Embora as estatísticas pouco informem, não será exagero dizer que 120 milhões de brasileiros navegam no mundo maravilhoso da Internet, visitando sites das redes sociais, Facebook, Twitter, Youtube e outras. São 60% da população.
Internautas, conscientes ou não, formam uma imensa corrente de opinião cujo acesso se multiplica, crescendo com os estímulos da curiosidade, busca de informações, necessidade de se expressar e até carecendo de relacionamento social.
O pessoal do Facebook transita num sistema buliçoso, bem informado, e mantendo uma polêmica viva; e os antigos tuiteiros, como eu, registram a impressionante adesão diária de interlocutores politizados que participam notícias e intervêm nos debates com liberdade e independência.
Este novo campo sócio-político agita-se com a intervenção de políticos com mandatos executivo e legislativo, de porta-vozes de organizações partidárias e dos livre atiradores da contestação. Se fazem presentes apreciações filosóficas, críticas ideológicas, propostas administrativas e legislativas, ilustrações semióticas e charges inteligentes.
O aplauso e a vaia são livres, realçando entrechoques de facções diversas, intervenções ingênuas e o inseparável fanatismo no campo da polêmica. Há uma concepção profissional entre jornalistas de que a web oferece mais liberdade opinativa e mais honestidade porque não tem a exposição que na mídia televisiva expõe diante das câmeras.
Tenho notado pessoalmente que os vendedores de ilusão e os mercenários se perdem nas redes sociais pelas mensagens floreadas não convincentes, quando não pelos ataques pessoais acanalhados. Por isso, sua vida é curta; fuçam um pouco e voltam para onde nunca deveriam ter saído.
Do outro lado, os que exigem transparência das fontes de informação, como um culto à verdade, se impõem… E aumentam o número de admiradores e seguidores, premiados pela máxima de Oscar Wilde: “Se alguém diz a verdade, pode estar certo de que será descoberto, mais cedo ou mais tarde”.
Embora espontaneísta, o poder invisível da rede social supera a importância dos partidos e rebaixa a atuação dos venais representantes dos movimentos sociais apelegados que o PT-governo quer transformar em sovietes pelo famigerado decreto 8243.
Registre-se o empurrão dado na campanha da Ficha Limpa que empolgou o eleitoradoe obrigou deputados e senadores a aprovar, mesmo a contragosto, a iniciativa popular. Não se pode esquecer o apoio dado ao ministro Joaquim Barbosa quando puniu a cúpula do PT, envolvida nas fraudes do Mensalão.
Agora, vive-se a luta contra a impunidade dos ladrões que assaltaram a Petrobras. Está na atuação das redes sociais a maior pressão para se chegar aos responsáveis. É através do Facebook e do Twitter que são divulgadas as delações contra os hierarcas lulo-petistas e aliados envolvidos no escândalo, e estamos chegando muito perto dos maiorais Lula e Dilma.
Somente a ascendência das redes sobre a sociedade, atingindo e influenciando a mídia, e daí chegando aos três poderes da República, poderá barrar a marcha totalitária do lulo-petismo, que já escancarou a existência de um exército paralelo sob um estranho
silêncio das FFAA.
A convocação da manifestação do dia 15 de março contra a corrupção e pelo afastamento de Dilma depende de nós. O poder invisívelda Internet é decisivo para a participação popular na África, na Europa ou no Oriente Médio. Por que não aqui?
Pela mobilização intensa, poderemos impedir novos atentados à Constituição e à Democracia, e exigir uma reforma política que atenda a cidadania, e não remendos para eternizar a influência dos picaretas do Congresso Nacional e do Poder Executivo.
Vamos exercer nosso poder invisível, multiplicando as mensagens, digitando convites e conclamando o povo a seguir o exemplo dos caminhoneiros. Ouçamos a lição do grande Rui Barbosa: “A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade”
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