O Rei Reina e Não Governa
Não sei porque a língua humana
Os brutos não falam mais,
Quando hoje têm melhor vida.
E há muita besta instruída
Nas ciências sociais…
Ultimamente entenderam
Que tinham também razão
De proclamar seus direitos,
Pondo em uso os bons efeitos
Que trouxe a Revolução…
“Seja o leão, diz o asno,
Um rei constitucional;
Com assembléias mudáveis,
Com ministros responsáveis,
Não nos pode fazer mal.
Fiquem-lhe as garras ocultas,
Não ruja, não erga a voz,
Conforme a tese moderna
Qu’ele reina e não governa,
Quem governa somos nós…
Todas as bestas da terra,
Todas as bestas do mar,
Tenham os seus delegados,
Sendo os ministros tirados
Do seio parlamentar…
(…)
Só vejo, que bem nos quadre
No trono, algum animal,
Que coma e viva deitado:
O porco!… Exemplo acabado
De rei constitucional…”
Publicado no livro Dias e Noites (1881). Poema integrante da série Parte V – Satíricas.
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