Arquivo do mês: maio 2008

Motores a toda

Leia a coluna de Míriam Leitão publicada no Globo deste sábado.

No ano passado, circularam pelo Brasil 25,8 milhões de automóveis. E esse número ainda cresce fortemente. Há dois anos, as vendas internas sobem acima dos 20%. Entre 2004 e 2009, elas terão duplicado. As montadoras brasileiras continuam bem, mas se preparam para a chegada dos veículos asiáticos. Ford, GM e Chrysler perdem espaço nos Estados Unidos e no mundo; enquanto a produção chinesa cresceu 23% em 2007. Há capacidade ociosa em várias regiões.

Mesmo com tanta ebulição, nada fez ainda com que Estados Unidos e Japão deixassem de ser os principais atores nesse cenário. Talvez seja apenas questão de tempo. É no que acredita um amplo estudo feito pela RC Consultores. Por ora, os EUA são os grandes compradores. Lá, a relação habitante/ veículo é de 1,2 (no Brasil, é de 7). O Japão é o maior produtor e exportador, e tem a segunda maior frota.

A mudança que ocorre não é de hoje, mas se intensificou com o petróleo dobrando de preço no último ano. Nos Estados Unidos, embora isso venha se modificando, os dois carros mais vendidos ainda são pickups, bebedores clássicos de petróleo. As grandes empresas americanas são especialistas nesse assunto, mas não em fazer carros compactos. Foi aí que a japonesa Toyota — entre outras — se deu bem. O resultado foi que Ford e GM enfrentam duríssimas crises.

A primeira, um símbolo da história da indústria automobilística, vai demitir 9 mil empregados e fechar 16 unidades até 2012 nos EUA. A GM vai dispensar 74 mil funcionários. E mesmo a alemã Volks deve cortar 20 mil empregos na Alemanha nos próximos 3 anos, deslocando uma parte ainda maior da produção para a China.

Leia na íntegra clicando aqui

Fonte: chargeonline.com.br/Frank

Se algum deputado pedir, Álvaro Lins será processado

Em entrevista ao blog do Repórter de Crime , o presidente do Conselho de Ética da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Mello (PMDB), afirma que instaurará processo contra o deputado Álvaro Lins (também do PMDB), ex-chefe da Polícia Civil, acusado de chefiar um esquema de corrupção em delegacias e na solto nesta sexta-feira após ter a prisão revogada pelo plenário da casa , se qualquer deputado entrar com uma representação contra ele no Conselho de Ética.

Paulo Mello disse também que, apesar de parecer, “a sociedade não pode interpretar a decisão da Assembléia, pela liberdade de Álvaro Lins, como um salvo-conduto para o ex-chefe da Polícia”. Mello garante que a decisão é baseada num aspecto técnico, que visa a preservar a imunidade parlamentar. Ele disse que a decisão da maioria dos deputados, que votou pela libertação de Álvaro, está baseada na Constituição federal que dá ao poder legislativo a prerrogativa de decidir pela manutenção de prisão de um parlamentar.

A decisão da Alerj de soltar o deputado não foi bem recebida entre juristas e advogados. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiu à decisão dos parlamentares.

– A decisão da Alerj foi uma decisão tomada às pressas, sem exame cuidadoso dos fatos que levaram o juiz a decretar a prisão. Parece-me ter se utilizado nesse caso para garantir privilégios e coorporativismo – afirmou o conselheiro federal da OAB, Cláudio Pereira Neto.

Leia mais em Líder do governo abrirá processo ético contra Álvaro, se alguém pedir

Fonte: Noblat

Ave Maria da Rua – Raul Seixas (ORIGINAL)

No fundo, o fundo

Os 0,5% do PIB já estão sendo economizados

Um economista que acompanha as contas fiscais não é de agora chamou a atenção para um fato. Atualmente, o superávit primário está em 4,3% do PIB, pois o governo tem poupado mais que os 3,8% estipulados. Pois bem. Se a idéia de Mantega é economizar 0,5% do PIB a mais – além dos 3,8% – temos, justamente, 4,3%, ou seja, seria um “fundo de vento”.

Não seria necessário nenhum esforço adicional. E pior: caso seja aprovada essa mudança, o que pode ocorrer é esse dinheiro não ser usado para amortizar a dívida, mas, sim, ao que bem convier num determinado momento.

Abre-se uma brecha que não existia e, na visão dele, na melhor das hipóteses (a de que o dinheiro será guardado para pagar dívidas mais a frente), o fundo soberano, no modelo estranho em que está hoje, é apenas inócuo.

Fonte: Míriam Leitão

Frase_1/31

“A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo disvirtuamento da própria língua.”

Rui Barbosa

História – há 42 anos…

31/05/1966 – Perseguição no Vietnã

No dia 31 de maio de 1966, monges budistas atearam fogo contra seus próprios corpos em Saigon, como forma de protesto contra a política do governo militar do Vietnã do Sul. Os monges faziam greves de fome e cometiam suicídio para exigir a igualdade perante a lei, a livre prática e propagação da fé budista.

Fonte: Portal Terra/Fatos Históricos

Amazônia – floresta sul-americana

Amazônia, floresta sul-americanav

ALOPRADOS

Estranha proposta de Lula

Uma dúvida paira sobre Brasília: partiu de Mangabeira Unger ou de Carlos Minc a estranha proposta feita pelo presidente Lula, segunda-feira, de um Banco Central único e de uma única moeda para todos os países da América do Sul?

Porque, com todo o respeito, idéia tão esdrúxula quanto inviável só pode mesmo ser da lavra de um desses dois ministros aloprados. É a velha história de que a velocidade do comboio é dada pelo navio mais vagaroso. Que tal subordinarmos nossa política monetária aos interesses do Suriname ou da Guiana? Quem sabe ao Paraguai ou a Bolívia?

Carlos Chagas, jornalista

Comentário (I)

Deve haver limites para os impostos

No Brasil, os assalariados pagam a conta de tudo. Dos alimentos às tarifas. Há, sobretudo, uma sensação de descompromisso marcando a atuação da tecnocracia.
Esta, no fundo da questão, está sempre empenhada em prestar serviços ao mundo financeiro. E leva tal ambição ao paroxismo. É indispensável que alguém assuma a condição de personagem de Alexandre Dumas, pai, e se disponha a enfrentar o poder.

A tarefa é cada vez mais isolada e difícil, porém fundamental. Caso contrário, dentro de poucos anos, o capitalismo encontrará dificuldade em ter um mercado interno pela frente. E, neste caso, as especulações não vão adiantar. Quem disse isso? Foi o ex-ministro Otávio Gouvêa de Bulhões, um capitalista conservador de quatro costados.

Pedro do Coutto, jornalista