Arquivo do mês: dezembro 2014

A ficha caiu? Força Sindical também vai processar estatal. Anunciou que cobrará na Justiça perdas de 300 mil trabalhadores que usaram FGTS a conselho do PT-governo comprando ações da Petrobras. Para especialistas, se for condenada criminalmente nos EUA, empresa sofrerá duras ...

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OPERAÇÃO LAVA-JATO

MPF denuncia 35 pessoas. Entre os denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, 22 estão vinculados às principais empreiteiras do país.

O MPF (Ministério Público Federal) no Paraná denunciou nesta quinta-feira (11) 35 suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As penas podem chegar a 51 anos de prisão.

Dos 35 denunciados, 22 pertencem às empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Engevix, Mendes Júnior e Queiroz Galvão. Além deles, foram denunciados Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef. Completam a lista outros suspeitos de participarem das operações de lavagem de dinheiro, inclusive Enivaldo Quadrado, que já foi condenado por lavagem de dinheiro no mensalão. (UOL Notícias)

Veja a lista dos denunciados:

Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras

Alberto Youssef, doleiro

José Humberto Cruvinel Resende

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da Construtora OAS S.A

Carlos Eduardo Strauch Alberto, diretor técnico da Engevix Engenharia S/A

João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Construções e Comércio Camargo Correa S.A

Eduardo Hermelino Leite, alcunha ‘Leitoso’, diretor vice-presidente da Camargo Correa S.A.,

João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida

Sérgio Cunha Mendes, diretor vice-presidente Executivo da Mendes Júnior Trading Engenharia S/A

Carlos Alberto Pereira da Costa

Enivaldo Quadrado

Rogério Cunha de Oliveira, diretor da Área de Óleo e Gás (ANOG) da Mendes Júnior Trading e Engenharia

Angelo Alves Mendes, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A

Alberto Elísio Vilaça Gomes

Antonio Carlos Fioravante Brasil Pierucinni

Mário Lúcio de Oliveira

Ricardo Ribeiro Pessoa, responsável pela UTC Participações S.A.

João de Teive e Argollo

Sandra Raphael Guimarães

Marcio Andrade Bonilho

Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”, agente da Polícia Federal

Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades e deputado federal Mário Negromonte (PP-BA)

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS

Mateus Coutinho de Sá Oliveira, OAS

José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da Construtora OAS

Fernando Augusto Stremel Andrade, OAS

João Alberto Lazarri

Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia S.A.

Newton Prado Junior, diretor técnico da Engevix Engenharia S/A

Luiz Roberto Pereira

Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da divisão de Engenharia Industrial da empresa Galvão Engenharia S.A.

Jean Alberto Luscher Castro

Dario de Queiroz Galvão Filho

Eduardo de Queiroz Galvão

Waldomiro de Oliveira

O Tempo e a Paciência

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Tolstoi: “O tempo e a paciência são dois eternos beligerantes.”

A mitologia grega nos oferece o melhor exemplo da guerra entre a paciência e o tempo com o mito do rebelde Sísifo, que desafiou os deuses. Conta a saga da velha Grécia que Sísifo foi o mais astuto dos mortais, enrolando vários deuses.O maioral do Olimpo, Zeus, jamais perdou-o pela habilidade que tinha de iludir, seduzir e enganar. Quis puní-lo pela malícia atrevida que desmoralizava o poder divino.

Por um raro contra-senso na Mitologia, Sísifo morreu de velhice; inconformado, Zeus resolveu castigar a sua alma, condenando-a a rolar uma grande pedra com as mãos até o cume de uma montanha, sendo que quando chegava ao pico, a pedra descia montanha abaixo, para que a cena se repetisse eterna e pacientemente..

Assim nasceu a expressão “trabalho de Sísifo”, que inspirou Albert Camus a criar uma metáfora sobre os modernos prestadores de serviço cumprindo diariamente as mesmas tarefas. Quando fui bancário conscientizei-me desta situação, a enfadonha (e revoltante) rotina.

O pensar da vida vai de um átimo à eternidade, designando pouca duração como os insetos da família dos efemerídeos que só vivem 72 horas após atingir o estado adulto, ou completando os 500 e tantos anos na idade das tartarugas.

Confúcio, na sua sabedoria, abordando a dicotomia do breve e do prolongado, ensinou: “Mil dias não bastam para aprender o bem; mas para aprender o mal, uma hora é demais”. Este pensamento derruba todos os argumentos cúmplices em favor da quadrilha que assalta o País, saqueando tudo o que encontra pela frente e esgotando a empresa ícone do povo brasileiro, a Petrobras.

Durante vinte três anos a hierarquia do Partido dos Trabalhadores combateu a corrupção na administração pública; mas bastou apenas um ano após a eleição de Lula da Silva e a ocupação do poder, para que sufocasse os princípios da ética e da moralidade. A virtude e a honradez “delles” duraram de 10 de janeiro de 1980 a 1º de janeiro de 2003…

Quanto à militância petista, que teve destacada atuação no capítulo histórico do impeachment de Collor, murchou com os abraços sorridentes do impichado com Lula e Dilma. Aplaudiu por sem-vergonhice ou silenciou por vergonha.

Em minha opinião, Lula esbanjou honestidade nos seus discursos, mas levou no bolso a gazua de assaltante, que usou com perícia e arte.

Como 50 milhões de patriotas brasileiros, sinto a ânsia de acabar com o festival de roubalheira que o PT e seus sabujos implantaram no Brasil; mas pacientemente me pego a um pensamento de Howard Fast: “Esperemos, esperemos. A História tem seu próprio modo de ser verídica”.

Sinto, porém, que é duro esperar pelo fim do reinado dos pelegos, da roubalheira desenfreada e da impunidade, porque o tempo pode ser desmedido. Pode vir em dez dias, um mês, quem sabe, um ano, que o povo nas ruas com apoio das forças vivas do patriotismo, acabe com a corrupção generalizada nas instituições republicanas.

Na batalha da paciência contra o tempo, há uma medida unipessoal; o cronista Pittigrilli escreveu que para uma criança uma semana tem a duração de um ano e para o velho o ano tem a duração de uma semana”…A explicação lógica para isto vem do gigante da literatura russa, León Tolstoi: “Para um menino de cinco anos, um ano é a quinta parte da sua vida; para um homem de oitenta anos, é a octogésima parte…”

Com essa divagação, abro e fecho um parêntese na minha permanente luta contra a corrupção lulo-petista e suas ameaças fascistas à liberdade de expressão. Quero homenagear as amizades feitas no Twitter com as sábias palavras de Machado de Assis: “Que importa o tempo? Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos”.

 

Contas fajutas de campanha Sem poder negar a maracutaia, o empresário Carlos Cortegoso, fornecedor do PT agora afirma ser dono da Focal que recebeu R$ 24 milhões do PT, ficando atrás somente da empresa do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ ...

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LavaJato: PF investiga contrato entre José Dirceu e empreiteira A Polícia Federal analisa um contrato entre a empreiteira Camargo Corrêa, uma das empresas investigadas na operação Lava Jato, e o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção no "mensalão". Os documentos foram ...

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Os Três Porquinhos

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Nunca é demais discutirmos a cultura e a sua fatia que ajuda a formação do caráter das pessoas: A literatura infantil. Olhem em torno e vejam como as crianças da sua família que lhe cercam, conhecem a história d’ “Os Três Porquinhos e o Lobo Mau”; mas nem eles, nem os adultos que lhes contaram ou presentearam com livros, discos e fitas, sabem que o seu criador foi um australiano, Joseph Jacobs, nascido em 1853…

Estudioso do folclore inglês e irlandês, Jacobs deixou para o mundo essa historieta que se abrilhantou com uma magnificência de cores e de sons graças à genialidade de Walt Disney, com cinco lindos desenhos animados inspirados no The three little pigs and the big bad wolf.

A primorosa fábula foi transmitida oralmente no Brasil pela valorosa elite letrada da classe média, vilipendiada na Era Lulo-Petista, por ser letrada e classe média. Foram as vovós e as titias que divulgaram o rico fabulário mundial, desenvolvendo e multiplicando histórias vindas da Europa e da comunicação oral das mucamas recontando contos trazidos da África ou recebidos do folclore indígena.

A dita literatura infantil, porém, nem sempre foi infantil. Estudiosos dizem que se originou da coletânea oriental “As Mil e Uma Noites”, de contos populares indianos, egípcios, persas, chineses e árabes, de épocas remotas, perdidas no tempo.

A coleção traz as narrativas da jovem Sherezade encantando o sultão Shariar com a narrativa de histórias. Ele se vingava das suas mulheres por uma traição sofrida da sua esposa predileta com um escravo; então, se casava e cruelmente mandava matar a noiva após a lua-de-mel para não se arriscar mais à infidelidade.

Após diversas mulheres sofrerem esse triste destino, Shariar casou-se com a bela Sherezade. Tendo acompanhado as execuções e esperando a sua vez, Sherezade, para se salvar, havia criado um Plano B.

Decorou uma grande variedade de enredos (as novelas daquele tempo) e após o casamento, recolhendo-se aos aposentos reais e resolvidos os finalmente, começou a contar curiosas tramas  deixando em suspense o seu fim, ao raiar do dia.

Por ter despertado a curiosidade de Shariar negaceando a última parte da narração, Sherezade escapou uma, duas, dez, cem, mil vezes, estendendo as histórias do “Mercador e o Gênio”, “Simbad – O Marujo”, “O Ladrão de Bagdá”, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa”…  Após a milésima primeira noite, Sherezade com o Sultão apaixonado, apresentou-lhes os filhos nascidos do casamento e livrou-se do sacrifício, tendo reinado como sultana até a morte natural.

Por volta do século 18, essas aventuras chegaram a Europa pela tradução do francês Antoine Galland, e se espalharam pelo mundo ocidental. Inspiraram Bocage, Coelho Neto, Edgar Allan Poe, Jorge Luis Borges, Machado de Assis, Marcel Proust e Sá de Miranda. Até o nosso Millôr escreveu fábulas com essa procedência.

Esse fantástico tapete voador contribuiu e revelou Andersen: (“O Patinho Feio”), os Irmãos Grimm: (“A Bela Adormecida”, “A gata borralheira” e “Branca de Neve”) e Perrault: (“Chapeuzinho Vermelho”); enriquecendo a imaginação compõe a literatura infantil evocando o belo, o puro, a verdade e o proverbial ensinamento da honestidade.

Fábulas como “O Lobo e o Cordeiro” nos levam a combater o totalitarismo, a arrogância e o domínio da mediocridade que se afiguram na recente versão escatológica do lulo-petismo para “Os Três Porquinhos”, Cícero, Heitor e Prático, cujo lirismo e ingênua metáfora, estão sendo maculados.

Na sua extrema insensibilidade (e ignorância), Dilma personalizou-os com as figuras execráveis de Lula, Aloizio Mercadante e Rui Falcão; Três variantes patológicas do peleguismo narco-populista, da traição nacional e da irresponsável institucionalização da corrupção administrativa.

Os suínos dilmistas têm uma classificação mais política do que veterinária; são os porcos humanizados descritos na “Revolução dos Bichos” de Orwell, e, como tais, não podem ser respeitados pelos letrados, defensores da família e patriotas.

O Brasil não pode continuar a ser emporcalhado (no mal sentido) por quem desdenha a Pátria, a cultura e as tradições, com o desprezo por tudo isso que é a marca do PT-governo. Que voltem a fuçar a lama e comer o lixo dos sindicatos pelegos, de onde nunca deveriam ter saído!

 

 

SEITA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“O mestre disse: Pode-se induzir o povo a seguir uma causa, mas não a compreendê-la.” (Confúcio)

Dizem que as crises políticas, econômicas e sociais são uma espécie de adubo que favorece a germinação de idéias transcendentais. Pelo sim ou pelo não, o certo é que se multiplicam no mundo do aquecimento global o ressurgimento de crenças em forças sobrenaturais pelo mundo afora.

Assistimos várias tentativas midiáticas de ressuscitar o paganismo, ilustrado pela bruxaria, o surgimento de um califado moderno – estado islâmico – de xiitismo extremado (perdoem a redundância), pela multiplicação das tendências evangélicas e a revolução que o papa Francisco vem fazendo no Vaticano, já batizada de “Primavera Católica”.

Desde a reforma protestante, é o fato mais marcante da historicidade cristã o reconhecimento de Francisco pela existência dos padres casados, dos casais divorciados e dos homossexuais. Tão marcante este fato quanto a revoltado faraó Amenófis IV contra o politeísmo e oficialização do culto monoteísta no Egito.

Para Amenófis, o único deus reconhecido seria Aton, simbolizado pela radiação do círculo solar e assim, o faraó reformou-se a si próprio, trocando seu nome para Akhenaton (“aquele que adora a Aton”).

Há, porém, uma diferença entre religião e seita. Vamos ao dicionário: Religião – “Substantivo feminino, qualquer filiação a um sistema de pensamento ou crença, que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica, etc. – Modo de pensar ou de agir”; Seita – define-se no Aurelão como “Substantivo feminino, doutrina ou sistema que diverge da orientação geral, e é seguido por muitos”

Às vezes as duas se confundem. Os antigos povos do continente americano, astecas, incas e maias, tinham religiões que exigiam sacrifícios humanos. Os incas praticavam o infanticídio de primogênitos recém nascidos para oferecê-los ao deus Viracocha e no Brasil moderno, o ex-presidente Collor, segundo a sua ex-mulher Rosane, contratava os serviços de uma feiticeira, Maria Cecília (hoje pastora de um culto evangélico) para uma seita com rituais satânicos.

Um tuiteiro, Paulo Eduardo Martins, saiu-se outro dia com uma interessante colocação, escrevendo que “O PT é uma espécie de religião bizarra. Tem profetas, dogmas, tem fiéis, tem dízimo. Não tem santos, não tem Deus, mas tem um monte de diabos dispostos a construir um inferno”.

Em vez de usar “religião bizarra”, Paulo deveria ter se referido a “seita”, que dispensaria o adjetivo; no mais, está certíssimo. A seita petê tem um falso profeta, Lula da Silva, e o sacristão palaciano, Gilberto Carvalho que segundo o noticiário dos jornais testemunhou o primeiro sacrifício humano do PT, a imolação de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André.

Sacerdotisas, mais para bruxas, infestam o ministério do tabernáculo instalado no Palácio do Planalto e aseita da estrela vermelha tem também sacerdotes, distinguindo-se entre eles ofrade dominicano de codinome Frei Betto, pregador do extravagante socialismo bolivariano, agora colhendo assinaturas para transformar a democracia em ditadura do proletariado.

Uma das facções dedicada ao lulo-petismo é a ONG Educafro, que se propõe a ajudar negros saídos das escolas públicas a chegar à universidade, mas na verdade só realiza a doutrinação racista de jogar negros contra brancos, na tática fascista de dividir para dominar.

A Educafro tem como diretor executivo Frei David Santos, seguidor de Frei Beto, cuja prédica catequética é ameaçar estudantes com multas e perda da bolsa se não conseguirem assinaturas em prol do plebiscito fascistóide proposto por Dilma. Foram gravadas palavras suas: “É para nossa Entidade, ofensivo, que você deixe a missão para a última hora e opte pela multa de R$ 300,00”.

As missas negras da seita PT consagram a ida de crianças brasileiras para a Venezuela estudar o catecismo da Pátria Grande, que nega a Pátria Brasileira e institui uma capital em Havana.

A seita ou “religião bizarra” petista atuou nas últimas eleições chantageando beneficiários de bolsas em todo País dizendo que Marina e Aécio acabariam com o Bolsa-Família. Seus sacerdotes, depois, foram receber o viático do Petrolão, pelo culto ao diabo invocado publicamente por Dilma…

MEDALHAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Da última vez em que estive em Sampa, visitei a feira de antiguidades da Praça Benedito Calixto. Chamou-me a atenção uma banca que expunha à venda uma grande quantidade de comendas, divisas, insígnias e medalhas.

Eram peças de todo tipo de metal, do ferro ao ouro, fitas, faixas e cintas de cores diversas; interessando-me por uma roseta de crochê para uso na lapela, perguntei qual a origem, e o vendedor disse-me que patenteava uma medalha do mérito da marinha boliviana…

A História das medalhas vem de longe. Foram usadas desde a Mesopotâmia ao Antigo Egito, e ressurgiram do Ocidente, associadas às cruzadas e à Reconquista cristã da Península Ibérica, segundo a tese da doutora Camila Borges da Silva. Napoleão, um gênio da organização militar, serviu-se delas para estimular o desempenho dos seus lugares tenentes.

As comendas chegaram ao Brasil com Pedro Álvares Cabral, que era cavaleiro da Ordem de Cristo. E as nossas primeiras medalhas datam de 1809, gravadas pela corte portuguesa emigrada; mas a sua concessão exclusivamente nacional veio a partir da Guerra do Paraguai, adotadas pelo Exército e a Marinha.

No Império, existiram poucas Ordens e a distribuição de medalhas pelo imperador era restrita a personalidades de real valor. Comendadores e condecorados foram Caxias, Cândido Mendes, Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa e Saldanha da Gama.

Surgiram na República critérios descentralizados para outorgar essa honraria. Não era para qualquer um; com uma ou outra exceção, os dignitários distinguiam-se na abnegação pela coisa pública, no heroísmo e no patriotismo. Uma coisa era certa: o estigma do favoritismo, da falsidade ideológica e da corrupção não maculava os nobilitados.

A importância das medalhas hoje em dia, é ridículo. Banalizaram-se com a distribuição desregrada em concursos de beleza, torneios esportivos, exposições, efemérides cívicas e religiosas, ONGs fajutas, etc. etc. etc. e botem etc. nisso!

O insensato festival de medalhas também alcançou os círculos oficiais. Desviou-se da habilitação pessoal para a adulação e a troca de favores. No caso das medalhas de mérito, principalmente militares, é impressionante o desprezo pelo merecimento, abalando a confiança dos doadores.

Seria entediante repetir que tudo neste País piorou recentemente. Bastam as ilustrações que temos no noticiário da imprensa: A FAB condecorou a senhora Marisa Letícia Lula da Silva com a Medalha do Mérito Santos-Dumont, homenagem que dispensa comentários; e o guerrilheiro fujão José Genoíno, delator da Guerrilha do Araguaia na década de 70, exibe a Ordem do Mérito Militar.

As medalhas do Pacificador foram distribuídas largamente, alcançando os ex-deputados João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson, condenados na Ação Penal 470, o famoso “Mensalão”. E o chefe daquela lambança criminosa, José Dirceu, recebeu o título de comendador.

Dá vergonha constatar que todas as distinções aos mensaleiros se mantêm apesar das punições desabonadoras sofridas por atentados contra o Erário, as instituições e a sociedade. A preservação dessas comendas, portanto, desobedece aos princípios que regem as doações.

É “estarrecedor” listarmos os condecorados da República dos Pelegos, o chefe Lula da Silva, o PT e os petistas, ministros, o Congresso Nacional, setores do Poder Judiciário e generais colaboracionistas. Tais revelações imprimem a convicção de que este regime precisa ser derrubado para recuperarmos a honra e a glória do Brasil.

A subversão de valores reinante é tão descabida que uma agente de trânsito, no exercício da função, que enfrentou a ilegalidade prepotente de um juiz, em vez de ganhar uma medalha, foi sentenciada a pagar uma multa ao contraventor, por decisão de um desembargador igualmente inabilitado para a função que exerce.