Arquivo do mês: março 2008

HISTÓRIA – há 138 anos

30/03/1870 – É ratificada a Emenda de número 15 na Constituição norte-americana, que dá o direito ao voto para homens negros no país.

Fonte: JB/Fatos Históricos

ILHA DO BREU – PARATY – RJ

 

OPINIÃO

O local do crime

Seja Dilma uma tola, traída pela funcionária de confiança que a deixou protagonizar o vexame de telefonar a Ruth Cardoso negando o inegável, ou uma graduada ativista do lema os fins justificam os meios, uma coisa está clara: ela não é o oásis que a central de produções do Palácio do Planalto buscava construir como exemplo de eficiência e correção. Mente, abusa do poder ou é leniente. Neste novo caso de abuso do Estado que acabou vindo à tona quase por acidente, como subproduto de um escândalo (o dos cartões corporativos) em vias de extinção, chamam atenção não os métodos – já conhecidos -, mas o local do crime.

Dora Kramer, jornalista

LEMBRANÇA

Banco de dados

O banco de dados (dados?) da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, se parece com os dados da polícia política da época da ditadura militar, que estavam sempre à disposição para perseguir quem bem lhe conviesse.

Marcus Luciano Villar (marcoslvillar@zipmail.com.br)

FRASE DA VEZ_2/30

“Não sei o que é pior, se o falaz Presidente com toda a sua arrogância ou a claque à base de “quentinha” que o acompanha a cada comício, como dóceis carneirinhos”.

Paulo Cardoso da Silva (paulocardosojr@terra.com.br)

Comentário (II)

Patética popularidade

A propósito da pesquisa CNI/Ibope, dando 58% de “aprovação” ao governo Lula, cabe ligeira digressão. O povo brasileiro, que pouco ou nada lê, também pouco sabe de política e economia. Se soubesse, evidentemente não daria a Lula esses números, haja vista o deserto de realizações que é o seu governo, malgrado os recordes sucessivos de arrecadação tributária. A massa quer mesmo é inflação baixa e dinheiro no bolso. Assim, em plena ditadura militar, Médici chegou a ter mais de 80% de aprovação popular, sendo ovacionado em pleno Maracanã. Tempos do “milagre econômico”, com o País – numa ditadura militar – crescendo mais de 10% ao ano… Sob Lula também crescemos, mas por fatores que tiveram origem no passado (Plano Real, austeridade fiscal e monetária, câmbio flutuante, etc.) e, no presente, extrafronteiras: o dinamismo da China e dos demais emergentes, que crescem a altas taxas e demandam nossas commodities, cujos preços têm subido e favorecido nossa balança comercial.

Nesse “embalo”, tudo melhora. Acresça-se o dólar fraco e em constante baixa, facilitando a vida do povão. Nada disso, como se vê, tem que ver com uma suposta “excelência” da gestão Lula que pudesse justificar os números do Ibope. Muito ao contrário. Lula é sinônimo de corrupção generalizada, populismo, impunidade, violência urbana e no campo, reformas estagnadas, infra-estrutura avoenga em todos os níveis, saúde em frangalhos, educação, então, nem se fale, epidemias a granel, etc., etc… Mas, apesar de tudo, nada impede a aprovação de Lula – nosso presidente teflon. Ele que reze para que o céu de brigadeiro persista, ao menos até 2010, ensejando o verdadeiro “espetáculo do crescimento” mundo afora, com os inevitáveis bons reflexos aqui dentro. É desses benfazejos ventos (de além-mar) que advém a sua patética popularidade.

Silvio Natal (silvionatal49@yahoo.com.br)

ÚLTIMAS

Dilma é contraditada por documento do TCU

Ao contrário do que afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Curitiba o acórdão 230/2006, do TCU (Tribunal de Contas da União), não pediu que o registro eletrônico das despesas com cartões de crédito corporativos colhesse informações retroativas ao período FHC, informa o colunista Josias de Souza. O documento do TCU foi mencionado pela Ministra dizendo que a secretária-executiva do seu ministério, Erenice Alves Guerra, não organizou um dossiê, mas sim um banco de dados, chamado Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos) para atender o tribunal.

Dilma afirmou que o TCU teria pedido que os dados registrados no Suprim fossem retroativos a 2002. O acórdão tem data de fevereiro de 2006 e apresenta o resultado de auditoria feita nos cartões de crédito da presidência da República desde que começaram a ser usados, em setembro de 2002 –ainda no governo FHC– até julho de 2005. E não há no documento menção ao levantamento de dados retroativos à gestão FHC.

Folha Online

CAIXA DO CORREIO

Epidemia

Interessante! Primeiro, é Lula da Silva que volta e meia exclama, diante de um escândalo (foram tantos!) em seu quintal: “Eu não sabia…!” Agora é a sua ministra n.º 1, a “mãe Dilma”, que, faltando-lhe um santo, não sabia que sua auxiliar mais importante, seu braço direito, “aloprava” dossiês sob seu nariz e em seu próprio terreiro! Não é possível! Deve ser alguma epidemia… moral. Saravá!

Paulo Boccato (pofboccato@yahoo.com.br)

Diferença


Gostaria que a ministra-chefe da Casa Civil esclarecesse a diferença entre “dossiê” e “banco de dados”. Está parecendo, cada vez mais, coisa de aloprados!

Paulo Ruas (pstreets@terra.com.br)

Sinonímia petista

O governo Lula e o PT estão criando sinônimos ou definição de palavras ou ações que tentam explicar as suas derrapadas: caixa 2 = recursos não contabilizados; utilização indevida do cartão corporativo = erro administrativo; dossiê = banco de dados. É brincadeira?!

José Humberto Rodrigues de Freitas (humbertofreitas@uol.com.br)

FRASE DA VEZ_1/30

“Gabeira terá que responder – durante toda a campanha – porque não preferiu o pernambucano Severino à Famiglia Alencar? Puro preconceito antinordestino? “O que é isso, companheiro!”

Nonato Cruz é advogado e jornalista

Comentário (I)

Cidadãos de primeira e de segunda classe

Não poderia ter sido mais infeliz a senadora Ideli Salvatti, líder do PT, após justificar por que a CPI dos Cartões Corporativos não deveria convidar para depor, como não convidou, a ministra Dilma Rousseff. Disse a representante de Santa Catarina, em entrevero com a senadora Marisa Serrano, que por ser chefe da Casa Civil e, talvez, por sua importância em 2010, Dilma não poderia ser submetida a interrogatório.
De forma oficial, ficou demonstrado que os detentores do poder dividem o País em duas categorias: os cidadãos de primeira e os cidadãos de segunda classe. As cidadãs também.

Carlos Chagas, jornalista