Arquivo do mês: setembro 2014

Quinteto Armorial – Revoada

 

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Luiz Gonzaga

Erasmo Carlos

http://youtu.be/BKSiTXXmuMo

 

 

 

 

 

 

Paulo César Pinheiro – O lamento do samba

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Paulinho da Viola

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Robert Frost

UM PÁSSARO MENOR

 

Quis, de facto, que o pássaro voasse

E próximo ao meu lar não mais cantasse.

 

Cheguei à porta para afugentá-lo,

Por sentir-me incapaz de suportá-lo.

 

Penso que a inteira culpa fosse minha,

E não do pássaro ou da voz que tinha.

 

O erro estava, decerto, na aflição

De querer silenciar uma canção.

 

Biografia de Robert Frost aqui

Caetano Veloso

T. S. Eliot

Os Homens Ocos

 

Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada

Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;

Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam — se o fazem — não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.

II

Os olhos que temo encontrar em sonhos
No reino de sonho da morte
Estes não aparecem:
Lá, os olhos são como a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Lá, uma árvore brande os ramos
E as vozes estão no frêmito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela agonizante.

Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me num campo
Como o vento se comporta
Nem mais um passo

— Não este encontro derradeiro
No reino crepuscular

(Trecho de “Os Homens Ocos”, de T.S. Eliot. Tradução de Ivan Junqueira)

Biografia de T. S. Eliot aqui

 

 

TITANIC

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

O engenheiro naval que projetou o Titanic, o luxuoso transatlântico da White Star Line, confiante de que o gigante do mar jamais iria a pique, mandou gravar na linha de flutuação o dístico com letras douradas: “No God, no Pope” (Nem Deus, nem o Papa).

Não há quem não saiba nas mais longínquas regiões da Terra, o que ocorreu com o navio, que cortado ao meio por um iceberg gigante, imergiu nas águas do Mar do Norte na noite de 14 de abril de 1912.

Como uma maria-vai-com-as-outras, o comandante do barco antes de zarpar de Southampton rumo à Nova Iorque, declarou à imprensa, cheio de arrogância e certezas: “Nem mesmo Cristo poderá pôr-me a pique”. Igualzinho a ele. os fanáticos lulo-petistas dizem que Dilma, o poste de Lula, não perderá esta eleição presidencial.

À frente da candidatura narco-populista flutua a consciência nacional. Os brasileiros bem informados, conhecedores das mazelas (bondade, são crimes) cometidas pelo PT-governo nesses 12 anos de poder, sabem que não será como “elles” esperam.

Por alheamento ou ignorância muitos colaboram como os passageiros do Titanic, com essa viagem desastrosa. Bastaria um pouco de patriotismo ou uma consulta à imprensa – mesmo nos grandes jornais regiamente pagos pela propaganda governamental – para saber o risco que correm.

Até os indiferentes que querem votar em branco ou anular sua intervenção, não o farão se conscientes dos riscos que correm com o fracasso econômico, o deperecimento das empresas estatais como a Petrobras e o desprezo pela Educação, Saúde e Segurança proporcionados pela pelegagem.

Isso feito, não se justifica um voto, ou a abstenção, na viagem fantástica da mentira e da fraude que se assiste a doze anos na condução da coisa pública no Brasil pelos lulo-petistas. Só os fanáticos, pequena fração eleitoral entre os beneficiários do aparelhamento da administração pública ou os favorecidos pelas bolsas disso ou daquilo, se acumpliciarão com a incompetência e a roubalheira.

Há também os que se fundem ao casco do Titanic bolivariano, temperados no aço da compra de votos mascarada de “política social”. O estaleiro corrupto do lulo-petismo constrói várias espécies de negociatas para cobrir fingidamente as promessas que nunca serão cumpridas.

Com isso, o repetido conto-do-vigário de Lula e dos seus parceiros igualou-os aos coronéis da República Velha. A única diferença é que no coronelismo o dinheiro saía do bolso dos candidatos, e agora subtraem o Erário. Distribuem-se casas populares, bolsas família, material de construção, cestas básicas, vales-transporte e próteses tipo a que apareceu na Bahia, um dia antes do ex-sorriso banguela aparecer na TV ao lado de Dilma…

A razão nos ensina que tudo o que tem começo, tem fim. É por isso que hasteamos a bandeira da Esperança para que o eleitorado brasileiro acorde vendo os corruptos lulo-petistas que navegam num oceano de mentiras.

Com as ondas da realidade estourando nos rochedos da fé inabalável dos patriotas em salvar o Brasil do aventureirismo, já aparecem os destroços da criminosa gestão dos pelegos. Fotografados, vêem-se dispersados os restos dos Correios, da Eletrobrás, dos fundos de pensão, da Infraero e da Petrobras…

Lula e Dilma, sobrenadando no entulho que produziram, só encontram salvação nos presságios do pré-sal ainda no fundo do mar, fora do alcance das benesses prometidas ainda por muitos anos.

Lembrando o fundo do mar, chega-nos à memória que foi em 2012 o aniversário de cem anos do naufrágio do RMS- Titanic, esmiuçado pela imprensa e romanceado em filmes hollywoodianos. Com ele afundou o mito do “navio inafundável”. Salvaram-se apenas 706 das 2.207 pessoas a bordo.

O Brasil também espera o afundamento do PT-Titanic, e que dele não escape um só pelego; que todos paguem com a perda das boquinhas e mergulhem no esquecimento popular pelo mal que fizeram a este País.

 

 

 

Eu Te Amo – Chico Buarque, Tom Jobim e Paula Morelenbaum

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