Arquivo do mês: novembro 2014

CINISMO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol;com.br )

Enfrentando as ondas da irresponsabilidade, da incompetência e da corrupção, o PT-governo surfa num mar de lama, com habilidade nunca vista para derrubar o seu maior adversário, o povo brasileiro.

As permanentes e ininterruptas falcatruas dos pelegos comandados por Lula da Silva trazem como penduricalho uma rica adjetivação que as qualificam. Dentre a degenerescência das palavras não encontramos nada melhor para isto do que o verbete “cinismo”.

Hoje, alguém chamado de cínico é um desavergonhado, descarado, imprudente ou obsceno. É personalizado por Lula da Silva, ex-pelego da Volkswagen, ex-informante do DOPS e ex-presidente da República…

Quem não se lembra do estouro do mensalão, quando Lula, de Paris, reconheceu o crime e pediu desculpas ao povo brasileiro, condenando seus autores? E que, sem o menor pejo, cinicamente, se desdisse um mês depois dizendo que as denúncias eram um golpe contra o seu governo.

Lula é o mais perfeito modelo do cinismo: Recordemos que na campanha eleitoral recém finda, que num comício em São Gonçalo, Rio de Janeiro, após vociferar contra os ricos e as elites, foi se hospedar na suíte presidencial do Hotel Copacabana Palace, um dos mais caros na América Latina.

Mais recentemente, por causa de uma diarreia provocada pelas delações da Petrobras, Lula correu para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que é frequentado somente por milionários, pelos altos preços cobrados.

As designações de “cínico” e “cinismo”, porém, nem sempre tiveram a conotação pejorativa de dissimulação, descaramento, hipocrisia e, especialmente no caso brasileiro, de corrupto e corrupção…  Cinismo tem a origem grega ( kynismós ), e nos leva a um sistema e doutrina filosófica.

Fundada por Antístenes, discípulo de Sócrates, uma escola filosófica adotou o nome de Cínica por que seus fundadores se reuniam no ginásio Cinosargo, perto de Atenas, local que fora usado como canil. Assim, “cinismo” que deriva do grego kunikos, significa “que diz respeito ao cão”.

O cinismo de Antístenes e mais tarde de Diógenes, não condiz com a acepção moderna e vulgar da palavra; mas adquiriu posteriormente o sentido de indiferença e insensibilidade diante da realidade. Tal e qual fazem os pelegos lulo-petistas, e impudentemente faz a presidente da Petrobras, Graça Foster, negando na CPI da Petrobras no Senado irregularidades na estatal mesmo tendo sido informada cinco meses antes de que a empresa holandesa SBM Off Shore pagara propina para obter um contrato.

Com o mesmo sentido pervertido de cinismo e com desonesta irresponsabilidade age a presidente Dilma, enviando à Câmara dos Deputados um projeto que flexibiliza pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Se transformado em lei, esse aborto legislativo irá corromper a administração pública, deixando os governantes desobrigados a obedecer normas e limites financeiros, sem prestar contas de quanto e como gastam os recursos públicos.

O texto do “tapa-buraco” justifica as renúncias fiscais e as concessões de isenção em “caráter geral”, contra o que determina a legislação atual, que só permite renúncia de receita em concessões de isenção em “caráter não geral”.

Esse projeto-maquiagem, que merece o Prêmio Nobel do Cinismo para Dilma, é apresentado para justificar a irresponsabilidade e descumprimento das medidas estipuladas pela LRF distorcendo a realidade econômico-financeira do País em todos os sentidos, inclusive levando possíveis perdas para o exercício do ano seguinte!

Como se vê, até a historicidade da filosofia grega antiga é corrompida pelo lulo-petismo! Com isso, para a pelegagem no poder o cinismo fica para sempre com a figuração deturpada imposta pelo Império da Cleptocracia, onde a esperteza e a maldade dominam a política e a administração pública.

É preciso dar um “basta!” nesta triste conjuntura. Mobilizar e organizar o povo para a resistência, é uma tarefa de honra dos patriotas brasileiros!

 

 

Dominguinhos e Elba Ramalho

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Dominguinhos e Luiz Gonzaga

Hilda Hilst

Poemas aos Homens do nosso tempo


Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.


***********

Ao teu encontro, Homem do meu tempo,
E à espera de que tu prevaleças 
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças
E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa. 
As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei
Minha própria rudeza e o difícil de antes,
Aparências, o amor dilacerado dos homens
Meu próprio amor que é o teu
O mistério dos rios, da terra, da semente.
Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu

Compaixão e ternura e paz na Terra
Se ainda encontrasse em ti, o que te deu.


Leia a biografia de Hilda Hilst aqui

Skylark – Paul Desmond

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Christian Scott – The Eraser

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POVO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor/É o antro onde a liberdade/Cria águias em seu calor!” (Castro Alves – “O Povo ao Poder”)

O último pleito presidencial, embora com graves suspeitas de fraudes nas urnas eletrônicas e censurável método de apuração, teve um mérito: sacudiu o povo brasileiro para a participação direta na política.

Antes, houve o ensaio das manifestações de junho, com multidões reivindicantes sem lideranças profissionais, sem partidos enganadores; nem falsas bandeiras ideológicas; mas o movimento foi desvirtuado pela infiltração dos blacks-blocs e congêneres, financiados pela pelegagem no poder.

Agora é diferente. O povo, consciente da realidade, vai às praças com o claro objetivo de condenar o PT-governo. Assim, se torna impossível que os agentes provocadores impeçam os protestos contra a corrupção generalizada e a venda do País a potências estrangeiras.

O povo é o povo. Como palavra dicionarizada, sua definição vem do latim, populus. Historicamente, o povo romano possuía a condição de cidadania, decidindo nos “comícios” os assuntos de Estado; a turba desqualificada politicamente e os escravos não eram povo, mas “plebe”.

Na Idade Média, os franceses colocaram o povo no “Terceiro Estado”, sem direitos de cidadão. Atualmente, em alguns países onde a Democracia é mais do que uma palavra, o povo é o conjunto de indivíduos que constitui a Nação.

No português falado no Brasil, a palavra povo tem ambigüidades, algumas até com conotação pejorativa. No sentido culto, aprendi que a sociologia diferencia “povo” de “massa”; “povo” demarca segmentos sociais organizados, e a “massa”, a parcela alienada da sociedade.

Há um ditado antiqüíssimo que reza “A Voz do Povo é a Voz de Deus”. A origem é pagã, veio do ritual que se realizava no santuário do deus Hermes, na cidade grega de Acaia. O consulente fazia uma pergunta ao ouvido do ídolo, depois cobria a cabeça e se misturava com a multidão…  As primeiras palavras ouvidas por ele, respondiam por Hermes as suas dúvidas.

Da minha parte, acredito que a voz do povo é a voz de Deus. O poeta Castro Alves, símbolo do patriotismo, tem um belo poema “O Povo ao Poder”, com a vigorosa quadra que trazemos em epígrafe.

O povo brasileiro foi para as ruas no Dia da República, 15 de novembro. Enfrentou o poder dominante, a indiferença dos partidos e a mídia vendida que distorce a realidade e divulga a contra-informação.

Ainda assim, o número de manifestantes em São Paulo surpreendeu até para os seus organizadores; Reuniram também um numeroso e entusiasmado público as bravas cidades de Belo Horizonte, Campina Grande, Campo Grande, Maceió, Porto Alegre, Recife e Salvador. Calcula-se em mais de 300 mil pessoas participando dos atos contra o PT-governo.

Reconhecemos que em alguns estados o protesto contra a corrupção e a traição nacional do lulo-petismo não conseguiu mobilizar muita gente; mas realizaram-se demonstrações qualificadas. E isto nos leva a outra divindade, Jesus Cristo, que falando aos seus discípulos disse: “Quando três se reunírem em meu nome, estarei presente”. Assim ocorre com o amor à Pátria; basta três patriotas se juntarem que a bandeira basileira tremulará com eles.

E sempre virão mais, desde que informados do que ocorre no País empesteado de roubalheira dos pelegos lulo-petistas. A escandalosa espoliação  da Petrobras está escancarada, mas a 5ª coluna agindo para submeter o Brasil ao bolivarianismo ainda não está devidamente divulgada porque é uma espionagem silenciosa.

Os grandes jornais, porém, não podem esconder o fato de que esteve a pouco no Brasil o agitador chavista Elías Jaua, ministro do Poder Popular para as Comunas e os Movimentos Sociais da Venezuela. Veio com o beneplácito da presidente Dilma e reuniu-se em Guararema, SP, doutrinando e firmando convênio com o MST para organizar a revolução “que construirá a Pátria Grande, com capital em Havana”. Não é preciso dizer mais nada.

Então, voltemos a Castro Alves: “Existe um povo que a bandeira empresta/ Pr’a cobrir tanta infâmia e cobardia!…/ E deixa-a transformar-se nessa festa/ Em manto impuro de bacante fria!…

George Benson – In your eyes

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Art Tatum toca Dvorak

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Trombone Shorty – Buckjump

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