Arquivo do mês: fevereiro 2008

MANCHETES do dia_29.fev.08


TRIBUNA DA IMPRENSA – Lula ataca oposição e defende Lupi

DIÁRIO DE NATAL – Operação Impacto volta a ouvir vereadores

O GLOBO – Furto na Petrobras foi crime comum e não espionagem

GAZETA MERCANTIL – Menos de 106 fazendas podem exportar à UE

CORREIO BRAZILIENSE – País nunca empregou tanto num início de ano

ZERO HORA – Prisão de vigilantes encerra mistério do furto
de laptops com dados da Petrobras

TRIBUNA DO NORTE – Grande Natal registra 54 assassinatos em fevereiro

A TARDE – Temporal castiga Salvador

JORNAL DO BRASIL – Furto na Petrobras foi crime comum

FOLHA DE SÃO PAULO – PF prende 4 e diz que furto na Petrobras
foi crime comum

O ESTADO DE SÃO PAULO – Governo restringe crédito para
fazendas na Amazônia

VALOR ECONÔMICO – Municípios temem perdas com a reforma tributária

JORNAL DO COMMERCIO – Mais UTIs na rede pública

A rua

Bem sei que, muitas vezes,
O único remédio
É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,
A dívida, o divertimento,
O pedido de emprego, ou a própria alegria.

A esperança é também uma forma
De contínuo adiamento.
Sei que é preciso prestigiar a esperança,
Numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
Esperança sentada.

Não abdicação diante da vida.
A esperança
Nunca é a forma burguesa, sentada e tranqüila da espera.

Nunca é figura de mulher
Do quadro antigo.
Sentada, dando milho aos pombos.

Cassiano Ricardo

Cassiano Ricardo (C. R. Leite), jornalista, poeta e ensaísta, nasceu em São José dos Campos, SP, em 26 de julho de 1895, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de janeiro de 1974.
Fez os primeiros estudos na cidade natal. Aos 16 anos publicava o seu primeiro livro de poesias, Dentro da noite.

Iniciou o curso de Direito em São Paulo, concluindo-o no Rio, em 1917. De volta a São Paulo, foi um dos líderes do movimento de reforma literária iniciada na Semana de Arte Moderna da 1922, participando ativamente dos grupos “Verde Amarelo” e “Anta”, ao lado de Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Cândido Mota Filho e outros. Formaram a fase que Tristão de Athayde classifica de nacionalista.

Em 1937 fundou, com Menotti del Picchia e Mota Filho, a “Bandeira“, movimento político que se contrapunha ao Integralismo. Dirigiu, àquele tempo, o jornal O Anhangüera, que defendia a ideologia da Bandeira, condensada na fórmula: “Por uma democracia social brasileira, contra as ideologias dissolventes e exóticas.”

Se a sua obra poética é tida como uma das mais sérias e importantes da literatura brasileira contemporânea, a de prosador é também relevante. Historiador e ensaísta, Cassiano Ricardo publicou em 1940 um livro de grande repercussão, Marcha para Oeste, em que estuda o movimento das entradas e bandeiras.

Cassiano Ricardo pertenceu ao Conselho Federal de Cultura e à Academia Paulista de Letras. Na Academia Brasileira de Letras, teve atuação viva e constante. Relator da Comissão de Poesia em 1937, redigiu parecer concedendo a láurea ao livro Viagem, de Cecília Meireles. Para a vitória do seu ponto de vista, manteve destemido confronto. Saiu vitorioso, e Viagem foi o primeiro livro da corrente moderna consagrado na Academia.

Ao lado de Manuel Bandeira, Alceu Amoroso Lima e Múcio Leão, Cassiano Ricardo levou adiante o processo de renovação da Instituição, para garantir o ingresso dos verdadeiros valores.

ASTOR PIAZZOLA E CAETANO VELOSO

“El Tango”
Composição: Astor Piazzola

ALGUÉM AÍ EM BRASÍLIA, PODERIA ME FAZER UM GRANDE FAVOR?

AVISE A ESSE PATÉTICO SUPLENTE DE SENADOR, “SUA EXCELÊNCIA” WELLINGTON SALGADO (PMDB-MG), QUE ELE PODERIA NOS DAR A GENTILEZA DE SUA AUSÊNCIA…?

PETROBRAS

PF prende suspeitos e recupera material roubado

A PF (Polícia Federal) prendeu na manhã desta quinta-feira (28) quatro suspeitos do furto de equipamentos e dados da Petrobras, ocorrido no início deste mês. Alexandro de Araújo Maia, Éder Rodrigues da Costa, Michel Mello da Costa e Cristiano da Silva Tavares eram vigilantes da BricLog, empresa de segurança terceirizada da Petrobras. Eles serão autuados por furto qualificado e formação de quadrilha. Além da prisão, a polícia recuperou uma impressora, quatro laptops, um monitor, dois celulares, uma mochila e uma maleta com ferramentas para informática.

Segundo a polícia, os registros dos equipamentos correspondem ao dos que foram furtados de um galpão e de um contêiner da empresa americana Halliburton, enquanto o mesmo ficou parado no porto do Rio. Na ocasião do furto, foi ventilada a informação de que os computadores continham dados sigilosos sobre as reservas de petróleo e gás na camada ultra-profunda chamada de pré-sal, onde está o megacampo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos, uma descoberta recente da empresa. A PF não confirmou quais dados estavam nos computadores roubados.

Juliana Castro, jornalista (Rio de Janeiro)

HOJE, POR MOTIVOS INEXPLICÁVEIS, ESTA QUE ESCREVE ESTÁ NA FASE DOS CALEIDOSCÓPIOS…

DESSA VEZ, A OBRA NÃO É MINHA.

Caleidoscópio

Arte: CaNnEdSaLaD

OPINIÃO

Factóides federais

Quando fatos escandalosos vêm à tona, surgem tendenciosas pesquisas para desviar a atenção do povo e proteger o chefe da quadrilha. Ministros e parlamentares apressam-se em criar notícias e sofismas para encobrir a bandalheira. Os governistas adotaram sofístico discurso: “Pela primeira vez na história, o Brasil passou de devedor a credor”. O efeito amortecedor sobre o escândalo do cartão beneficia os corruptos.

Antonio Sebastião de Lima, professor e juiz de Direito aposentado

CPI das ONGs

Churrasqueiro de Lula vai depor

O bloqueio criado por senadores da base aliada para impedir a CPI das ONGs de investigar pessoas e entidades ligadas ao governo foi quebrado ontem com a aprovação da convocação do ex-dirigente da Unitrabalho e ex-diretor do Banco do Brasil Jorge Lorenzetti. O requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi aprovado com voto de minerva do presidente da comissão, Raimundo Colombo (DEM-SC). Com isso, a oposição, que é minoria, somou cinco votos, contra quatro dos governistas. Foi a única vez em que o relator Inácio Arruda (PCdoB-CE), abstendo-se, desistiu de acompanhar o voto dos governistas.

Amigo e chamado de “churrasqueiro” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lorenzetti será ouvido como dirigente da entidade e não como um dos “aloprados” – como foram rotulados pelo presidente Lula – que participaram do esquema da compra, por R$ 1,7 milhão, nas eleições de 2006, do dossiê Vedoin, com supostas denúncias contra candidatos do PSDB. Segundo Álvaro Dias, um dia antes de os aloprados serem flagrados pela Polícia Federal (PF) negociando o dossiê, o Ministério do Trabalho depositou R$ 3,4 milhões na conta do Unitrabalho.

(Pol./TI)

Artigo para O METROPOLITANO. Amanhã nas bancas

Quem disso usa, disso cuida

MIRANDA SÁ, jornalista
E-mail: mirandasa@uol.com.br

Com a notícia de que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza encaminhou ao Supremo Tribunal Federal a denúncia do ex-ministro Antonio Palocci por quebra de sigilo funcional, revolvi meus arquivos para relembrar o hediondo crime cometido pelo líder petista contra o caseiro Francenildo Santos Costa como vingança pela sua honestidade, coragem e civismo.

Palocci era o todo-poderoso ministro da Fazenda quando foi acusado de envolver-se em maracutaias promovidas por aloprados e lobistas no esquema chamado “República de Ribeirão”, com referência a Ribeirão Preto, onde Palocci fora prefeito cumprindo o modo petista de governar, associando-se às máfias do recolhimento de lixo e dos transportes urbanos recolhendo propinas para o caixa 2 do partido.

O Ministro e seus comparsas freqüentavam uma mansão no Lago Sul de Brasília participando de reuniões e festas. A reportagem d’ O Estado de São Paulo localizou um caseiro nas vizinhanças disposto a falar. Era Francenildo, conhecido como “Nildo”, que confirmou a presença de Palocci nos encontros que incluíam junto com alegres libações alcoólicas, partilha de dinheiro.
Publicada a matéria, o caseiro depôs na Polícia Federal e compareceu como convidado à CPI dos Bingos, onde foi impedido de falar por liminar baixada pelo ministro Peluso, do Supremo Tribunal Federal. Mas àquela altura já corria à boca pequena no Congresso Nacional (e por todo país) a história que Nildo contara ao Estadão e à PF, citando freqüentadores da mansão, como Rogério Buratti e Vladimir Poleto, ex-auxiliares de Palocci na prefeitura de Ribeirão.

O depoimento de Francenildo que não ocorreu na CPI criou vida nas manchetes jornalísticas, como testemunho do transporte de malas trazidas por Poleto com maços de dinheiro. A história vazou como o estouro de uma represa.

O que fez o ministro Palocci? Usou da sua autoridade para mobilizar o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e o ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda, Marcelo Netto para um trabalho sujo. Formada a quadrilha, trataram de quebrar o sigilo bancário e divulgaram os extratos de Nildo que registravam um depósito de R$ 30 mil, um mês antes.

Como quem disso usa, disso cuida, parlamentares da oposição do Piauí foram acusados de usar Nildo num escândalo político para atingir o presidente Lula da Silva. O tiro, porém, saiu pela culatra, porque o dinheiro da suposta trama fora depositado pelo pai biológico do caseiro, um pequeno empresário de Teresina que reconhecera a paternidade do rapaz meses antes. Vinte dias depois de desvendada a odiosa farsa e da ação inconstitucional da quebra de sigilo, Antonio Palocci afastou-se do Ministério.

Como vivemos o país da impunidade, Palocci elegeu-se deputado pelo PT de São Paulo, e agora o caso está nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que relata no STF a investigação sobre o ilícito cometido. Para que a ação penal seja aberta no STF, a denúncia precisa ser aceita pela maioria dos ministros, em sessão plenária – ainda sem data prevista para acontecer. A participação de Palocci na quebra de sigilo bancário é um crime cuja pena varia de 1 a 4 anos de prisão.

Caso isto ocorra, a sociedade brasileira ficará confiante de que os aloprados do PT não mais atentarão contra o direito dos cidadãos à privacidade e aos sigilos constitucionais.

ROMÁRIO ESTAVA ERRADO. O “CARA” NÃO É ELE, NÃO; É ESSE QUE ESTÁ MONTADO NO COFRE. E AGORA, JOSÉ?

Charge do Frank

Fonte: Coisas do Venerando/Charge do Frank