Arquivo do mês: julho 2012

Mensalão desviou R$ 101 milhões

Laudo da Polícia Federal confirma que esquema usou verba pública

Recursos do Banco do Brasil acabaram nas mãos do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para pagar propina a parlamentares da base do governo Lula; Supremo Tribunal Federal começa a julgar quinta-feira 38 réus acusados de formar quadrilha

Após sete anos de investigação, ao fim de um processo de 50 mil páginas e 600 testemunhas, peritos da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União mapearam o tamanho real do mensalão, esquema de pagamento de propina a parlamentares da base do governo Lula. Pelo menos R$ 101,6 milhões foram desviados pelo valerioduto, mostram Carolina Brígido e Francisco Leali. Laudo da PF confirma que o esquema usou verbas públicas: pelo menos R$ 4,6 milhões foram repassados pelo Banco do Brasil, por intermédio do Visanet, para a empresa DNA, do lobista Marcos Valério. O Supremo Tribunal Federal começa a julgar quinta-feira os 38 réus – entre eles, o ex-ministro José Dirceu, apontado como operador político do mensalão, Valério, que pôs bens em nome da filha para fugir do bloqueio judicial, e o ex-deputado Roberto Jefferson, que delatou o esquema e foi cassado por crime eleitoral. (O Globo)

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Sinopse das revistas semanais

VEJA

Capa – Réu: Do palácio para a cadeia * Era mesmo um balcão * Chantagem na reta final * O lado escuro * A vida dos mensaleiros * Dúvidas entre os juízes * God e seus discípulos * Candidato enrolado * Entrevistas: Henrique Capriles Radonski e Daniel Zajfman * Especial: Vítimas do crime – A cicatriz da alma * Internacional: Uma derrota em Damasco * Livros- Um homem a ser explicado * Geral: Seleção de humor em pílulas * Olimpíada 2012 – Desempenho * Economia: Sobre as teles – CAIU A LIGAÇAO!

IstoÉ

Capa – Reportagens: O julgamento do século * Golpe certeiro contra a AIDS * Editoriais: Chegou a hora do mensalão e Hora de exigir respeito * Especial: A Ilha da Fantasia * Prontos para a largada * Jogos na rede * Morte e mistério à sombra de Cachoeira * A ferrovia da corrupção * Achaque até nas obras de arte * A difícil tarefa de trocar o altar pelo palanque  * Os segredos de Russomanno * Todos passam por BH * Os jantares políticos de Dilma * Um vestido para Dilma * Estelionato no congresso * Economia: Os serviços no radar do Governo * Prepare-se para a chegada do 4G *  Minha bagagem foi extraviada. E agora? * Internacional: Avanço sobre Assad * Comportamento: Escoteiros contra gays * Corrida europeia para o Brasil * O descontrole da violência em São Paulo * Entrevistas: Antônio Patriota e Luiz Felipe Scolari * Medicina: Por que a gripe suína volta a assustar

Istoé – Dinheiro

Capa – A fórmula Ambev * Estilo: A senhora das tendências * Editorial: Dinheiro em Ação *  Economia: Dois pra lá, um pra cá * Remando juntos * Em legítima defesa * O Brasil no horizonte * Entrevista: Stephane Garelli * Salário mais leve * Artigos: A teoria da CVM e a prática do mercado e  O fundo do poço ficou para trás * Entrevista: Antonio Carlos Valente * Investidores: A queridinha do investidor * O novo papel dos fundos * Viúvas inconsoláveis? * Dinheiro da Redação: Nacionalismo, sim. Protecionismo, não * Maquiavel e o lucro mais magro dos bancos * Finanças: O lado sombrio do HSBC * Os vendedores de raios * 10 perguntas para José Juan Ruiz, economista-chefe do BID * Como enfrentar os gigantes * Mercado Digital: 15 anos de transformações * Tecnologia brasileira para o mundo *  Saúde high tech * Tudo sobre a fabulosa história dos jatinhos apreendidos * Reino Unido corre em busca do ouro (dos outros) * Negócios: Recife 2014 * A Cyclone vai decolar? * Alô, é da Anatel? * A marcha da insensatez

ÉPOCA

Capa – Tudo sobre o Mensalão – Os fatos * O exemplo que vem de Jersey * Os três amigos * Fora da área de cobertura * A república de São Bernardo * A soldada de Dilma * Editoriais: A imprensa é o pulmão da sociedade e A política como ela é * Artigo: As multidões, Jesus Cristo e o Brasil. Eugênio Bucci * Opinião: As eleições municipais de 2012,  Alberto Carlos Almeida * Olimpíadas: Lições para os próximos Jogos * Jogos para um novo reino * Entrevista Cesar Maia: “Não procurei Lula depois das vaias no Pan” * Opinião: A tragédia Síria revela a inoperância da ONU * Entrevistas: “O Brasil é amaldiçoado pela riqueza”, Walter Russell Mead e  “A imprensa não tomou partido” Carlos Velloso * Investigação: As notas frias do DEM * Síria, palco da nova desordem mundial * O início do fim da AIDS * Personagem da semana: James Holmes

Carta Capital

Capa – O Valerioduto abasteceu Gilmar * Juiz? Não, réu * Editoriais: Coisas nossas e Desatemos o nó * Entrevista: José Antônio Ocampo * Internacional: Guerra civil, é oficial * Requintes de cinismo * Arapuca de tucano? * O PIB em banho-maria * A avalanche evangélica * Muita fumaça, pouco fogo *  Mundo: Os emergentes submergem * A nova Líbia? * Proibida a entrada do Leão * Lances e Apostas: Teles – Caixa forte, sinal fraco * A nova de Agnelli * Mosquito de proveta

EXAME

Capa – As estrelas da bolsa * Ficou barato? * Brasil: A legião coreana * Economia: Ainda falta um plano de vôo * Entrevista: Sete Perguntas para Paulo Oliveira * Colunas: Outro Ângulo :: Humberto Maia Junior * Só no Brasil :: Marcio Kroehn * Grandes Números :: Humberto Maia Junior * Qual é a que vale? :: J.R. Guzzo * Geral: Na fila ate 2019 * Finanças: O ataque da bolsa americana

 

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Chamadas de 1ª página_Domingo, 29.jul.12

O GLOBO – Mensalão desviou R$ 101 milhões

FOLHA DE SP – Mensalão: Como será o maior julgamento já feito pelo STF

ESTADÃO – Governo critica participação de Marina Silva

C. BRAZILIENSE – Advogados orquestram atraso no julgamento

ESTADO DE MINAS – Mensalão: Ação articulada tenta atrasar o julgamento

J. DO COMMERCIO (PE) – Planos de saúde conseguem driblar punição

ZERO HORA – A palavra final sobre o mensalão

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Elgar – Nimrod (de “Enigma Variations”)

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Julgamento esperado

STF monta plano contra manobras no mensalão

Decididos a concluir o julgamentos do mensalão até setembro, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cercaram-se de cuidados para evitar medidas que retardem o processo. Um deles foi pedir à Defensoria Pública da União (DPU)que preparasse um grupo de profissionais para ficar de prontidão. A iniciativa partiu do presidente da Corte, o ministro Ayres Britto. Isso porque não é comum réus trocarem de advogado às vésperas de serem julgados para ganhar tempo. Se isso ocorrer, a intenção do STF é acionar um defensor público para substituir o advogado e evitar atrasos. Formada por seis defensores, a equipe da DPU estudou as mais de 50 mil páginas do caso e já está pronta para entrar em ação caso necessário. O Supremo começa a julgar os 38 acusados na quinta-feira. (Correio Braziliense)

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Mensalão foi o mais “atrevido” esquema, afirma procurador

Responsável pela acusação, Roberto Gurgel diz em peça enviada a ministros do STF que escândalo foi o maior do país

Às vésperas do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou documento aos ministros do STF em que diz que o caso “foi, sem dúvida, o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público” do país. O procurador diz que pinçou das 50 mil páginas do processo as principais provas. Ele visa, assim, facilitar o trabalho dos ministros caso as defesas dos réus contestem provas da acusação. O procurador conclui que se colheu um “substancioso conjunto de provas”.

Segundo Gurgel, elas “não deixam dúvidas à procedência de acusação” e dizem que o Ministério Público tem convicção de que a “atuação do STF servirá de exemplo […] a toda a sociedade”. (Folha de SP)

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Governo recua e remédio pode voltar às prateleiras

Anvisa muda regra de 2009 e alerta para os riscos da automedicação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que os medicamentos que não precisam de receita médica poderão novamente ficar nas prateleiras e gôndolas das farmácias e drogarias de todo o país. A medida representa um recuo em relação à decisão tomada em 2009 pela agência e que obrigava qualquer medicamento a ficar atrás do balcão. A Anvisa torna obrigatória a fixação de cartazes para advertir os consumidores sobre os riscos da automedicação. Ao explicar a nova regra, o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, acusou as farmácias e laboratórios de prática de cartel durante a vigência da norma anterior. Também admitiu que o órgão era pressionado a voltar atrás: há mais de 70 processos judiciais movidos pelas empresas contra a norma anterior. (O Globo)

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Chamadas de 1ª página_Sábado, 27.jul.12

O GLOBO – Governo recua e remédio pode voltar às prateleiras

FOLHA DE SP – Relatório da PF diz que filho de Erenice cobrava por lobby

ESTADÃO – Russomanno fez lobby por doador e sócio

C. BRAZILIENSE – STF monta plano contra manobras no mensalão

ESTADO DE MINAS – Mensalão: Força-tarefa para evitar adiamento

J. DO COMMERCIO (PE) – Eles fazem greve e você é quem sofre

ZERO HORA – Antenas amplificam polêmica do celular

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Dvorak – Humoresque Yo Yo Ma, Itzhak Perlman

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Artigo para leitura no fim de semana

Surpreendente benfeitoria partidária nas eleições

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

 

Ficou gravado na minha memória um discurso que ouvi a anos, tão distante no tempo que me esqueci o nome do orador e até da ocasião. Pode haver alguma fantasia da minha parte, mas foi inesquecível: “Os partidos no Brasil não passam de uma dança de letras”.

Lembrei-me disto ao ler no noticiário político que uma nova (novíssima, aliás) sigla, o Partido Ecológico Nacional – PEN, já compõe a segunda bancada da Câmara do Distrito Federal. É a 31º ou 32º legenda a disputar as próximas eleições.

Distingo entre as agremiações legais que se destacam por composição e atividade política, uns seis partidos; o resto vê-se como ‘os nanicos’, obedecendo à classificação usual do colunismo político.

Da chamada redemocratização prá cá, tivemos a grande surpresa da eleição de Fernando Collor pelo PRN, Partido da Reconstrução Nacional, que praticamente inexistia na circunavegação partidária em torno do poder.

Repete-se pontualmente em São Paulo, capital, o fenômeno Collor, com o nanico PRB, Partido Republicano Brasileiro levando o seu candidato Russomanno a empatar casualmente com José Serra – o mais que conhecido candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Os dois ficaram lá em cima, Serra com 30% e Russomanno com 27% das intenções de voto. No segundo nível veem Fernando Haddad (PT) e Soninha Francine (PPS) com 7%; Haddad, candidato improvisado pelo ex-presidente Lula da Silva patina estacionário e Soninha, por sua vez, mostra uma tendência de crescimento.

De público, ninguém mostrou decepção ou constrangimento com os números da pesquisa Datafolha, ao contrário, os tucanos alegraram-se com a liderança de Serra, os republicanos ficaram satisfeitos e o PPS, ex-PCB, sentiu-se recuperando o antigo prestígio do Partidão na capital paulista.

Ressabiados apenas os lulo-petistas. Os originais ficaram constrangidos por aceitar um candidato imposto, e os lulistas tentam explicar o quadro, apontando a participação de Russomanno no programa matinal diário veiculado pela TV Record, de grande audiência popular e penetração nos meios evangélicos.

Esta situação político-eleitoral em São Paulo é importante para a análise do lance embaraçoso que o astucioso Lula deu. Engenhoso, o líder personalista do PT sabe, com a manha de pelego, que São Paulo é a centrosfera econômica do País, e que quem controla o econômico, controla o político e o social.

E o acaso nos traz uma surpreendente benfeitoria partidária na dança de letras. Primeiro porque deve ensinar aos tucanos não insistirem em confrontar com o PT, criando uma situação dualista eleitoral. Segundo, levar os petistas a compenetrar-se da necessidade de se libertar do culto à personalidade de Lula.

É certo que o laboratório paulistano oferece um sem-número de avaliações. Conforme a ótica, o exame de cada fatia oferece um vetor especial. Da minha parte sinto, sinceramente, o início do desgaste do discurso lulo-petista.

Para mim, o presságio futurista mostra a fragmentação do PT como partido. Efeito do poder, sim, mas ainda pior, a degenerescência ideológica e o abandono dos princípios da organização na sua fundação.

É nítida a dualidade que se esboça no seio do poder. A Presidente já não é o alter ego de Lula, nem ocupa um mandato-tampão, a espera que ele volte a sentar na cadeira presidencial. Com Dilma separando-se do núcleo paulista que dominou nos dois mandatos de Lula, permite ver-se a queda dele e a ascensão dela. Claro que a doença do ex-presidente contribui para a evolução desta resenha, mas o distanciamento é um fato e contra fatos não há argumentos.

Tudo que compõe este raciocínio pode mudar em breve. O Brasil não é só São Paulo, e as contradições regionais transbordam nos quatro cantos do País, escapando à influência da polarização PSDB-PT, graças às condições locais.

Outras mudanças deverão ocorrer com o início do horário eleitoral, a supremacia do tempo no vídeo, e pelo uso das Redes Sociais, após a autorização e regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral para a campanha na Internet.

No momento oportuno, faremos as correções de rumo…

 

 

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