Arquivo do mês: novembro 2014

John McLaughlin, Nando Carneiro e Egberto Gismonti – Heineken Concerts

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5ª COLUNA

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br )

“Que diabo estava acontecendo, quem lutava contra quem, e qual lado vencia, eis indagações bem difíceis de responder”                                                                         (George Orwell: “Lutando na Espanha”)

Quando eu era menino, ainda ecoava histórias e as canções heroicas da República Espanhola, traída pelos stalinistas e derrubada pelos fascistas alemães e italianos. Pelas simpatias do meu pai, que até pensou em alistar-se para ir à Espanha, não pude deixar de me apaixonar pela causa espanhola, republicana e democrática, que findou com a implantação da ditadura falangista.

Foi na guerra civil espanhola que surgiu a expressão “Quinta Coluna”. O general fascista Quepo de Llano, ao receber ordens de Franco para marchar sobre Madri com quatro colunas, disse na sua ordem-do-dia: “A quinta-coluna estará esperando para saudar-nos dentro da cidade.”

Quepo aludia aos inimigos da República da capital, militares, aristocratas cassados, padres ultramontanos e simpatizantes madrilenos do fascismo e do nazismo. Também agentes das embaixadas alemãs e italianas, e as polícias secretas desses países, a Gestapo (“Polícia Secreta do Estado”) e a OVRA (“Organização para a Vigilância e a Repressão do Anti-Fascismo”).

Como “quinta coluna” foi batizada a atividade de traidores que se relacionam e enaltecem o inimigo, que praticam sabotagens, soltam boatos e contra-informação. Os quinta-colunistas tornam possível “atacar de dentro”, conforme manuais militares.

A funesta expressão “quinta-coluna” foi largamente utilizada na 2ª Guerra Mundial, para taxar os colaboracionistas dos países ocupados pela Wehrmacht, e, no Brasil, usou-se o termo para os simpatizantes nazi-fascistas, quando Getúlio Vargas declarou guerra ao Eixo.

O quinta-colunismo está de volta ao Brasil atualmente. A pelegagem narco-populista no poder atua “de dentro” para subjugar o País ao “bolivarianismo”. E tudo começou com a parceria Chávez-Lula, numa explícita troca de interesses e cumplicidade.

Essa dupla armou uma arapuca contra o povo brasileiro, associando a Petrobras com a PDVSA para construção da Refinaria Abreu e Lima. A Venezuela não entrou com um único centavo nas obras, e abandonou-as sem formalizar o fim da “sociedade”. Isso – todos sabemos agora – tornou a Petrobrás refém dos interesses espúrios de “consultorias”, “empreiteiras” e políticos beneficiados com propinas.

Foi mais além essa ação de quinta-coluna: Os custos da Refinaria Abreu e Lima, saltaram da estimativa inicial de US$ 2,5 bilhões para um valor ainda incompleto de US$ 20 bilhões. Erros no projeto, incompetência, superfaturamento e roubo levaram a Petrobras para as páginas policiais da imprensa, desmoralizada.

Da sabotagem econômica, o lulo-petismo foi à traição nacional. No desembarque do ministro venezuelano chavista Elias Jauá Milano, registrou-se o colaboracionismo do PT-governo a países estrangeiros. A Polícia Federal deteve Jeanette Del Carmen Anza – babá do filho de Jauá – com um revólver calibre 38, Smith & Wesson, munição, e panfletos de propaganda.

Se o PT-governo tivesse um mínimo de seriedade, deveria ter mandado de volta o agente estrangeiro! Tremam nos seus túmulos, Barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco! Somos um País que a bandeira empresta para a infâmia de um governo e um partido que abdicam da nossa soberania?

A ditadura Chávez/Maduro que leva a Venezuela à ruína, está exportando o caos para toda América Latina. Aqui, este delito tem a co-autoria do Itamaraty ideologizado; conta um Ministério da Justiça subalterno ao chavismo, aceitando a pregação “revolucionária” estrangeira em território nacional. E a presidência da República, compactuando com o crime de lesa pátria, financia pelo BNDES a guerrilha bolivariana do MST cooptado pelo chavismo.

Vê-se que o PT, os petistas e seus vassalos “de esquerda” são quintas-colunas, pervertendo a República e solapando a Democracia para recolonizar o País. Diante disso, é preciso reagir, decisiva e urgentemente; a Pátria Mãe não pode continuar entorpecida vítima do narco-populismo. Reajam patriotas! Às ruas, cidadãos e cidadãs!

 

 

Scott Hamilton – Figaro

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Round Midnight – Bobby McFerrin + Herbie Hancock (Grammy 1987)

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Lee Ritenour – Etude

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Traditional Jazz Band – Blues in the air

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OPOSIÇÃO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Uma réplica oportuna revela um espírito atilado; a tomada de uma providência eficaz diante do perigo é indício de uma mente equilibrada”     (Clausewitz)                                                                                                                           

Menos de duas semanas após o anúncio do resultado oficial das eleições para a Presidência da República pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ainda persistem rumores, suspeitas e resistência às urnas eletrônicas, à forma como foi feita a apuração e com a direção de Toffoli, ex-advogado do PT, inspirando desconfiança.

Os números eleitorais resultantes dos votos válidos dão 51,64% dos votos a Dilma Rousseff, e 48,36% a Aécio Neves. Vê-se com este quadro um eleitorado dividido ao meio.

Não sei de onde veio e de quem partiu, mas sempre ouvi falar num princípio que reza: “Quem ganha eleição, governa; quem perde, faz oposição”. A “oposição” dicionarizada: origem latina, “oppositione”, substantivo feminino –  Vontade contrária; ato ou efeito de se opor ou se colocar contra algo ou alguém.

Fala-se de oposição no Código de Processo Civil com o oponente visando defender um direito seu disputado por outros; e, na política, refere-se a partido ou grupo de partidos contrários ao governo. Hoje temos também as redes sociais onde uma oposição atua ativamente.

Como fazer oposição? Antes de mais nada, precisa-se de um líder de boa formação, elegante, e com autodomínio, capaz de enfrentar o adversário; uma frente partidária consciente e leal; e, apoio da cidadania (temos 74% dos brasileiros insatisfeitos com a incompetência e indignados com a corrupção).

Aécio Neves defendeu no Senado Federal uma oposição institucional respeitando a Democracia, sem uma cisão nacional que leve à secessão federativa, sem rebelião subversiva e, principalmente, sem atos terroristas. Ele prega justamente o contrário do que a pelegagem lulo-petista defende e pratica.

Thomas Jefferson, um dos líderes da guerra de independência dos EUA, tem uma lição para a oposição: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. É isto. Manter ininterrupta e permanentemente a fiscalização nos atos do governo, da presidente da República, dos seus ministros, dirigentes de bancos públicos e empresas estatais. Nunca esquecer que camarão que dorme a onda leva…

Como líder das oposições, Aécio Neves mostrou equilíbrio diante do diálogo proposto pelo PT-governo; condicionou-o à investigação do Petrolão e punição dos criminosos, com base nas delações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Creio que quem votou em Aécio, quem se manifestou nas ruas pedindo recontagem de votos e contra a corrupção, os que estão dispostos a se manifestar no Dia da República contra o PT-governo incompetente e corrupto, estão satisfeitos em vê-lo conduzir com prudência a oposição;

A frente parlamentar oposicionista ao PT-governo é um caso à parte. Não pode fazer concessões; deve atuar sob a visão de que: “a mulher de César não precisa apenas ser honesta, mas parecer honesta”.

Urge protestar ao ver a Câmara aceitar por corporativismo e cumplicidade a permanência de André Vargas, corrupto e corruptor parceiro do doleiro Yousseff; e não ensaiar acordos com o PT para livrar João Vaccari Neto, distribuidor das propinas do Petrolão, e a usufrutuária de R$ 1 milhão, Gleisi Hoffmann.

Isto não pode ocorrer. Aliás, nos dois mandatos de Lula a oposição parlamentar praticamente não existiu; e no primeiro mandato de Dilma, foi uma vergonha. Em várias ocasiões calou-se – e perdeu tempo, prestígio e respeito –, como no caso imoral e criminoso de Palocci e o caseiro, envolvendo ilegalmente a Casa Civil, a Receita e Caixa Econômica.

Deputados e senadores oposicionistas precisam focar a Casa Civil, que virou um circo de horrores protagonizado por Dirceu, Palocci, Gleise e a amiga da Dilma, Erenice Guerra, fazendo desatinos; e Rosemary Noronha, transformando a representação paulista do Governo num lupanar.

A oposição parlamentar precisa de organização, ousadia e consciência da sua função, monitorada pelas redes sociais.

Olhemos a História do Brasil. Do Império até hoje, passando pela República Velha, ditaduras civis e militares e até no arremedo do que foi a “Nova República”, tivemos ações oposicionistas atuantes, sem colaboracionismo nem oportunismo. Isto é o mínimo que esperamos da atual oposição partidária. Que seja para valer!…

 

Lester Young – Blues for Greasy (1950)

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César Camargo Mariano e Wagner Tiso – Curumim

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Miles Davis