Arquivo do mês: janeiro 2015

Geraldo Azevedo – Dona da minha cabeça

http://youtu.be/wgITKxOHwPQ

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Raul Seixas – Cowboy fora da lei

Charlie Hebdo

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Não foi na escola, nem nos livros, as maiores lições de Democracia que recebi; foram do meu pai. Ele me dizia: – “Trate o engraxate (naquele tempo os havia) igual ao presidente da República (era Getúlio Vargas)”. E completava: – “Não permita que ninguém se imponha como superior a você e muito menos que lhe impeçam de falar…”

Com o tempo, aprendi formas eruditas de comprovar a justeza das teses paternas, e que a Democracia e Liberdade são irmãs gêmeas. As duas representam a garantia de proteção dos direitos humanos fundamentais, da expressão do pensamento e de adotar qualquer religião ou filosofia de vida.

Na adolescência mergulhei nas obras de Voltaire apaixonando-me pela sua participação na vida política e cultural do século XIX, e pelos conceitos válidos até hoje que deixou. Um deles se impõe nos dias turbulentos que atravessamos:”Eu não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las”. Refiro-me ao brutal atentado dos terroristas na França contra a revista satírica Charlie Hebdo.

Das charges publicadas pelo semanário ateísta francês de que tomei conhecimento, ri-me de umas, estive de acordo com algumas e achei inaceitáveis outras. Mesmo diante de provocações pesadas e incivis contra a crença religiosa islamita, eu jamais aceitarei a violência estúpida do terrorismo, acarretando destruição, morte e a sensação de insegurança. Em minha opinião, nada justifica isto, como quer meia dúzia de extremistas

Deixemos claro que a ação contra Charlie Hebdo não foi para vingar o Profeta, em que os tresloucados se arriscaram ao martírio na antevisão das 72 virgens no Paraíso prometidas aos jihadistas nos versos do Alcorão.

Se fosse por amor a Maomé, não teríamos uma impotente vigilante morta na calçada, pois não o ofendeu! Também nada fizeram contra o fundador do Islã os reféns, empregados e fregueses da mercearia kosher…

O que se viu, na verdade, foi uma investida totalitária, criminosa, contra a liberdade de expressão e de imprensa; crime, aliás, que se estendeu com o incêndio do jornal alemão Hamburguer Morgenpost.

Condenável é culpabilizar os cartunistas e redatores da Charlie Hebdo, vítimas da intransigência fascista contra a divulgação de idéias contrárias. Os defensores desta tese são cúmplices intelectuais da intolerância e dos assassinatos.

Em minha opinião, quem defende o Terror, mesmo com tímidos “mas, mas”, é contra a Liberdade que se afirma e se completa em si mesma como um amálgama no vitral colorido das várias democracias, unindo-as através de princípios e práticas que as distinguem de outras formas de governo.

Os brasileiros que sofremos hiatos antidemocráticos, principalmente nos períodos ditatoriais de Vargas, 1937-1945, e dos militares, 1960-1985, mas a reação intelectual de muitos permitiu-nos assistir ambos os regimes de exceção cair de podre.

E apodrecerão mais cedo ou mais tarde as ideologias mumificadas postas na vitrine para justificar ditaduras narco-populistas da América Latina e do Brasil, cujos chefes não compareceram à histórica manifestação de Paris em repúdio às seitas radicais do medievalismo contemporâneo.

Voltaire, no seu “Dictionnaire philosophique”, critica os costumes ridículos, as leis imperfeitas e as opiniões insensatas, mas defende o direito individual e coletivo às liberdades e aos deveres de todos que vivem em sociedade.

É por isso que venho conclamando os bem-pensantes a lutarem por um Brasil livre do chavismo canhoto que o lulo-petismo quer nos impor. A consciência patriótica nos obriga a defender os nossos direitos e a nossa liberdade, definida por George Orwell: “Se a liberdade significa alguma coisa, é, sobretudo, o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”.

 

Zé Ramalho – Mistérios da Meia-Noite

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Sapatos, ovos e CPMF

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

O presidente dos EUA George W. Bush  dava uma entrevista coletiva em Bagdá, em dezembro de 2008, quando o jornalista iraquiano Muntadar al-Zaidi tirou os sapatos e atirou-os contra ele.

Arremessar sapatos é um grave insulto no mundo árabe e Zaidi foi processado, dizendo em sua defesa que ao ver Bush sorrindo ao dizer “ter vindo se despedir do Iraque”, sentiu “o sangue dos inocentes mortos ou ficados órfãos no meu pé no momento”.

Sem querer, atirar sapatos como protesto foi além fronteiras iraquianas e as sapatadas se tornaram uma manifestação adotada mundo afora.

Nas eleições gerais da Índia, após uma verdadeira onda de sapatadas contra candidatos demagogos, um analista chegou a afirmar que o ato era “o máximo em arma não violenta”. Também chegou à Bélgica com acionistas do grupo financeiro Fortis atirando sapatos contra a diretoria da empresa

Assim, este estilo de insurreição pacífica inspirou comédias teatrais e televisivas, virou videogame e foi usado por grupos de relacionamento virtual na Internet. Mais antigo e conhecido é o costume de atirar ovos e tomates em desafetos, praticado principalmente pelas torcidas de futebol.

Ficaram na memória da crônica esportiva ocorrências entre simpatizantes do Treze de Campina Grande, do Flamengo e Botafogo do Rio e do Corinthians paulista. Todas aconteceram por causa de derrotas humilhantes, ou contra cartolas desacreditados ou técnicos repudiados.

Em comícios políticos e demonstrações partidárias aparecem aqui e acolá indicando descontentamentos ou evidenciando dissidências. Contra governos incompetentes ou corruptos, mostram-se como revolta pacífica embora sofrendo críticas, evidentemente, da imprensa adesista.

Não faz muito tempo, isto ocorreu na República Tcheca, com  Milos Zeman na presidência, quando grande multidão vaiou-o  e cobriu-o com uma saraivada de ovos durante um comício. A notícia trouxe um lado cômico, pois os seguranças de Zeman abriram guarda-chuvas para protegê-lo.

Ao assistir os repetidos atos terroristas nas manifestações populares de São Paulo e Rio de Janeiro, revolto-me pela leniência com que os governos tratam esses indivíduos mascarados, antidemocráticos, porque quem esconde o rosto não apresenta boas intenções. No Rio, em 2013, uma ala de disfarçados foi paga pelo PT para desestabilizar o governo de Sérgio Cabral, merecedor de protestos, mas não para sofrer atos violentos de vandalismo.

No dia 9, sexta-feira, em São Paulo, a marcha contra o aumento das passagens de ônibus repetiu a coação irrefletida dos black-blocs, atacando a polícia e fazendo quebra-quebra. Como gatos escondidos com o rabo de fora, atacaram o governador Alckmin e livraram a cara do responsável direto, Haddad, demonstrando inegável dependência partidária.

É preciso ter caráter, autonomia partidária (e coragem) para fazer valer o protesto pacífico das sapatadas e ovadas… E, da minha parte, considero até aconselhável fazer-se valer desse expediente para ganhar atenção da mídia e do público. Se entre os/as jornalistas que piedosamente (quase de joelhos) participam das entrevistas palacianas de Dilma houvesse um(a) de coragem, perguntar-lhe-ia a opinião sobre a volta da CPMF. Se a resposta fosse a favor, uma sapatada, por falta de ovos, nela!

Analfabetismo preconceituoso

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Pessoas pouco chegadas à cultura que fingem defender minorias políticas, raciais, religiosas e sociais, são useiras e vezeiras em usar a expressão “politicamente correto”.

O que vem a ser o “politicamente correto”? Não é coisa nova esse maquiavelismo empregado por extremistas para reprimir os que lhes contrariam. Está no antigo Index Librorum Prohibitorum da Igreja Católica, julgando livros com opiniões em desacordo com o Papa ou a Cúria Romana.

Recentemente, o emprego dessa expressão repressora foi adotada pelos partidos hegemônicos dos regimes totalitários. A América Latina dependente em tudo, inclusive de cultura, facilita esse analfabetismo preconceituoso do chavismo torto, estimulando a desavença social, intolerância religiosa, fobias comunitárias e sexuais, jogando pretos contra brancos e outros antagonismos a guisa da luta de classes…

É uma ferramenta política para agitação entre os incautos. É uma mensagem que cai bem no infinitesimal pensar dos dependentes do paternalismo populista; e os doutrinadores “bolivarianos” usam-na com técnica patrulhadora para isolar os adversários.

No Brasil, o lulo-petismo se aproveita do patrulhamento da linguagem para esconder a voracidade com que avança sobre as instituições e as riquezas do País. Foi assim que os pelegos corroeram e dominaram sindicatos e entidades corporativas e, do mesmo modo, assaltaram as empresas estatais e os fundos de pensão e depravam os poderes republicanos.

Servindo de bucha de canhão, mercenários são orientados para provocar os que combatem o aparelhamento do Estado e do Governo, que denunciam as distorções dos poderes republicanos e criminalizam o assalto à Petrobras e às outras empresas estatais.

Essa guerra atinge também a cultura nacional, deturpando o ensino da História do Brasil, desacreditando a Bandeira Nacional e nossos escritores Machado de Assis e Monteiro Lobato.

Com a chancela oficial, desvirtua-se o conceito filosófico da correção. Pela boca da hierarquia lulo-petista – o Brasil não evoluiu antes deles usurparem o poder; e a nossa literatura é um estorvo para os aparelhados nos ministérios da Cultura, da Educação e dos Direitos Humanos…

O quê não reza pela cartilha do partido é “politicamente incorreto”, afirmam, e deve ser vigiado, corrigido e até eliminado. No caso de Machado de Assis, um imbecil aparelhado no Ministério da Cultura propôs a versão do português casto para o lulês, pretendendo facilitar o acesso dos analfabetos aos seus livros. Quanto a Monteiro Lobato, o embargo surgiu numa proposta idiota de um “técnico” em gestão educacional.

O Ministério da Educação aparelhado por apedeutas, prontamente encampou essa piada sob aplauso de um tal Instituto de Advocacia Racial (Iara), possivelmente uma das ONGs penduradas nas tetas do Erário.

Não fora o STF, eles proibiriam a venda dos livros do escritor Monteiro Lobato e sua distribuição nas escolas da rede pública. A alegação para assassinar as jóias da literatura infantil como “Caçadas do Pedrinho”, “Fábulas de Narizinho e “Serões de Dona Benta”, baseia-se em argumentos mentalmente retardados… Ops, “retardado” é um termo politicamente incorreto…

Para o lulo-petismo “Caçadas de Pedrinho” agride o meio ambiente, além de conter racismo. Aliás, para a cretinice oficial dominante elementos racistas dominam toda a obra de Lobato. Apontam discriminação contra a bondosa Tia Anastácia, por ser empregada doméstica e negra, embora Dona Benta a “patroa branca”, dona do Sítio do Pica-pau Amarelo, a trate e considere como irmã.

O analfabetismo preconceituoso dos “socialistas bolivarianos” é intolerável para os letrados liberais e independentes deste País. E juntando a ignorância arrogante com a corrupção desenfreada que promovem não se precisa de mais nada para dar-lhes “um basta!”. Vamos à luta: ou ficar a Pátria Livre, ou morrer pelo Brasil!

Hipnose pela Propaganda

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Nós que navegamos na Internet, trocamos informações, fiscalizamos as autoridades dos três poderes e, no meu caso, não perdoando a corrupção institucionalizada pelo lulo-petismo e às ameaças do programa do PT às liberdades constitucionais, somos sempre apontados pelos petralhas de “tucanos”. Não é verdade?

“Elles” fazem nada mais, nada menos, do que usar um princípio da propaganda nazista, prescrito por Joseph Goebbels, em cartilha distribuída para os MAVs daquele tempo: “Princípio do método de contágio: Reunir os adversários em uma só categoria ou indivíduo.”

Goebbels, como a História registra, é o autor da célebre frase “uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade”. Como a mentira é uma constante nos círculos governamentais, e Dilma – presidente “reeleita” – usa-a até como exercício de respiração, é fácil ver o porquê dos bilionários gastos do PT-governo em propaganda.

Está nos dados oficiais e divulgados pela ONG Transparência Brasil, que dá acesso às informações sobre contas públicas, que no governo Dilma as empresas da administração federal indireta aumentaram gastos com publicidade em comparação com os dois mandatos do seu antecessor e mentor Lula da Silva.

Em 2014, ano eleitoral, as verbas de publicidade das empresas federais compraram espaço publicitário em 5.123 veículos. No governo Lula o dinheiro era distribuído para 2.688 meios de comunicação.  É o chamado “jornalismo chapa branca” com que a gente se depara cotidianamente.

Quando for distinguido nas redes sociais um defensor matreiro do governo (tem deles já defendendo as odiosas medidas anti-trabalhistas de Dilma) pode ficar certo: está mamando nas tetas do Tesouro. Jornais grandes, médios e pequenos, blogueiros e até tuiteiros, estão aí, nessa “boquinha”.

Nesse festival corrupto com o dinheiro público para garantir o projeto de poder totalitário do PT encontramos a predileção pelo controle das TVs abertas, fundamentais para atingir as massas, destacando-se entre elas a líder incontestável de audiência, a TV-Globo que em 12 anos faturou R$ 5,9 bilhões veiculando publicidade estatal da administração federal e das empresas estatais.

No século passado era o rádio que amplificava a propaganda dos regimes ditatoriais, fascistas ou comunistas. Dominar a radiodifusão foi uma medida adotada por Lênin e por Goebbels, espaço ocupado hoje pela TV aberta. E aí encontramos mais uma orientação do gênio hitlerista da propaganda: “Toda propaganda deve ser popular, adotando aos que se dirige o nível do menos inteligente dos indivíduos.”

Nas semelhanças que encontramos na marcha fascista do PT e seus satélites para implantação da degenerada ideologia bolivariana, encontramos no livro de Albert Speer “Por dentro do III Reich” um caso que dá em que pensar.

Conta Speer que nos estertores do nazismo fora ao Vale do Ruhr com planos para preservar as indústrias para a reconstrução da Alemanha. De volta a Berlim, seu carro sofreu um desarranjo na Vestfália e ele aproveitou o tempo para conversar com camponeses da região.

Espantou-se ao verificar que eles mantinham confiança em Hitler constatando o efeito que causara sobre o povo, a maciça e ilusória propaganda do partido e do governo. Mesmo sabendo que a guerra estava perdida, o povão confiava que Hitler tinha uma arma milagrosa que destruiria os inimigos.

Após pisotear a democracia, os nazistas transformaram a Alemanha em ditadura de um único partido e mantiveram uma intensa e permanente propaganda visando iludir para conquistar a lealdade e a cooperação de todos os alemães. Este é o sonho das tendências esquerdistas do PT, enfermas da doença infantil do comunismo a que se referia Lênin.

É assustador que essa conspiração contra a Democracia encontra o caminho livre nas instituições republicanas, e em entidades outrora respeitadas pela independência diante dos governos. Sindicatos, associações corporativas, “movimentos sociais”, UNE e CUT tornaram-se frentes políticas do PT. Aceitam a trágica ideia de queimar a Constituição de 88 no golpe “legal” acionado no decreto 8243.

Os patriotas brasileiros diante da trama diabólica da hipnose pela propaganda não podem nem devem cruzar os braços. Usemos todos os meios que o atual regime se obriga a aceitar, para expurgá-lo como um tumor obscurantista representado pela boneca articulada de Lula, Dilma Rousseff.