros estão sendo assaltados à mão armada. Apoiados no “Exército de Stédile” os lulo-petistas, com a pressa de quem rouba, esvaziam os cofres do Erário e, não satisfeitos em criminalizar o governo e a política, montam um esquema de impunidade aparelhando o Supremo Tribunal Federal.

Com a recente prisão de João Vaccari Neto, determinada pela Justiça e executada pela Polícia Federal, emerge do mar de lama que inunda o País a atuação criminosa de um dos mais importantes hierarcas do PT, secretário de finanças do partido. Marx mostra a importância de Vacari, quando escreveu: “Quem controla a economia, controla o político e o social”

Assentado nos mais puros princípios do Direito Positivo, a decisão do juiz Sérgio Moro atendeu à denúncia do Ministério Público Federal que revela o tesoureiro do PT como o ativo operador da sigla nos desvios de verba apurados na Operação Lava Jato na Petrobras. É apontado em cinco depoimentos de delação, e um deles, ligado à empresa Toyo Setal, diz que recebeu orientação de Vaccari a repassar propina para uma gráfica ligada a sindicatos da CUT.

Levar Vacari à cadeia transpõe o imaginário popular e adentra de chofre na realidade nacional. Surpreendeu o PT-governo, o partido e seus satélites, estarrecendo a sociedade; ouvi relatos do entregador de compras de supermercado, de um motorista, do porteiro do edifício e de um conselheiro da OAB.

A bomba explodiu na cena televisiva, registrando o semblante entristecido da comentarista Cristiana Lobo, e também na opinião de colunistas da chamada “grande imprensa”. Enlutou os petistas que emudeceram nas redes sociais.

Uma nota cuidadosa da direção do PT, reunida às pressas, criticou a decisão judicial, considerando a ação policial “desnecessária”. Não faz a autocrítica por ter subestimado o envolvimento de Vacari na movimentação de recursos investigada pela Operação Lava Jato.

Por outro lado, o juiz Sergio Moro justificou a prisão ao dizer que, se ficasse solto, Vaccari teria influência para continuar praticando crimes ou atrapalhar investigações que envolvem até parentes do petista, refletindo sua clareza. A medida é aplaudida pela opinião pública e até aceita pelos militontos fanáticos, que assumindo a ilegalidade, consideram uma “prisão política”.

Esta cena policial se encerra. A seguir abre-se o ensaio da nova encenação: a dramática busca da impunidade para os personagens criminosos que arrombaram os cofres e destruíram a Petrobras. Este capítulo se desenvolve com o lulo-petismo – protagonista dos escândalos – acreditando que está no aparelhamento do Supremo Tribunal Federal a livrança dos companheiros e a própria sobrevivência do PT.

Cumpre-se este sinistro desígnio com Dilma indicando o “companheiro” Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no STF. Fachin não é um novo personagem na estratégia totalitária para o aparelhamento. Segundo relata o professor Leonardo Sarmento em seu brilhante artigo “Por que o ‘companheiro de PT’ Luiz Edson Fachin para o STF?”.

Escreveu o Constitucionalista: “Em 2010 já houvera sido cogitado na “era Lula” para ocupar uma das cadeiras, mas fez um tão entusiasmado pronunciamento em exaltação ao MST, que Lula declinou de sua indicação, estereotipando-o de “basista” demais.”

Imaginem! O Pelegão queimou Fachin como extremista e o professor Sarmento explica: “Fachin de fato é um daqueles adoradores dos ideias petistas, um verdadeiro petista de carteirinha amigo pessoal e de convicções.

Vejam; além do assalto à mão armada na administração pública, acometendo contra a Petrobras, Eletrobrás, Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES e outros órgãos menos importantes, de máscara e bazuca, Dilma e seus palacianos atacam o Poder Judiciário.

Nada mais seria preciso acrescentar nesta investida diabólica, criticada por juristas, advogados e aliados políticos, a não ser apresentando o padrinho de Fachin, o ministro Ricardo Lewandowski que dispensa comentários. Sinto uma grande pena de ver o senador Álvaro Dias arrastado no rabo desse cometa ameaçador. Acredito que seja apenas por ufanismo bairrista paranaense…

 

7 respostas para À mão armada

  1. vileite disse:

    E o pior é que eles não param com o assalto ” à mão armada” pois são uns insaciáveis.
    Fachin foi mais das bizarras escolha da Dilma , escolha essa que agride não só ao povo como aos poucos ministros honrados do STF.

  2. Miranda, não existe o que comentar. O seu artigo é incisivo e correto, apenas nos deixa um sabor amargo da bizarrice ufana que diz nos governar. Eu só me pergunto, como um ser tão desprezível, até pelo Lula, pode ser aprovado pelo nosso Congresso. Depois eu penso, ainda tem muitos milhões a solta, e a dignidade já foi esquecida por quase todos que se dizem eleitos…..O amargo não me abandona. Triste fim para quem tem Fé

  3. liviamarlene disse:

    Concordo em gênero e número com Célia Mancini.
    o que nos resta é não recuar e cobrar firmemente atitudes do judiciário sobre esta quadrilha de mal feitores. O Brasil está se desmantelando!

  4. Vicente Queiroz Filho disse:

    Diante da situação brasileira tal possível ufanismo bairrista do senador Álvaro Dias é completamente descabido e indigno de perdão. Fachin se mostra completamente ligado ao PT e ao MST em vídeo onde defende a eleição de Dilma, portanto indigno também de uma cadeira no STF possa ele ser exímio jurista sua posição tem relevância política indiscutível.
    Como você sempre diz “ditadura é ditadura”- concordo plenamente – precisamos, mais do que nunca lutar contra essa “infernalização” do Brasil.
    Que vença o bom senso de nossos parlamentares.

  5. Desconfio que eles acham que estamos cegos e surdos.

  6. Ivana disse:

    Excelente texto Miranda!
    Fachin tem tudo a ver com esse desgoverno e sua indicação ter sido referendada por Álvaro Dias foi, para mim, uma grande decepção.
    Vilete você tem conta no Twitter?
    Obrigada

  7. Luis Bastos disse:

    Caro amigo Miranda: realmente, teu vizinho deve ser teu amigo e uma pessoa de bem. Se não fosse, com certeza, NUNCA apoiaria esse vizinho em quaisquer discussões sobre a lisura de outra pessoa, sob pena de te tornar conivente e/ou da mesma debilidade. Aplique isso ao senador.. Grande abraço