O Estadão e outros 83 veículos de imprensa estão proibidos de divulgar qualquer informação sobre investigações do Ministério Público de São Paulo que citam o governador Carlos Gaguim (PMDB) como integrante de organização criminosa para fraudar licitações. A decisão de censura aos veículos é do desembargador Liberato Póvoa, do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, que acolheu pedido da coligação Força do Povo, que apoia Gaguim e é formada por 11 partidos, inclusive o PT. A candidata Dilma Rousseff e o próprio presidente Lula têm frequentado o palanque de Gaguim, que luta pela reeleição no Tocantins. Quem não cumprir a decisão judicial fica sujeito a multa diária no valor de R$ 10 mil. O desembargador veta, ainda, publicação de dados sobre o lobista Maurício Manduca, aliado e amigo de Gaguim, preso há 10 dias. Em janeiro, o governador nomeou para um cargo de “assessoramento superior” a mulher do desembargador que determinou a censura.
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