Arquivo do mês: novembro 2007

FRASE DA VEZ_2/29

“Litígio: uma forma de inferno onde o dinheiro é transferido dos bolsos do proletariado para o dos advogados.”

Kin Hubbard, filósofo e jornalista estadunidense (1868-1930)

COMENTÁRIO (II)

A difícil tarefa de voar no Brasil… continua…

Dezembro só chega no sábado, mas o caos já voltou aos aeroportos. (a propósito: alguém ainda agüenta isso?).
Hoje estou tentando chegar a Recife, partindo do Galeão, no Rio. Os vôos estão ininterruptamente mudando de lugar. O meu já mudou quatro vezes de lugar, está atrasado já meia hora e os avisos – para variar – são escassos. Segundo as atendentes da Gol, a responsável da vez pela confusão é a Infraero.

Pelo auto-falante, a pessoa que fala demonstra solidariedade com a nossa saga: “atenção senhores passageiros que estão sofrendo com o tráfego aéreo no Galeão, estamos aguardando as informações da torre de controle”.

(No fim das contas, uma hora de atraso, e cheguei a Recife).

Míriam Leitão, jornalista

Impressionante diferença

TV DIGITAL

Fonte: chargeonline.com.br/Sponholz

Disputa por cargo de Renan Calheiros no Senado divide o PMDB

A corrida sucessória pela presidência do Senado em meio à esperada renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo promete dividir o PMDB na disputa pelo comando da Casa Legislativa. Pelo menos três peemedebistas já deram sinais claros de que vão lançar seus nomes na disputa: Garibaldi Alves (RN), Valter Pereira (MS) e Neuto de Conto (SC).

Oficialmente, somente Garibaldi lançou seu nome na disputa. A interlocutores, Pereira disse que entraria no páreo, caso fosse necessário, para unificar a bancada. Conto, por sua vez, corre por fora na tentativa de ocupar o lugar de Renan, mas encontra resistências dos colegas peemedebistas por estar em seu primeiro mandato no Senado.

Como o partido reúne a maior bancada do Senado, com 20 parlamentares, tem a prerrogativa de indicar um nome para suceder Renan caso o peemedebista efetive sua decisão de deixar a presidência –como é praxe na Casa.
O partido aposta que o senador não vai retornar ao cargo porque não tem clima político para reassumir o comando da Casa –depois de enfrentar, até agora, quatro processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), aposta na unidade da bancada após a renúncia de Renan com a escolha de um nome de consenso da legenda. Mas reitera que o partido não vai abrir mão de permanecer com o comando do Senado após a saída de Renan –mesmo com a ameaça da oposição de lançar um nome na disputa caso não concorde com as indicações peemedebistas.

“Eu acho que não tem possibilidade deles [oposição] não concordarem com um nome, que deve ser de consenso”, afirmou.

Fonte: Folha Online



“Fita amarela” de Noel Rosa.

Abrindo aspas para Dora krammer

Tiros no peito

“Há um mês, um pouco menos, ninguém ousaria sequer aventar a hipótese de o governo perder a parada da CPMF, não conseguindo aprovar a prorrogação até 31 de dezembro, de forma a preservar a arrecadação integral do imposto em 2008. Mesmo a oposição fazia suas graças, mas considerava o assunto matéria vencida. De uma hora para outra, o vento virou. O mais provável continua sendo a vitória governista no prazo previsto, mas, além de o custo – político, inclusive – sair mais alto que o imaginado, o risco da derrota passou a freqüentar o ambiente já não como possibilidade remotíssima. É verdade que o governo faz charme quando fala em retirada da proposta e admite a existência de um plano B até outro dia negado com veemência.

Não quer posar de arrogante porque há o risco e, nessas horas, o pessimismo serve para unir a tropa e iludir o inimigo. As ameaças de aumentar Imposto de Renda, suspender obras do PAC e restringir o Bolsa-Família também soam inverossímeis. Em ano eleitoral o presidente Luiz Inácio da Silva não mexe no bolso do contribuinte, muito menos investe contra as jóias de sua coroa. Seria mais que um tiro no pé, dispararia contra o próprio peito. Já bastam os vários petardos que o governo dirigiu contra si nesse processo de tramitação da CPMF e que contribuíram sobremaneira para a alteração do rumo dos ventos e podem ser listados por ordem de entrada em cena. A absoluta imprevidência de deixar uma questão como essa, a única realmente importante da agenda parlamentar do governo e com data marcada para acontecer desde a última renovação há quatro anos, para a última hora.

O governo sabia das dificuldades no Senado, mas as menosprezou. A arriscada imprudência de confiar na força da pressão dos governadores do PSDB, acreditando que, com isso, poderia livrar-se do varejo na base aliada e sair da história vangloriando-se da negociação altiva, de mérito. A total ausência de senso de oportunidade ao deixar que seus aliados alimentassem a discussão sobre a possibilidade de um terceiro mandato ou alguma outra forma de continuidade no poder que não a disputa eleitoral conforme as regras atuais. Abriu, óbvio, guarda à oposição e sacudiu os brios adormecidos do PSDB. A perigosíssima mistura do caso Renan Calheiros com a votação da CPMF, num acordo desastrado – até por desnecessário – que deu aos opositores a oportunidade de atrasar os trabalhos em duas semanas. As atabalhoadas ações da líder do bloco governista no Senado, Ideli Salvatti, que conseguiu com muita habilidade e empenho fazer o PTB se desvincular de sua liderança.

E, por fim, a assinatura, de próprio punho, do presidente da República no aval à tese de que o governo não precisa da CPMF para fazer frente a compromissos indispensáveis, mas para gastar a rodo na construção do projeto de permanência no poder. Com tudo isso, só não surpreende que a situação não tenha fugido totalmente ao controle porque, como ensinam os experientes, governo quando quer uma coisa e se empenha por ela, ganha sempre. Diante da comédia de erros, a oposição se animou. Contabiliza 33 votos contra. Se for verdade, deixa o governo com apenas 48, 1 a menos que o mínimo necessário. Há tempo, porém, para o Planalto se rearticular. Os oposicionistas sabem disso e correram para apressar a tramitação da CPMF, para brilhar no momento de conturbação e também obrigar o governo a, na urgência, suar a camisa, explicitar a busca de votos mediante troca de favores, nomeações, liberações de emendas e fazer mais cara a conta da, apesar dos pesares, ainda provável vitória.”

COMENTÁRIO (I)

Lição de democracia

O ministro Franklyn Martins declara (27/11, A9 ) que não vai ser o Estadão que irá dar-lhe aulas de democracia, e eu concordo. Como jornalista experiente, muito deve ter lido sobre a matéria, mas a questão não é essa. Num país que tem juízes doutores em leis, e roubam; padres e pastores estudiosos dos Evangelhos, e seviciam menores; políticos, advogados, médicos, militares e outros mais que prestam juramentos, e prevaricam e cometem crimes – realmente não vai ser o Estadão, nem os códigos de ética e tudo o que existe mais que fará do cidadão um cumpridor dos seus deveres e obrigações.

Agora, o argumento de que a TV pública brasileira não vai ser a TV do Lulla, que será igual às existentes na Europa e nos EUA, é uma piada. Se ele estiver se referindo aos equipamentos, posso até concordar, mas as intenções “democráticas” são questionáveis. No meu televisor terei esse canal bloqueado.

ROGERIO AMIR RIZZO,(rizzomoreno@superig.com.br)- S.Paulo

Charge do Fausto

Fonte: chargeonline.com.br/Fausto

O país está refém da discussão sobre a prorrogação da CPMF

Ouça aqui

Comentário de Lúcia Hippólito na CBN

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Brasil está entre piores em lista de educação da OCDE

O Brasil é um dos países com pior nível de educação de ciências para estudantes de 15 anos, segundo uma lista de 57 países organizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). De acordo com a lista, a ser publicada em detalhes na semana que vem, o Brasil fica a frente apenas da Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Catar e Quirguistão. O estudo testou as habilidades de mais de 400 mil estudantes nos 57 países que, juntos, correspondem a cerca de 90% da economia mundial. Os estudantes da Finlândia ficaram em primeiro lugar, seguidos pelos de Hong Kong (na China) e do Canadá.A pesquisa, baseada em testes realizados em 2006, é o principal instrumento de comparação internacional do desempenho entre estudantes do ensino médio.

O teste mediu basicamente o conhecimento de ciências, mas também mediu a capacidade de leitura e incluiu noções de matemática, e como os estudantes aplicavam esse conhecimento para resolver problemas do dia-a-dia. O estudo afirma que os resultados têm confiabilidade de 95% e que o Brasil estaria entre as posições 50 e 54 da lista. Ao comentar a lista, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse que ela é uma ferramenta para ajudar os governos a definir suas políticas de educação. “Na economia global competitiva de hoje, educação de qualidade é um dos bens mais valiosos que a sociedade e um indivíduo podem ter”, disse ele. Segundo Gurría, “a lista é muito mais do que um ranking. Ela mostra o quão bem os sistemas de educação individuais estão equipando os jovens para o mundo de amanhã. Antes de mais nada, mostra aos países seus pontos fracos e fortes.” O estudo sobre educação da OCDE é publicado a cada três anos. O documento completo será publicado no próximo dia 4 de dezembro.

Fonte: BBCBrasil.com