ENTREVISTA PROIBIDA

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“A fantasia é muito mais real que a própria realidade porque a fantasia faz metáforas com coisas que são verdadeiras” (Eduardo Spohr)

Com tantos advogados, jornalistas, entidades e até a ABI saindo em defesa desta aberração jurídica, a liberação de uma entrevista com Lula da Silva, condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, Levandowski atropelou o Fux e então, resolvi entrevista-lo…

Foi na “sala especial” em que o Pelegão se encontra na PF de Curitiba, adaptada para recebe-lo; é pequena, com 15 m², mas conta com banheiro completo e uma TV. É ali que funciona o QG da campanha eleitoral do PT, onde ele atua através de audiências com seu Poste e por bilhetinhos enviados aos seus subalternos nos estados.

As perguntas são formuladas por mim com as iniciais “MS” e as respostas, dele, “L”:

MS – “Como o sr. vê estas eleições presidenciais que decidirão o futuro do Brasil?

L – “É um desafio para os que querem implantar no Brasil uma democracia como fizeram os Castro em Cuba e Maduro na Venezuela. Veja bem, tenho quatro ex-ministros meus candidatos, Marina, Ciro, Haddad e Meirelles, que poderiam ajudar a “tomada do poder” como traçou o companheiro Zé Dirceu; mas prefiro o Haddad que é mais manejável do que a Dilma foi…”

MS – “Qual será a defesa, perante o eleitorado sobre a sua condenação e do Dirceu por práticas corruptas do seu governo com empreiteiras e facilidades do BNDES com ditadores “amigos”?

L – Os eleitores são influenciados pela militância que me apoia, pois foi doutrinada para achar as investigações do MP e da PF como “moralistas”. Tudo vale para ajudar a ocupação do governo. Dilma se expressou bem quando disse que “faria o diabo para ganhar a eleição”. As empreiteiras, os bancos e os jornais ganharam muito dinheiro para aplainar o nosso caminho para o “socialismo do século 21” como na Venezuela.

MS – Explique como coordena a campanha de dentro da cela como fazem os líderes do PCC e do CV. Quem são os mensageiros dos bilhetes e os destinatários?

L – “Não vou entregar a minha estratégia, nem dar nomes. Recebo o Haddad nas 2as. feiras e somente orientei os aliados do MDB a tirar o Meirelles da campanha e aos parceiros nordestinos para se afastar do Ciro. Este negócio de distribuir dinheiro não é verdade, pergunte ao Zé Guimarães…”

MS – “Será fácil convencer à militância que lhe segue sobre as alianças com Collor, Eunício Oliveira, Jáder Barbalho, Renan, Sarney e Valdemar da Costa Neto? ”

L – “Claro. Entre nós não há esta pregação de moral burguesa. Para implantar o nosso regime todos ficam de acordo. Não vê que xinguei os homossexuais de Pelotas e batizei as lésbicas nordestinas de “grelo duro” e ninguém me acusou de homófobo? Isso a gente usa para os adversários…”

MS – “Muitos observadores já admitem que o Bolsonaro pode ganhar no 1º turno; mas se não for assim e o seu Poste for para o 2º turno com ele, qual será a estratégia que o sr. vai adotar? ”

L – “A mesma de sempre. Sempre deu certo o vitimismo e a divisão dos brasileiros por castas e guetos. Não viu como as “mulheres” estão sendo mobilizadas? E espalhar que sofro perseguição, que sou preso político, coisa que engaja os “artistas” que ganharam bolsas Rouanet e os intelectuais” que abarrotam os empregos públicos no governo nas estatais e até em órgãos da ONU…”

MS – “Para finalizar, gostaria de saber o que irá fazer se a sua pretensão não dê certo, que Bolsonaro ganhe no 1º ou mesmo no 2º turno? ”

L – “Aí vamos levar o país ao caos, com invasão de fazendas pelo MST, de propriedades urbanas pelo Boulos e o Psol, greves da CUT – que deve criar um comitê para financiar agentes entre os caminhoneiros… E teremos apoio externo, dos governos amigos, da imprensa do Soros e até da ONU onde temos amigos…”

A entrevista se estendeu, mas não há espaço e entediaria os meus leitores com o mesmismo do Pelegão. Seja como for, dou uma amostra do que poderá ocorrer se por ingenuidade, mercenarismo ou má fé, esta “Coisa” volte a governar o Brasil de dentro da cadeia.

 

 

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