O diretor de teatro José Celso Martinez Correa, recebeu alta no último sábado (23) após passar por uma cirurgia para o implante de um marca-passo.
O artista estava internado desde 10 de janeiro, após se sentir mal durante uma viagem. De acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Zé Celso havia sido transferido da Unidade Crítica Cardiológica para um apartamento comum na tarde de sexta-feira, quatro dias após passar pela cirurgia.
Carreira
Nascido em Araraquara em 1937, o diretor, ator e autor José Celso Martinez Corrêa é formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo (SP). É líder do Teatro Oficina, uma das mais respeitadas companhias de teatro brasileiras.
Em sua trajetória artística, constam montagens marcantes como “Pequenos Burgueses” (1963) e “O Rei da Vela” (1967), de Oswald de Andrade, marco histórico que definiria o teatro antropofágico. Zé Celso foi perseguido e torturado pela ditadura militar e, em 1974, exilou-se em Portugal. Em 1978, voltou a São Paulo e passou a implementar projetos na tentativa de reacender o grupo sob o nome “Uzyna Uzona”.
Entre 2002 e 2006, Zé Celso realizou montagem da obra “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, dividida em cinco espetáculos – “A Terra”, “O Homem 1”, “O Homem 2”, “A Luta 1” e “A Luta 2”, que foi gravada em vídeo e dará origem a um filme.
A história da companhia também é marcada pela manutenção do prédio do Teatro Oficina e pela revitalização do Bexiga, bairro da região central de São Paulo, em meio a discussões com propostas de empreendimentos imobiliários que pretendem ocupar o local.
O diretor mantém, há cerca de 30 anos, uma disputa com o apresentador Silvio Santos sobre a ocupação do terreno anexo ao Teatro Oficina, na rua Jaceguai. A companhia teatral defende que se erga ali um teatro de estádio (ao ar livre) para 5.000 pessoas; mas o grupo que leva o nome do empresário propõe a construção de um conjunto residencial ou um shopping.
Em 12 de dezembro último, José Celso Martinez Corrêa encerrou temporada no Teatro Oficina à frente do espetáculo “O Banquete”, baseado no diálogo escrito por Platão e que constitui homenagem ao deus Eros e ao amor.
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