Arquivo do mês: junho 2013
Tárik de Souza
Epistemológico
patriamada fuzil
o ri
bombar de tuas fontes
patriamada, Brazil
o cor
cundar de suas costas
camaleão a sangue frio
macunaíma portátil, radinho
culhão e cachaça
reichmarcação
na psico-loja
dos prazeres
há de tudo um rosto
atos falhos
passaralhos
sanguessugas
turumbambas
negocêntricos
psicódigos
esquisogágicos
loucompletem-se todos.
Biografia de Tárik de Souza aqui.
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O GLOBO – Planalto minimiza vaia a Dilma; aliados fazem alerta
ZERO HORA – Vaias à presidente – Planalto abafa; oposição vê sintoma de desgaste
FOLHA DE SP – Dilma cortou discurso após receber vaias de torcedores
ESTADÃO – Protesto ganha apoio e governo descarta Choque
C. BRAZILIENSE – Vaias a Dilma fazem Planalto mudar estratégia
VALOR – PT tem dificuldade de lidar com movimento
J. DO COMMERCIO (PE) – Mesmo vaiada, Dilma vai à final da Copa
EST. DE MINAS – Protestos em clima tenso
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ARTIGO
Protestos violentos e vaias muito mais contundentes
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )
Como o Brasil de hoje me faz lembrar Castro Alves, ao poetar “Quando das ruas se eleva/ Do povo a sublime voz/ um raio ilumina a treva (…)”, o poeta do patriotismo brasílico, está vivo entre nós!
As manifestações de protesto pelo efeito mais direto da inflação no bolso do povo, teem um quê de patriótico e do despertar da nossa gente, diante da enxurrada de promessas não cumpridas – e sempre repetidas, para ludibriar os desavisados.
Alguns otimistas prenunciam uma “Primavera Brasileira”, capaz de varrer os erros acumulados de há muito, que ficaram claros como cristais nos desacertos e na desonestidade da Era Lulo-petista, com incompetência, mentiras, roubalheira e a voraz fome pela manutenção do poder.
Quem sabe se o aprendizado democrático do protesto popular não será a faísca, de que falava Rosa de Luxemburgo, para incendiar uma revolução? O cenário está pintado com o realismo da crise econômica, que o irresponsável Lula classificou de ‘marolinha’, e com a crise política provocada pela inaptidão e falta de autoridade de Dilma.
A agitação que se multiplica com rapidez por todo território nacional deve-se, em grande parte, ao despontar de novas lideranças estudantis, independentes da pelegagem que se apossou da UNE e outras entidades de classe. A juventude é o tempero no caldeirão efervescente da insurreição inconsciente nascida de reivindicações diversas que estavam reprimidas na sociedade.
Caindo oito pontos percentuais na popularidade, e talvez mais, nas pesquisas nem sempre confiáveis, Dilma sofre o julgamento popular pelos desacertos da economia maquiada e remendada, com os pacotes que revelam a covardia em realizar as reformas necessárias ao País. E também pela mediocridade da ação política, como se assiste no balcão de negócios sujos instalado no Congresso Nacional.
Os protestos, principalmente no Rio e em São Paulo, trazem uma face negativa, por causa da reação diante de uma polícia truculenta. Isto, porém, não lhes tira a justeza da demonstração democrática, nem inibe o aplauso dos que os consideram fundamentais para as mudanças que a Nação precisa.
Àqueles que condenam as ações de rua apontando as bandeiras dos partidos extremistas de esquerda, PCO, PSOL e PSTU, exageram, porque essas organizações não mobilizam ativistas com intenção de ir às ruas para fazer baderna e depredações. Não. Alguém levantou, com propriedade, que o que ocorre é a indignação da massa desacostumada ao exercício democrático, enfrentando uma polícia treinada e acostumada ao desrespeito ao povo e à repressão irascível.
O termômetro que mede os protestos populares é a feira; é a carestia encontrada nas prateleiras dos supermercados e a própria queda das vendas no comércio, pela perda do poder aquisitivo do povo.
E isto se viu mais contundente na reclamação pacífica dos torcedores brasilienses vaiando a presidente Dilma no Estádio Mané Garrincha. na abertura da Copa das Confederações. E não foi por acaso; os presentes ao jogo Brasil x Japão aplaudiram tudo, a dedicação dos voluntários, a entrada dos jogadores e a execução dos hinos dos dois países.
Os apupos começaram ao ser anunciados a presença e os discursos do presidente da colonialista FIFA, Joseph Blatter, de Marín, presidente da CBF, e de Dilma, que não se encorajou a falar. Blater pediu ´fair play´ aos torcedores, o que incentivou o recrudescimento das vaias nas arquibancadas lotadas…
Por duas vezes Dilma foi vaiada quando anunciada oficialmente. Fechou a cara e resumiu seu programado pronunciamento a uma frase: “Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações FIFA 2013”.
Testemunhas oculares garantem que a Presidente saiu do Estádio com lágrimas nos olhos; e, sem dúvida, mereceu este constrangimento. Que isso seja motivo para ela venha a refletir sobre os equívocos políticos e econômicos na condução do seu governo.
ESTADÃO –Protesto reúne torcedores em frente Mané Garrincha
C. BRAZILIENSE – Protesto e vaias
O GLOBO – Público vaia Dilma no Mané Garrincha
EST. DE MINAS –Blatter e Dilma são vaiados antes do jogo
ZERO HORA – Protesto contra a Copa tumultua ruas de Brasília
FOLHA DE SP – Estreia do Brasil tem vaia a Dilma, feridos e presos
J. DO COMMERCIO (PE) – Vaias a Dilma e mais protestos
Chamadas de 1ª página nos jornais de hoje, sábado, 15.jun.13
ESTADÃO – Petrobrás vende 50% de empresa na África ao BTG
C. BRAZILIENSE – Adin a favor dos novos partidos
O GLOBO – Após semana de batalha, Haddad pede negociação
EST. DE MINAS – Engenheiros indiciados por queda de edifício
ZERO HORA – Protestos: O risco do aumento da violência nas ruas
FOLHA DE SP – Alckmin defende PM e diz que protesto tem viés político
J. DO COMMERCIO (PE) – Eduardo prevê batalha no STF sobre partidos
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Carlos Ayres Britto
Conselho
Namore bem com a vida.
Deixe que ela seduza você.
Permita-se ter um caso de amor
Com ela,
Mas não pare por aí:
(…)
Faça tudo isso e prove da vida
Como do néctar das flores
Prova o colibri,
Sem se perguntar se existe outro céu
Fora daqui.
Biografia de Carlos Ayres Britto aqui.
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ESTADÃO – Paulistano fica ‘refém’ de bombas em novo confronto
VALOR – Manifestantes param quatro capitais contra aumento de tarifa
C. BRAZILIENSE – Protestos levam mais 60 à prisão
O GLOBO – Confronto se agrava em SP, com mais prisões e feridos
EST. DE MINAS – Protestos tomam conta do Centro de SP e do Rio
ZERO HORA – Protesto e depredação
FOLHA DE SP – Polícia reage com violência a protesto
J. DO COMMERCIO (PE) – Dia de pânico e violência
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Berilo Wanderley
Sangue e ópio
Os teus beijos ateus vão-se, deixando |
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Chamadas de 1ª página nos jornais de hoje,5ª-feira,12.jun.13
ESTADÃO – Dilma diz que contas estão sob controle
VALOR – Governo retira IOF em operação de derivativos
C. BRAZILIENSE – Presidente afirma ter inflação sob controle
O GLOBO – Governo zera imposto para tentar segurar dólar
EST. DE MINAS – Economia de guerra
ZERO HORA – Governo lança mais uma medida para conter dólar
FOLHA DE SP – Mantega recua e zera imposto para segurar a alta do dólar
J. DO COMMERCIO (PE) – Dilma: inflação e contas sob controle
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Aníbal Beça
O Gato
(Ária para tenorino e flautim)
Para Carô Murgel
O gato aparece à noite
com seu esquivo silêncio
de passos bem calculados
num jogo de paciência
as garras bem recolhidas
na concha de suas patas
O gato passeia a noite
com seu manto de togado
como se fosse um juiz
de presas resignadas
a sua sentença de sombras
seu apetite de gula
O gato varre essa noite
facho de suas vassouras
vermelhas de olhos ariscos
e alcança nessa limpeza
o movimento mais presto
o guincho mais desouvido
Mais que perfeito no bote
(tal qual Mistoffelees de Eliot)
do pulo que nunca ensina
tombam baratas besouros
peixes de aquário catitas
ao paladar sibarita
Nada à noite falta ao gato
nem a presteza no salto
nem a elegância completa
do seu traje de veludo
para o baile dos telhados
roçando as fêmeas no cio
O gato é ato em seu salto
e a noite luz do seu palco:
ribalta luciferina
lunária ária da lua
na réstia de seus dois gozos
é felix feliz felino
Guardei a sétima estrofe
para o canto do mistério
das sete vidas do gato
e seu tapete aziago
nas noites de sexta-feira
há provas do seu estrago.
Biografia de Aníbal Beça aqui.
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