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CAMELÔ

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Quem quer dinheiro?” (Silvio Santos)

Se existe o impossível para o homem, encontrei um tema que chega bem perto, por que em minha opinião é impossível falar-se de “camelô” sem homenagear, ou pelo menos falar, ou até criticar um dos mais notáveis comunicadores do Brasil, Sílvio Santos.

O que é o camelô? Os estudiosos da origem, mutação e evolução das palavras discutem como esta expressão chegou ao Brasil; uns dizem que veio do árabe, ‘khamlat’, nome de tecidos artezanais vendidos nos bazares, e outros de que tem procedência francesa, ‘camelot’, vendedor de quinquilharias…

Antes do termo ser usado aqui, chegados já no período colonial, o interior do Brasil conheceu os mascates, comerciantes ambulantes que vendiam artigos de armarinho, bijuterias, perfumes e toda espécie de bugigangas. Mais tarde negociaram com jóias e emprestaram dinheiro.

Nos centros urbanos surgiram os ambulantes que armavam picadeiros nas praças vendendo ilusões, com truques e arte circense, ao lado dos artigos oferecidos. São conhecidas até hoje as performances do periquitinho verde, que sorteava previsões do futuro e do “Homem da Cobra”, que punha banca com uma cobra no pescoço para chamar atenção.

Este último se popularizou tanto que até hoje persiste o ditado “Fala Mais que o Homem da Cobra”…  Assim o nosso epigrafado, Silvio Santos, matraqueando desde os 14 anos, já era um camelô; vendendo canetas e capas de plástico. Pela esplêndida voz e dedicação ao trabalho tornou-se apresentador de televisão e dono de um dos maiores conglomerados de mídia do País.

O programa semanal de Silvio Santos é diversão obrigatória de milhões de famílias brasileiras. Sua alegria é contagiante e por dizer o que pensa, com ironia e deboche, continua a ser um camelô do lazer dominical.

Nem todos os camelôs são como Sílvio. Há camelô do bem e camelô do mal. Encontramos no nosso dia-a-dia exemplo de trabalhadores cameloteando para o sustento de suas famílias; outros, do mal, se juntam a contrabandistas, vendem produtos falsificados ou pirateados e até produtos roubados.

O exemplo mais que perfeito do camelô do mal é o pelego Lula da Silva, que se elegeu presidente graças a dois artifícios, uma organização criminosa registrada como partido político (PT) e um estelionato eleitoral.

Como camelô político, Lula contrabandeia ideologia, pirateia medidas provisórias, falsifica acordos políticos, engana os desinformados e negocia promessas. Vendeu à prestação a idéia de uma “gerentona” que ia consolidar o “modo petista de governar”, o que é na realidade um governo alegórico, incompetente e corrupto.

Na sua camelotagem recente, falando mais do que o “homem da cobra”, o Pelegão tenta burlar os brasileiros com as mentiras que se tornaram uma marca registrada do lulo-petismo.

Fazendo-se de vítima, achou uma violência o mandado de condução coercitiva que foi necessário, pois bradou aos quatro ventos que não iria depor de jeito algum. E não parou aí, enrouqueceu sem explicar nem justificar as denúncias que lhes são feitas.

Foi hilário falar da inveja “das elites” que não perdoam um ‘operário’ possuir um sítio nem um triplex, o que na verdade o que não se perdoa é que esses bens sejam frutos de propinas; e com grosseira ironia referiu-se aos pedalinhos dos seus netos no sítio que não é seu, denunciados embora de ínfimos preços: omitiu malandramente que foram comprados com cartão corporativo da presidência da República…

Diante dos banqueiros, empreiteiras, doleiros e lobistas Lula, camelô do mal, ouve deles o bordão de Sílvio Santos, camelô do bem: “Quem quer dinheiro?”. Aceitando imediatamente a proposta…

Miranda Sá

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